Senado aprova tributação de fundos exclusivos e offshore

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NESTA MANHÃ
  • Hoje, investidores acompanham a divulgação da PNAD, que trará mais informações sobre a resiliência do mercado de trabalho no Brasil. Já no exterior, o mercado aguarda a divulgação do PCE, que trará uma noção mais clara da trajetória inflacionária dos Estados Unidos e reforçará o embasamento do Fed para as próximas decisões de política monetária. 
  • As bolsas na Ásia tiveram pregão positivo em geral. Na China, o Xangai Composto subiu 0,26%, mas a Bolsa de Shenzhen, de menor abrangência, caiu 0,35%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng avançou 0,29% e,  em Tóquio, o Nikkei fechou em alta de 0,50%.
    A divergência se dá pelas interpretações do PMI da indústria da China, que recuou de 59,5 pontos em outubro para 49,4 pontos em novembro, abaixo dos 49,7 pontos esperados por analistas. Além disso, o PMI de serviços chinês também contribuiu para o movimento, uma vez que recuou a 50,2 pontos, de 50,6 pontos em outubro, quando o esperado era 51 pontos em novembro. 
  • Os mercados acionários da Europa exibiam ganhos, em alguns casos contidos, com investidores avaliando dados da região e à espera do índice de preços ao consumidor da Zona do Euro. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 avança 0,18%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street sinalizam alta na abertura do pregão.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 4,29%.
  • Os contratos futuros do Brent sobem 0,66%, a US$ 83,43 o barril.
  • O ouro recua 0,20%, a US$ 2.040,21 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 38,0 mil.
AGENDA DO DIA
  • 09:00 Brasil: PNAD (Out)
  • 10:30 EUA: Pedidos por Seguro-Desemprego 
  • 10:30 EUA: Índice de Preços do Consumo – PCE (Out)
  • 10:30 Europa: Discurso de Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu
  • 11:05 EUA: Discurso de John Williams, dirigente do Fed
  • 11:45 EUA: PMI de Chicago (Nov)
  • 12:00 EUA: Vendas de Casas Pendentes (Out)
  • 22:45 China: PMI Caixin de Manufatura

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa, na penúltima sessão de novembro, encontrou dificuldade para levar adiante ganhos já perto de 12% no mês. Desse modo, o Ibovespa fechou em queda de 0,29% na sessão, aos 126.165,64 pontos. O dia foi positivo para as cotações do petróleo, mas, no entanto, teve a Petrobras (PETR3: -1,32% e PETR4: -1,04%) como um dos destaques de baixa no índice.

Os juros futuros fecharam com viés de alta na ponta curta e estáveis nos vencimentos longos, em meio ao enfraquecimento do câmbio e à aceleração dos preços do petróleo. 

O dólar fechou a sessão com alta de 0,32%, aos R$4,8880. Operadores atribuíram o tropeço do real a um movimento natural de realização de lucros e ajustes na véspera da formação da última taxa Ptax de novembro, uma vez que a divisa já acumula valorização de mais de 3% no mês. 

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam mistas, após passarem o dia próximas da estabilidade, e entrarem em terreno negativo mais para o fim do pregão. A sessão foi marcada por falas mistas de dirigentes do Fed e pela publicação do Livro Bege, que alertou para a desaceleração da economia do país no 4° trimestre, mas fez com que a ferramenta do CME marcasse aumento nas apostas por corte de juros no ano que vem. Nesse sentido, o Dow Jones fechou em alta de 0,04%, o S&P caiu 0,09% e o Nasdaq recuou 0,16%. 

Os rendimentos dos Treasuries recuaram, em uma sessão que contou com sinais de uma desaceleração da atividade econômica, após um forte 3° trimestre, de acordo com o Livro Bege do Fed. Além disso, alguns dirigentes do Banco Central americano apontaram que as taxas não deverão voltar a subir.

O dólar se fortaleceu globalmente hoje, em correção parcial após perdas recentes, depois que a revisão em alta da prévia do PIB do 3° trimestre indicou resiliência da economia americana. De qualquer forma, o ímpeto ficou limitado diante da crescente convicção no mercado de que o Fed efetuará um rápido relaxamento monetário em 2024. Assim, o índice DXY fechou em alta de 0,02%, aos 102,765 pontos.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou uma alta de 0,59% em novembro, acumulando deflação de 3,46% nos últimos 12 meses e de 3,89% no ano. De acordo com o relatório, em novembro observou-se um incremento substancial nos preços de commodities componentes do índice de produtor. Destacaram-se os aumentos significativos no preço do farelo de soja, café em grão e óleo diesel. Em relação à inflação ao consumidor, o resultado foi influenciado por fatores climáticos que impactaram negativamente na oferta de alimentos in natura. 

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) subiu 1,11% em outubro, acumulando queda de 6,13% em 12 meses e de 4,43% no ano. De acordo com o relatório, 14 das 24 atividades industriais tiveram aumento de preços. 

O Índice de Confiança de Serviços do FGV IBRE caiu 0,9 ponto em novembro, a quarta queda consecutiva, para 94,4 pontos. De acordo com o comunicado, a confiança do setor caiu influenciada por piores avaliações em relação à demanda e à situação atual dos negócios. Além disso, observou-se que a tendência de queda na taxa de juros e de redução do endividamento das famílias ainda não se refletem em uma reaceleração do setor. 

O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) do FGV IBRE caiu 2,7 pontos em novembro, o terceiro mês consecutivo de queda, para 86,5 pontos. Segundo o relatório, a confiança caiu influenciada tanto por um desempenho do comércio aquém do esperado para o início das vendas de fim de ano, quanto pelas previsões pessimistas de redução nas vendas dos próximos meses.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

A atividade econômica dos Estados Unidos desacelerou desde outubro de 2023, de acordo com empresários consultados pelo Fed para o Livro Bege. O relatório é um resumo das condições econômicas do país e serve como base para as decisões de política monetária do Fed.  

O PIB dos Estados Unidos cresceu 5,2% no 3° trimestre, de acordo com a 2° prévia divulgada pelo Departamento de Comércio americano. O resultado veio acima da expectativa do mercado, que indicava alta de 5,0%. Na 1° prévia, o dado apontava para uma alta de 4,9%. Além disso, o índice de preços do consumo (PCE), subiu 2,8% no trimestre, 0,1 p.p abaixo da 1° prévia.

DISCURSOS DE BANQUEIROS CENTRAIS

A presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, disse que a inflação ainda vai demorar um bom tempo para retornar à meta de 2% ao ano, mas que o nível de juros está no ponto ideal para que a autoridade monetária aguarde a divulgação de novos dados antes de decidir como agir. 

O presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, afirmou que as pesquisas e as respostas dos líderes empresariais dizem que a trajetória descendente da inflação provavelmente continuará nos Estados Unidos. Além disso, apontou que uma das razões pelas quais pensa que a inflação seguirá caindo são os sinais de que a atividade econômica irá abrandar nos próximos meses. 

O presidente do Fed de Richmond, Tom Barkin, afirmou que prefere não descartar a possibilidade de mais aumento de juros no ciclo atual, particularmente caso os riscos inflacionários dos Estados Unidos persistam.

POLÍTICA NO BRASIL

O Senado Federal aprovou o projeto de lei que taxa investimentos no exterior e fundos exclusivos. Agora, o texto segue para sanção presidencial. A taxação das offshores e dos fundos exclusivos é considerada essencial pelo Ministério da Fazenda para arrecadar cerca de R$20 bilhões em 2024. (CNN).

O relator da Medida Provisória (MP) 1185 de 2023, deputado Luiz Fernando Faria (PSD-MG), afirmou que o governo sugeriu a inclusão de mudanças no modelo atual do juros sobre capital próprio (JCP). Diante disso, Faria declarou que estudará a possibilidade e que pretende apresentar seu parecer no dia 06 de dezembro. Só com a MP, sem o JCP, o governo estima arrecadar R$35 bilhões em 2024. Já em relação ao JCP, a expectativa é uma arrecadação de R$10,5 bilhões em 2024. (Poder360)

A base governista na Câmara dos Deputados e o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), já articulam uma manobra regimental para acelerar a tramitação da reforma tributária e garantir a aprovação da matéria ainda este ano. A ideia seria apensar a proposta de emenda à Constituição aprovada pelo Senado no início da semana a outras propostas mais antigas, que estão engavetadas na Câmara. Com isso, se ganha tempo, já que as outras propostas já foram aprovadas na CCJ e em Comissão Especial, estando, portanto, prontas para ser votadas no plenário. (Valor)

O Senado adiou a votação em plenário do projeto que regulamenta as apostas esportivas (PL 3626/23). Com a ausência do presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o vice, senador Veneziano Vital (MDB-PB), anunciou que na próxima semana Pacheco decidirá sobre a votação. O adiamento se deu após pressão da oposição, que busca deixar claro no texto a vedação da instalação de cassinos ou máquinas de caça-níqueis em locais físicos. (JOTA)

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