Com agenda vazia e feriado no Rio e em São Paulo, liquidez deve ser reduzida
NESTA MANHÃ
- A semana se inicia com agenda esvaziada. O feriado no Rio e em São Paulo pode reduzir a liquidez do mercado hoje, mesmo com a B3 funcionando normalmente. Em Brasília, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, se reúnem, por videoconferência, com representantes da Fitch Ratings.
- As bolsas na Ásia registraram ganhos em sua maioria, nesta segunda-feira (20). O índice de Xangai fechou em alta de 0,46%, na expectativa por apoio oficial do governo, mas o ganho foi limitado pela na política monetária do Banco do Povo da China (PBoC) que manteve os juros pelo terceiro mês seguido. Em Hong Kong, o Hang Seng teve alta de 1,86%. Já na Bolsa de Tóquio, o Nikkei registrou baixa de 0,59%, realizando lucros, após atingir a máxima em 33 anos.
- Em dia de agenda fraca, mercados acionários da Europa exibem impulso limitado, sem sinal único. O índice Stoxx Europe 600 avança 0,04%.
- Os índices futuros das bolsas de Nova York exibem perdas contidas, com fôlego reduzido após três semanas de ganho.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 4,45%.
- Os contratos futuros do Brent avançam 0,70%, a US$ 81,06 o barril.
- O ouro recua 0,23%, a US$ 1.976,26 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 37,9 mil.
AGENDA DO DIA
- 08:25 Brasil: Boletim Focus
- 13:30 EUA: Leilão de Treasuries
- 15:45 Reino Unido: Discurso de Andrew Bailey, Presidente do Banco da Inglaterra
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
O Ibovespa fechou em alta de 0,11%, aos 124.773,21 pontos, na terceira alta consecutiva. Assim, o índice encerrou a semana com alta de 3,49%.
Os juros futuros fecharam em baixa, encerrando a semana com alívio nos prêmios em relação à sexta-feira anterior. O exterior ficou em segundo plano, com a dinâmica das taxas sendo orientadas pela agenda doméstica, principalmente pelo IBC-Br mais fraco do que o esperado, que reforçou a ideia de desaceleração da atividade no 3° trimestre.
O dólar fechou a sessão em alta de 0,74%, aos R$4,9060, na contramão da tendência de enfraquecimento da moeda americana no exterior diante das apostas de que o aperto monetário nos Estados Unidos já acabou. Desse modo, operadores atribuíram a depreciação do real, em parte, à antecipação de compra por importadores e de remessas ao exterior por empresas, dado que na segunda será feriado em São Paulo.
EXTERIOR
As bolsas de Nova York fecharam com variação positiva marginal na sessão, após balanços corporativos e declarações de dirigentes do Fed em foco. Nesse sentido, o índice Dow Jones fechou em alta de 0,01%, o S&P subiu 0,13% e o Nasdaq avançou 0,08%.
Os rendimentos dos Treasuries fecharam sem direção única, com impulso pontual após dirigentes do Fed reforçarem a postura cautelosa em relação ao aperto monetário à frente. Ainda assim, investidores mantêm a aposta quase universal de que o ciclo de aumento de juros nos EUA acabou.
O dólar operou em baixa, encerrando a semana de mais perdas para o DXY desde julho, com a moeda americana pressionada pelas perspectivas para o Fed. Assim, o DXY fechou em queda de 0,42%, aos 103,917 pontos.
ELEIÇÕES NA ARGENTINA
Javier Milei venceu o candidato do peronismo e atual Ministro da Economia Sergio Massa, no domingo (19), na disputa do 2º turno. Com 99,28% das urnas apuradas, Milei obteve 55,69% dos votos, contra 44,30% de Massa, segundo os resultados oficiais. Sergio Massa, deve renunciar ao cargo após reunião entre o vencedor e o atual presidente, Alberto Fernández, que deve ocorrer nesta segunda-feira (20) para iniciar o processo de transição. O presidente eleito assume o cargo no dia 10 de dezembro. (Poder 360/Folha)
INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil (IBC-Br) caiu 0,06% em setembro na comparação mensal, abaixo do esperado (+0,2%) pelo mercado, que oscilava entre -0,2% e +0,6%. Na comparação com o mesmo período de 2022, a atividade econômica registrou alta de 0,32%, ante expectativa de +0,9%, que tinha piso de 0,3% e teto de 2,3%. O resultado representa o maior patamar do índice para o mês de setembro desde 2014. Para saber mais, leia o relatório completo aqui.
O IGP-10 subiu 0,52% em novembro, repetindo a taxa do mês anterior. Com esse resultado, o índice acumula variação de -4,16% no ano e de -3,81% em 12 meses. De acordo com o relatório, a alta foi puxada pelos preços de produtos agropecuários.
INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA
O presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, afirmou que a economia parece estar caminhando para um pouso suave, visto que a inflação parece estar se direcionando de volta à meta de 2% ao ano, enquanto o mercado de trabalho segue aquecido. Goolsbee avalia que o foco do Fed, no entanto, não deve ser o crescimento ou o nível de emprego, mas a contenção da alta de preços.
A presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, reiterou a incerteza do Fomc sobre se a inflação nos Estados Unidos está a caminho da meta de 2%. Segundo ela, também há incerteza em relação à defasagem da política monetária e ao ponto no qual o aperto já foi sentido.
POLÍTICA NO BRASIL
O ministro da Fazenda disse que o bloqueio de recursos do governo federal ficará entre R$22 bilhões e R$23 bilhões no Orçamento do próximo ano, caso o governo não consiga aumentar a receita necessária para cumprir a meta de zerar o déficit fiscal. De acordo com o ministro, o governo encontrou na regra sobre as bandas de gastos públicos a justificativa para rever o valor que precisará ser contingenciado. O mercado calculava que o governo teria que contingenciar algo em torno de R$53 bilhões do Orçamento. (Valor)
O Planalto e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), articulam estratégias para ganhar terreno político em Minas Gerais, governado por Romeu Zema (Novo), tirando proveito do desgaste do adversário. A ala política do governo e aliados do senador mineiro enxergaram na crise da dívida mineira com a União a oportunidade de apresentar uma solução para um tema que tem deixado Zema sob pressão. (Folha)
PAINEL DE COTAÇÕES
As informações contidas neste material têm caráter meramente informativo, não constitui e nem deve ser interpretado como solicitação de compra ou venda, oferta ou recomendação de qualquer ativo financeiro, investimento, sugestão de alocação ou adoção de estratégias por parte dos destinatários. Este material é destinado à circulação exclusiva para a rede de relacionamento da Órama Investimentos, incluindo agentes autônomos e clientes, podendo também ser divulgado no site e/ou em outros meios de comunicação da Órama. Fica proibida sua reprodução ou redistribuição para qualquer pessoa, no todo ou em parte, qualquer que seja o propósito, sem o prévio consentimento expresso da Órama.