Governo descarta alteração da meta fiscal para 2024
NESTA MANHÃ
- Hoje, após o adiamento de ontem, será divulgado o IBC-Br referente ao mês de setembro (exp: +0,2%), além do IGP-10. Nos EUA, a atenção se volta para os dados do mercado imobiliário e para os discursos de dirigentes do Fed.
- As bolsas na Ásia fecharam sem sinal único. O Xangai Composto fechou em alta de 0,11%, o Hang Seng recuou 2,12% e o Nikkei subiu 0,48%.
- Os mercados acionários da Europa exibem ganhos, após o sinal misto visto ontem enquanto investidores acompanham a divulgação do índice de preços ao consumidor da Zona do Euro, que subiu 0,1% ante uma expectativa de alta de 0,2%. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 sobe 0,66%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street sinalizam alta na abertura do pregão.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 4,38%.
- Os contratos futuros do Brent sobem 0,85%, a US$ 78,17 o barril.
- O ouro avança 0,47%, a US$ 1.991,12 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 36,9 mil.
AGENDA DO DIA
- 08:00 Brasil: IGP-10 (Nov)
- 09:00 Brasil: IBC-Br (Set) | Expectativa: +0,2%
- 10:30 EUA: Licenças para Construção (Out)
- 10:45 EUA: Discurso de Michael Barr, vice-presidente do Fed
- 11:45 EUA: Discurso de Austan Goolsbee, membro do Fed
- 12:00 EUA: Discurso de Mary Daly, membro do Fed
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
O Ibovespa subiu 1,20% e encerrou o dia com 124.639,24 pontos, acima da linha de 124 mil pontos pela primeira vez desde o fim de julho de 2021, acompanhando a expectativa de fim do aperto monetário nos Estados Unidos e de manutenção da meta fiscal de zerar o déficit primário em 2024 pelo governo brasileiro.
Os juros futuros fecharam o dia em queda. Dados mais fracos dos Estados Unidos endossaram a ideia de fim do aperto monetário pelo Fed, com alívio nos rendimentos dos Treasuries. Além disso, houve queda forte das cotações do petróleo, favorecendo as expectativas com relação aos preços internos dos combustíveis. Por fim, o governo brasileiro definiu que não vai propor alteração da meta de déficit zero para 2024.
Após trocas de sinal ao longo do dia, o dólar à vista fechou com alta de 0,17%, aos R$4,8700. De acordo com operadores, a formação da taxa de câmbio esteve sujeita à influência de forças opostas. De um lado, o recuo das commodities e a possibilidade de um ciclo maior de corte de juros no Brasil jogavam o dólar para cima. Do outro, a queda das taxas dos Treasuries e a perda da moeda americana em relação a outras divisas fortes favoreceram o real.
EXTERIOR
Os mercados acionários de Nova York fecharam sem direção única, após passarem grande parte do pregão em queda, na esteira de diversos discursos de dirigentes do Fed, que reforçaram que ainda não há decisão firmada sobre a trajetória de juros dos Estados Unidos, e após dados mais fracos que o esperado da economia americana. Nesse sentido, o Dow Jones caiu 0,13%, o S&P subiu 0,12% e o Nasdaq avançou 0,07%.
Os juros dos Treasuries recuaram após o dado de auxílio-desemprego sugerir arrefecimento do mercado de trabalho e corroborar a tese de que o ciclo de aperto monetário chegou ao fim, mesmo com a cautela mantida pelos dirigentes do Fed.
O dólar registrou leve perda no exterior, em uma sessão que teve intensa atenção à divulgação de indicadores e aos comentários de dirigentes do Fed. Assim, o Índice DXY fechou em queda de 0,04%, aos 104,349 pontos.
INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA
O número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos fechou em 231 mil na semana encerrada em 11 de novembro, uma alta de 13 mil solicitações em relação à semana anterior. O resultado veio acima da projeção de analistas, que esperavam 220 mil pedidos.
A produção industrial americana caiu 0,6% em outubro, abaixo da alta de 0,1% em setembro. O resultado veio abaixo do esperado pelos economistas consultados pela Reuters, que projetavam queda de 0,3%.
DISCURSOS DE DIRIGENTES DO FED
A presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, afirmou que ainda não decidiu se defenderá mais um aumento de juros no ciclo atual e que o Fomc não está em posição para antecipar as decisões dos próximos encontros. Mester explicou que busca mais evidências de que a inflação cai de maneira sustentada antes de considerar o processo concluído.
ORÇAMENTO AMERICANO
O Senado dos Estados Unidos aprovou um projeto de lei provisório para o orçamento de 2024, driblando o iminente “shutdown” do funcionalismo público. O projeto agora aguarda sanção presidencial. De todo modo, o atual projeto de lei provisório para financiamento compra pouco mais de dois meses para que os congressistas consigam fazer um acordo. O próximo prazo para a aprovação de um orçamento fixo para 2024 é 19 de janeiro, poucos dias depois do início oficial das eleições do ano que vem. (Veja)
POLÍTICA NO BRASIL
O governo federal anunciou que descartou a possibilidade de alterar, neste momento, a meta de déficit zero para 2024. A informação foi anunciada pelo relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias no Congresso, deputado Danilo Forte (União-CE), e confirmada logo em seguida pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. O deputado deve voltar a se reunir com o governo na próxima segunda (20) antes da votação final da LDO, prevista para a próxima semana. (G1)
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que o projeto de lei que regulamenta as apostas esportivas deverá ser votado na terça (21), tanto na Comissão de Assuntos Econômicos como no plenário. (Valor)
O relator na Comissão de Assuntos Econômicos do projeto de lei dos fundos offshore e dos fundos exclusivos, senador Alessandro Vieira (MDB-SE), deve apresentar seu parecer ao colegiado na próxima segunda (20). Espera-se que a votação possa ocorrer na mesma semana. (Valor)
O governo Lula discute uma manobra jurídica para limitar o tamanho máximo do contingenciamento em 2024 a R$26 bilhões. O valor é menor do que os R$53 bilhões que vem sendo apontados por economistas como o potencial bloqueio nas despesas, caso haja frustração nas medidas de arrecadação defendidas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. (Folha)
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