Moody’s altera a perspectiva para o rating AAA dos EUA para negativa
NESTA MANHÃ
- Hoje os mercados americanos vão reagir à mudança de perspectiva da Moody’s do rating AAA dos EUA para negativa, divulgada depois do fechamento na última sexta-feira (13). No fim da semana (17) termina o prazo para o acordo do orçamento americano, que foi adiado no fim de setembro. Caso não haja acordo até lá, o país entra em shutdown. Por fim, o encontro entre Biden e Xi Jinping na quarta-feira (15) está sendo monitorado pelo mercado.
- No Brasil, os operadores continuam acompanhando os balanços corporativos. Na agenda econômica, o IBC-Br (16) e o setor de serviços (14), medido pela PMS, serão divulgados durante essa semana.
- As bolsas asiáticas fecharam em alta nesta segunda-feira, à espera de uma reunião nesta semana entre os presidentes dos EUA, Joe Biden, e da China, Xi Jinping, na quarta-feira (15). O Hang Seng avançou 1,30%, enquanto o Xangai Composto teve alta de 0,25% e o Nikkei subiu 0,05%.
- As bolsas europeias operam em alta, revertendo o tom negativo do fim da semana passada, enquanto investidores aguardam uma reunião nesta semana entre os presidentes Biden e Xi Jinping. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 avança 0,70%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street sinalizam queda na abertura do pregão.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 4,63%.
- Os contratos futuros do Brent sobem 0,17%, a US$ 81,27 o barril.
- O ouro está estável, com alta marginal de 0,01%, a US$ 1.938,46 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 37,6 mil.
AGENDA DO DIA
- 08:25 Brasil: Boletim Focus
- 09:00 EUA: Relatório Mensal da OPEC (Out)
- 13:00 Reino Unido: Discurso de Catherine Mann, membro do Banco da Inglaterra
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
O Ibovespa subiu 1,29%, cotado em 120.568,14 pontos, na sexta-feira (10), fechando a terceira semana de avanço consecutivo com alta de 2,04%.
Os juros futuros terminaram o dia em queda, acumulando baixa também na semana. Tanto o ambiente externo quanto o doméstico contribuíram para o alívio nos prêmios de risco da curva local. Lá fora, as taxas dos Treasuries estiveram relativamente comportadas e, aqui, o IPCA de outubro veio abaixo da mediana e com uma leitura benigna das aberturas, favorecendo o fechamento das curvas.
Uma onda de apetite ao risco no exterior e o avanço de commodities como minério de ferro levaram o dólar a recuar 0,51% no mercado doméstico de câmbio, sendo cotado a R$4,9150. Operadores relataram entrada de fluxo estrangeiro para a bolsa doméstica, que voltou a superar a marca dos 120 mil pontos, alinhada às bolsas de Nova York, à internalização de recursos por exportadores e à realização de lucro no mercado futuro.
EXTERIOR
As bolsas de Nova York encerraram o dia com ganhos. O Dow Jones subiu 1,15%, enquanto o S&P avançou 1,56% e o Nasdaq disparou 2,05%, a maior alta diária desde maio deste ano.
Os retornos dos Treasuries ficaram sem sinal único, com investidores atentos a declarações do Fed. Além disso, o indicador de expectativas de inflação registrou avanço, sinal potencialmente negativo para o banco central americano, o que pressionou parcialmente os rendimentos no país.
Mary Daly, presidente do Fed de São Francisco disse que se a inflação não cair à frente, os juros americanos terão de subir novamente, e que se as condições financeiras relaxarem, o Fed precisará agir em sentido contrário. O discurso pressionou a ponta curta da curva de juros americanos para cima.
O dólar estava misto no fim da tarde de Nova York, com o euro acumulando ganhos e com o iene se desvalorizando. Assim, o índice DXY fechou em queda de 0,11%, aos 105,861 pontos.
INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL
O IPCA de outubro apresentou alta de 0,24%, levemente abaixo das expectativas da Órama (0,26%) e do mercado (0,29%), que oscilavam entre 0,16% e 0,38%. Em 12 meses, o índice acumulou 4,82%, abaixo do esperado (4,87%). A leitura da inflação de outubro é positiva, mantendo a trajetória de desinflação consistente e com boa composição. Para saber mais, leia nosso relatório completo aqui.
INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA
O índice de sentimento do consumidor americano divulgado pela Universidade de Michigan recuou de 63,8 pontos em outubro para 60,4 pontos na prévia de novembro. O resultado é a quarta queda consecutiva, vindo abaixo dos 63,7 pontos esperados pelos analistas consultados pelo The Wall Street Journal. Em relação às expectativas inflacionárias para os próximos 12 meses, houve um salto de 3,2% em setembro, para 4,2% em outubro, a maior leitura desde abril deste ano.
NOTÍCIAS INTERNACIONAIS
A agência de classificação de risco Moody’s manteve o rating de emissor de inadimplência a longo prazo e moeda estrangeira (IDR) dos Estados Unidos em AAA, mas cortou a perspectiva de estável para negativa, apontando para riscos fiscais crescentes no país. A mudança ocorre num contexto de taxas de juro mais elevadas, sem medidas eficazes de política fiscal para reduzir os gastos do governo ou aumentar as receitas, conforme afirmou a agência. A Moody’s espera que os déficits fiscais dos EUA continuem muito elevados. (InfoMoney)
POLÍTICA NO BRASIL
O governo Lula tem até quinta-feira (16) para decidir se enviará, por meio de um parlamentar, uma emenda sugerindo alteração da meta fiscal. A data marca o fim do prazo para apresentação desse tipo de recurso ao projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024. A discussão sobre rever a meta opõe os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Fernando Haddad (Fazenda), este a favor da manutenção da meta zero. (Valor)
O presidente Lula encaminhou ao Senado as indicações do professor de economia Paulo Picchetti e do servidor Rodrigo Alves Teixeira para ocupar duas vagas na diretoria do Banco Central. Os nomes agora precisarão ser sabatinados e aprovados pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. Depois, as indicações irão a voto no plenário da Casa. (Folha)
Carros elétricos, híbridos e híbridos plug-in importados voltarão a ser gradualmente tributados com Imposto de Importação a partir de janeiro. A decisão foi tomada na sexta (10), pelo Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior e foi divulgada no site do MDIC. A resolução aprovada estabelece uma retomada gradual do imposto, até chegar à alíquota cheia, de 35%, em 2026. (Valor)
Diante da necessidade do governo de ver a medida provisória que aumenta a tributação de grandes empresas que têm incentivos de ICMS aprovada no ano, parlamentares pressionam o Executivo pela liberação de cargos e emendas. A MP pode trazer R$35 bilhões de arrecadação para os cofres públicos e é uma das principais apostas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para ajudar a zerar o déficit. (Valor)
Em meio à indefinição da alíquota de taxação de compras do exterior no âmbito do programa Remessa Conforme, varejistas brasileiras articulam e encabeçam a ofensiva para tentar garantir a aprovação na Câmara dos Deputados de um projeto de lei que acaba com a isenção de até US$ 50 para importações. O movimento é suprapartidário, com apoio de deputados do PT, PP, PSD e PL, mas pode enfrentar resistências na opinião pública, assim como já ocorreu quando o governo acenou para uma proposta dessa natureza nos primeiros meses do ano. (Valor)
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