Investidores reagem ao balanço de Petrobras e aguardam divulgação do IPCA

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NESTA MANHÃ
  • Hoje o mercado aguarda a divulgação do IPCA de outubro (Órama: 0,26% | Exp: 0,29%), que trará maior clareza sobre a perspectiva inflacionária para os próximos meses. Além disso, investidores reagem à divulgação dos balanços trimestrais de Bradesco (BBDC3 e BBDC4) e Petrobras (PETR3 e PETR4) de ontem. 
  • As bolsas na Ásia fecharam em baixa, influenciadas pelo receio de que os juros americanos precisem subir mais. Dessa forma, o Xangai Composto caiu 0,47%, o Hang Seng recuou 1,76% e o Nikkei fechou em queda de 0,24%.
  • As bolsas europeias operam em baixa, revertendo o tom positivo dos dois pregões anteriores, após as declarações do presidente do Fed de que mais aperto monetário poderá ser necessário para combater a inflação. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,79%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam sinais mistos para a abertura do pregão.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 4,63%.
  • Os contratos futuros do Brent sobem 0,91%, a US$ 80,57 o barril.
  • O ouro recua 0,26%, a US$ 1.953,59 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 37,2 mil.
AGENDA DO DIA
  • 09:00 Brasil: IPCA (Out) | Órama: 0,26% | Expectativa: 0,29%
  • 09:30 EUA: Discurso de Lorie Logan, membro do Fed
  • 12:00 EUA: Prévia do Índice de Confiança do Consumidor da Universidade de Michigan (Nov)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa fechou em leve baixa de 0,12%, aos 119.034,14 pontos. O índice acompanhou a piora das bolsas de Nova York após o discurso duro do presidente do Fed em relação à perspectiva de abrandamento da política monetária. 

Os juros futuros tentaram consolidar mais uma sessão de baixa, mas esbarraram na cautela do ambiente externo. Desse modo, ao fim do dia as taxas mostravam alta moderada. 

O dólar fechou em alta de 0,67%, aos R$4,9400, com o fortalecimento externo da moeda americana e a escalada das taxas dos Treasuries.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam em baixa, em uma sessão afetada principalmente pelas declarações de membros do Fed. Nesse sentido, o Dow Jones fechou em queda de 0,65%, o S&P caiu 0,81% e o Nasdaq recuou 0,94%.

Os retornos dos Treasuries subiram, ganhando fôlego ao longo do dia. O movimento foi intensificado após um leilão do Tesouro americano, com máximas do juro da T-note de 2 anos, que voltou a superar a marca de 5%. Além disso, o mercado também avaliou declarações mais duras de dirigentes do Fed ao longo do dia. 

O dólar avançou contra pares depois de passar a maior parte do dia operando sem direção única. A moeda americana conseguiu firmar o sinal positivo depois que o presidente do Fed frisou que não hesitará em voltar a subir juros caso necessário. Assim, o índice DXY fechou em alta de 0,30%, aos 105,910 pontos.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de outubro de 2023, mostrou que a estimativa para a safra agrícola de grãos deste ano é de um aumento de 20,57% em relação à produção em 2022. Em comparação com a expectativa de setembro, houve uma queda de 0,8 milhões de toneladas de grãos, o que ainda representa uma safra recorde para o ano de 317 milhões de toneladas. 

Na divulgação de outubro, o IBGE adicionou a estimativa para a safra de 2024. Para o grupo de Cereais, leguminosas e oleaginosas a safra deve ser 2,78% menor no próximo ano, totalizando 308 milhões de toneladas, um resultado positivo considerando que será um ano de El-Niño. Leia nosso relatório completo aqui.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

Os pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos somaram 217 mil na semana encerrada em 04/11, uma queda de 3 mil em relação à semana anterior. A expectativa dos economistas era de 220 mil pedidos.

DISCURSOS DE DIRIGENTES DO FED

De acordo com Jerome Powell, presidente do Fed, as autoridades da instituição não estão confiantes de que a taxa de juros esteja alta o suficiente para encerrar a batalha contra a inflação. O banco central segue comprometido em alcançar uma postura de política monetária que seja suficientemente restritiva para levar a inflação a 2% ao longo do tempo, de modo que se for apropriado apertar ainda mais a política monetária, não hesitará em fazê-lo, concluiu Powell.

RESULTADOS CORPORATIVOS

A Petrobras (PETR3 e PETR4) registrou um lucro líquido de R$27,2 bilhões no terceiro trimestre, uma redução de 42,2% em relação ao mesmo período do ano passado. O consenso de analistas projetava um lucro de R$30,4 bilhões. De acordo com a companhia, o aumento de receitas em relação ao trimestre anterior se deu pela valorização do Brent no período, pelos maiores volumes de vendas de derivados no mercado interno e externo. 

O Bradesco (BBDC3 e BBDC4) divulgou um lucro líquido recorrente de R$4,621 bilhões no terceiro trimestre, uma queda de 11,5% em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado veio em linha com a média das expectativas dos analistas, que esperavam um lucro de R$4,7 bilhões.

POLÍTICA NO BRASIL

Passada a aprovação da reforma tributária, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), quer avançar com outras três medidas econômicas na Casa até o fim do ano. São elas (Valor): 

  • regulamentação das apostas esportivas;
  • tributação dos fundos offshore e exclusivos;
  • legalização dos jogos de azar. 

O deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), relator da reforma tributária na Câmara, afirmou não gostar da ideia de fatiamento e disse que, se houver condição, prefere partir para uma promulgação mais rápida se houver condição técnica no texto de fazê-lo. (Poder 360)

Às vésperas de assumir a presidência do G20, o Brasil se prepara para adotar uma tributação mínima de 15% sobre o lucro de empresas multinacionais, iniciativa que integra a agenda do grupo para combater a evasão fiscal. Tributaristas ouvidos pela Reuters, no entanto, avaliaram que o impacto para o Brasil dessa nova regra dependerá do formato proposto pela receita federal, uma vez que o país já tem uma tributação sobre renda e lucro de empresas que alcança 34%, mais que o dobro da proposta original. (Folha)

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