Resultados corporativos e PMIs dos Estados Unidos são o foco dos investidores
NESTA MANHÃ
- Hoje, um dia de agenda doméstica fraca, deve ser movimentado pelos PMIs dos Estados Unidos, que atualizarão o ritmo da atividade econômica, e pelos resultados corporativos de empresas como Alphabet, Coca-Cola, Microsoft, Visa e outras. Além disso, o conflito entre Israel e Hamas segue no destaque conforme a tensão se escala.
- As bolsas na Ásia fecharam majoritariamente em alta, interrompendo uma sequência de pregões negativos. O índice Xangai Composto subiu 0,78%, o Hang Seng caiu 1,05% e o Nikkei fechou em alta de 0,20%
- Na Europa, Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,13%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street sinalizam queda na abertura do pregão.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 4,84%.
- Os contratos futuros do Brent sobem 0,51%, a US$ 89,14 o barril.
- O ouro recua 0,38%, a US$ 1.965,33 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 34,2 mil, uma alta de mais de 15% na semana, após a Grayscale receber aval formal da Justiça para lançar ETF de Bitcoin nos EUA e a gestora BlackRock ter listado o iShares Bitcoin Trust, no Depository Trust & Clearing Corp (DTCC), empresa que presta serviços de compensações no mercado de ações dos Estados Unidos.
AGENDA DO DIA
- 09:30 Europa: Discurso de Christine Lagarde, Presidente do BCE
- 10:45 EUA: S&P PMI Industrial
- 10:45 EUA: S&P PMI de Serviços
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
O Ibovespa fechou em queda de 0,33%, aos 112.784,52 pontos. O dia foi marcado pela queda acentuada da Petrobras (PETR3 6,03%; PETR4 6,61%), bem acima da correção do petróleo na sessão. A empresa anunciou ontem (23) três propostas de mudanças no estatuto social que trouxeram o risco de indicações políticas novamente ao radar dos investidores.
Os juros futuros fecharam a sessão perto da estabilidade, com viés de alta na maioria dos contratos. O fôlego de baixa se esvaiu a partir do meio da tarde, em movimento que ocorreu com ajustes técnicos, e passou a subir com declarações do presidente do Banco Central sobre a área fiscal e condições de liquidez no exterior, que tornam mais difícil a “lição de casa” de países emergentes.
O dólar à vista encerrou a sessão em queda de 0,29%, aos R$5,0170, acompanhando o comportamento da moeda americana no exterior. No início do dia, a moeda chegou a ensaiar uma alta, em meio a uma arrancada dos juros longos nos Estados Unidos que levou a taxa do T-Note de 10 anos a tocar os 5%, mas perdeu força ao longo da tarde.
EXTERIOR
As bolsas de Nova York fecharam sem sinal único. O alívio na escalada dos juros dos Treasuries abriu espaço para uma tentativa de recuperação dos mercados acionários, em meio às incertezas com a economia global e a guerra no Oriente Médio. Desse modo, o Dow Jones fechou em queda de 0,58%, o S&P recuou 0,17% e o Nasdaq subiu 0,27%.
Os rendimentos dos Treasuries recuaram ontem, depois de subirem durante parte do dia e o T-Note de 10 anos bater máximas acima de 5% pela primeira vez em 16 anos. O movimento se deu pelo impulso das expectativas de que o Fed manterá os juros elevados e de que o governo continuará a emissão de dívida para cobrir déficits crescentes.
O dólar recuou ante outras moedas principais, em dia de agenda modesta. À tarde as perdas aumentaram, em meio ao movimento de baixa dos retornos dos Treasuries. Assim, o índice DXY fechou em queda de 0,59%.
INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL
O Boletim Focus registrou um recuo das expectativas para o crescimento do PIB e para a inflação de 2023. O primeiro, provavelmente afetado pelos indicadores de atividade econômica abaixo do esperado na semana passada, principalmente em relação ao setor de serviços. O segundo, possivelmente explicado pelo corte nos preços de combustíveis divulgado pela Petrobras na última semana. Desse modo, as expectativas para o crescimento saíram de 2,92% para 2,90%, enquanto a previsão para a inflação foi de 4,75% para 4,65%.
POLÍTICA NO BRASIL
A Petrobras anunciou ontem três propostas de mudanças no estatuto social da companhia que já foram aprovadas pelo conselho de administração e serão levadas a uma assembleia de acionistas. São elas: a exclusão de vedações a indicações de administradores; a revisão da política de indicação de membros da alta administração e do conselho fiscal; e a criação de uma reserva de remuneração de capital, que, segundo a companhia, não altera a política de remuneração. O texto prevê a retirada de trechos que constam na Lei das Estatais (13.303/2016), o que levou o mercado a reagir negativamente antevendo impactos sobre a governança. (Valor)
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o presidente Lula já deu seu aval a dois nomes que serão indicados para assumir diretorias do Banco Central que ficarão vagas a partir do final do ano. De acordo com os relatos feitos, Haddad disse que um dos nomes será um representante dos servidores de carreira do Banco Central, com mais de 20 anos de casa, e o outro, um professor com grande experiência em inflação. Por fim, o ministro acrescentou que os indicados devem ser anunciados nesta semana. (Folha/Valor)
Em meio à pressão de governadores, o Ministério da Fazenda admite ampliar o volume do Fundo de Desenvolvimento Regional para aprovar a reforma tributária no Congresso Nacional, desde que a elevação seja pequena. De acordo com uma fonte do governo, a equipe econômica está disposta a negociar um aumento pequeno e diluído no tempo para evitar que essa questão se torne um entrave para o avanço da proposta. (Folha)
O governo enviou ao Congresso Nacional o projeto de lei (PL) que substitui a medida provisória 1185/2023, que muda as regras de tributação dos incentivos fiscais de ICMS. No entanto, o texto do PL ainda não foi divulgado. De todo modo, a expectativa inicial do governo é arrecadar R$34 bilhões com a adoção dessa medida. (Valor)
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