T-note de 10 anos atinge 5,0%, maior nível desde 2007

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NESTA MANHÃ
  • Hoje, o mercado mantém atenção voltada para o conflito no Oriente Médio. Por aqui, os investidores aguardam o IPCA-15, na quinta-feira (26), e a possível votação na Câmara do projeto de tributação de fundos exclusivos e offshore, que pode ser votada amanhã (24). Lá fora, os balanços corporativos e o PIB do 3°tri dominam a pauta. 
  • As bolsas na Ásia fecharam em baixa, com perdas lideradas pelos mercados chineses, que atingiram os menores níveis em um ano nesta segunda-feira em meio à saída de investimento estrangeiro. O Xangai Composto caiu 1,47%, enquanto o Nikkei recuou 0,83%. Em Hong Kong não houve negócios em função de um feriado. 
  • Na Europa, as bolsas operam no negativo, ampliando perdas dos três pregões anteriores, à medida que investidores seguem na defensiva com tensões geopolíticas ligadas à crise no Oriente Médio e aguardam uma série de balanços corporativos de peso, além da decisão de juros do Banco Central Europeu (BCE) na quinta-feira (26). Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,72%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street sinalizam queda na abertura do pregão.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 5,00%, maior nível desde 2007.
  • Os contratos futuros do Brent caem 0,40%, a US$ 90,53 o barril.
  • O ouro recua 0,19%, a US$ 1.977,65 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 30,6 mil.
AGENDA DO DIA
  • 08:25 Brasil: Boletim Focus
  • 09:30 EUA: Índice de Atividade do Fed de Chicago (Set)
  • 11:00 Europa: Índice de Confiança do Consumidor (Out) – Preliminar

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa fechou em queda de 0,74%, aos 113.155,28 pontos, menor nível de fechamento desde 05 de junho. O dia foi marcado, mais uma vez, pela cautela externa.

Os juros futuros fecharam a sessão em queda, após três dias de alta, em trégua determinada pelo cenário externo e por fatores domésticos. Lá fora, o alívio na curva de Treasuries e a queda do dólar e do petróleo favoreceram para o recuo das taxas aqui. Além disso, o IBC-Br abaixo do consenso e o anúncio de redução nos preços da gasolina também pesaram a favor da redução das taxas. 

O dólar fechou a sessão em queda de 0,43%, cotado a R$5,0313. O dia foi marcado pelo sinal predominante de baixa da moeda americana e pelo recuo das taxas dos Treasuries longos. Pela manhã, no entanto, o dólar chegou a sinalizar alta contra o real em um movimento atribuído por operadores ao recuo de mais de 3% do minério de ferro.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam em baixa, amargando perdas de até 3% no acumulado da semana. A perspectiva de política monetária restritiva por mais tempo nos EUA, reforçada por falas de autoridades do Fed, e as incertezas da guerra no Oriente Médio colaboraram para minar a procura por ações. Assim, o Dow Jones recuou 0,86%, o S&P caiu 1,26% e o Nasdaq fechou em baixa de 1,53%.

Os retornos dos Treasuries caíram, em quadro de cautela nos mercados internacionais em geral, diante do conflito entre Israel e o Hamas e seus desdobramentos. Além disso, houve correção após os juros de vencimento mais longo atingirem as máximas desde 2007.

O dólar se desvalorizou frente a maioria das moedas no exterior, mas ficou próximo da estabilidade ante euro e libra, com uma pequena queda, e valorizando-se levemente contra o iene. Desse modo, o índice DXY fechou em queda de 0,08%, a 106,163 pontos.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil (IBC-Br) recuou 0,77% em agosto na comparação mensal, abaixo da expectativa de queda de 0,60%, que oscilava entre -1,10% e -0,30%. A leitura do IBC-Br corrobora com nosso cenário de desaceleração, com o PIB apresentando leve queda no terceiro trimestre de 0,1%. Para o PIB de 2023, mantemos nossa projeção de 3,1%. Para saber mais, leia nosso relatório aqui.

DISCURSOS DE MEMBROS DO FED

A presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, afirmou que as taxas de juros podem ainda não ter atingido o pico nos Estados Unidos. De acordo com ela, a atividade econômica tem sido mais resiliente do que o previsto, com a inflação arrefecendo mas ainda muito alta, e com a pressão excessiva sobre empregos e salários. 

O presidente do Fed de Filadélfia, Patrick Harker, voltou a repetir que acredita que manter os juros no nível atual é a postura prudente a se tomar. Ele falou que não houve uma mudança abrupta nos dados que o fizesse mudar de opinião, mesmo com os indicadores de setembro vindo em maioria mais fortes do que ele esperava.

POLÍTICA NO BRASIL

O relator da reforma tributária no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), afirmou que já há uma maioria formada na Casa para estabelecer uma trava legal à carga tributária. Braga disse que o texto que estabelece o limitador já está escrito e, neste momento, está sendo analisado por representantes do governo e por lideranças do Senado e da Câmara. Há uma divergência, no entanto, em relação à previsão de apresentação do relatório na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Enquanto o relator afirma que o texto será analisado pela CCJ no dia 07/11, Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, afirma que o documento deve ser lido essa semana. (Valor/Folha)

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, disse que é a favor do projeto de lei que prorroga a desoneração da folha de salários dos 17 setores que mais empregam no Brasil. A proposta está em análise na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, e deve ser votada na terça (24). (Valor)

O relator da reforma tributária no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), afirmou que seu texto sobre o tema prevê uma avaliação periódica, por parte do Congresso Nacional, dos custos e benefícios gerados por regimes fiscais diferenciados. De acordo com Braga, a reavaliação dos benefícios será feita a cada cinco anos e servirá para auxiliar na decisão pela manutenção ou cancelamento do benefício. (Valor)

O relator do projeto de lei que regulamenta as apostas esportivas no Brasil, Angelo Coronel (PSD-BA), estuda fixar alíquotas diferenciadas para os dois segmentos em seu parecer. A matéria já passou pela Câmara dos Deputados e tramita em regime de urgência no Senado. Coronel pretende manter a taxação de 18% apenas para jogos de azar on-line. No caso das apostas esportivas, ele quer reduzir para 12%.  (Valor)

A Petrobras anunciou na noite de quinta-feira (19) que reduzirá em R$ 0,12 por litro o preço médio de venda de gasolina ‘A’ para as distribuidoras nas suas refinarias, que passará a ser de R$ 2,81 por litro, queda de 4% em relação ao preço anterior. Já o diesel será elevado em R$ 0,25 o litro, alta de 6,6%, reduzindo a defasagem que o combustível registra em relação ao mercado internacional. Para entender nossas estimativas do impacto na inflação, acesse aqui. (Infomoney)

ELEIÇÃO NA ARGENTINA:

A escolha do novo presidente da Argentina será decidida no segundo turno da eleição presidencial, que será disputado no dia 19 de novembro entre o governista Sergio Massa, que tinha 36% dos votos válidos, contra o candidato de extrema-direita, Javier Milei, que tinha 30%. (CNN)

PAINEL DE COTAÇÕES

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