Mercado acompanha a divulgação do IBC-Br e desdobramentos do conflito no Oriente Médio

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NESTA MANHÃ
  • Hoje o mercado acompanha a divulgação do IBC-Br (expectativa: -0,6%), que fecha os dados de atividade de agosto. No exterior, investidores analisam a evolução das tensões no Oriente Médio e os discursos de dirigentes do Fed.
  • As bolsas na Ásia fecharam em baixa, em meio a preocupações sobre a trajetória dos juros nos EUA e desdobramentos do conflito no Oriente Médio. Desse modo, o Xangai Composto caiu 0,74%, o Hang Seng recuou 0,72% e o Nikkei fechou em queda de 0,54%.
  • Na Europa, as bolsas operam em baixa significativa, em meio a incertezas sobre a perspectiva de juros dos EUA e a crise no Oriente Médio. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,92%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street sinalizam queda na abertura do pregão.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 4,94%.
  • Os contratos futuros do Brent sobem 1,14%, a US$ 92,05 o barril.
  • O ouro sobe 0,39%, a US$ 1.982,04 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 29,9 mil.
AGENDA DO DIA
  • 09:00 Brasil: IBC-Br (Ago) | Expectativa: -0,6%
  • 10:00 EUA: Discurso de Harker, membro do Fed
  • 13:15 EUA: Discurso de Mester, membro do Fed

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

Apesar de ter passado a maior parte do pregão operando em alta, o Ibovespa fechou em baixa de 0,05%, aos 114.004,30 pontos. 

Os juros futuros completaram a terceira sessão consecutiva de alta, após terem experimentado algum alívio na última segunda (16). As taxas estiveram novamente sob pressão forte vinda dos Treasuries, com o retorno da T-Note de 10 anos se aproximando dos 5%.

O dólar à vista fechou praticamente estável, com queda de 0,03%, aos R$5,0530. Novamente, na ausência de indicadores locais relevantes, a taxa de câmbio foi ditada pelo ambiente externo.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam em queda, pressionadas pela escalada dos retornos de Treasuries de vencimento mais longo, e pela perspectiva de juros mais altos por mais tempo nos EUA. O índice Dow Jones recuou 0,75%, o S&P caiu 0,85% e o Nasdaq fechou em baixa de 0,96%.

Os juros dos Treasuries chegaram ao fim do pregão sem direção única, com o rendimento do T-Bond de 30 anos se firmando acima de 5%, voltando aos níveis de julho de 2007. 

O dólar recuou ante outras moedas principais hoje, com investidores avaliando as declarações do presidente do Fed. Assim, o índice DXY fechou em baixa de 0,29%, aos 106,253 pontos.

GEOPOLÍTICA

Um navio de guerra da Marinha dos Estados Unidos operando no Oriente Médio interceptou três mísseis perto da costa do Iêmen nesta quinta-feira (19). Uma das autoridades disse que os mísseis foram disparados por integrantes do grupo Houthi, apoiados pelo Irã, que estão envolvidos em um conflito contínuo no Iêmen. O incidente faz parte de uma série dos últimos dias, com bases dos EUA sendo alvo de drones na Síria e no Iraque, em meio a tensões crescentes na região, à medida que a guerra entre Israel e o Hamas continua. (CNN)

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em discurso na noite desta quinta-feira (19), condenou as ações do grupo radical islâmico Hamas e do presidente russo, Vladimir Putin, dizendo que os ataques a Israel e a invasão da Ucrânia compartilham motivações comuns: “aniquilar completamente uma democracia vizinha”. Ao comentar que a liderança americana é o que mantém o mundo unido e são suas alianças que mantêm os EUA seguros, Biden afirmou que enviaria um “pedido de orçamento urgente” ao Congresso nesta sexta-feira (20), a fim de “financiar as necessidades de segurança nacional da América para apoiar os nossos parceiros críticos, incluindo Israel e a Ucrânia”. (CNN)

INDICADORES ECONÔMICOS DOS EUA

Os novos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos caíram 13 mil na semana encerrada em 14 de outubro, para 198 mil, abaixo dos 212 mil pedidos esperados pelo consenso dos analistas. A média móvel de quatro semanas de pedidos atingiu 205.750 na semana, 1 mil a menos do que na semana anterior. 

O índice de manufatura do Fed de Filadélfia registrou a segunda contração consecutiva, apesar da melhora em relação a setembro. Em outubro o índice marcou -9 pontos, ante os -13,5 pontos de setembro. A leitura veio abaixo da expectativa de economistas consultados pelo The Wall Street Journal, que esperavam -6,8 pontos. 

As vendas de moradias usadas caíram 2,0% em setembro, para 3,96 milhões. A queda foi menor do que esperavam os economistas consultados pelo The Wall Street Journal,  um recuo de 3,5%.

DISCURSOS DE MEMBROS DO FED

O mercado ampliou as apostas em uma manutenção de juros do Fed até o fim do ano, diante das declarações do presidente Jerome Powell. De acordo com a ferramenta do CME Group, a probabilidade da instituição manter as taxas inalteradas em novembro passou para 99,5%, ante os 93,4% do dia anterior. Para dezembro, as chances de manutenção da taxa subiram de 60,8% para 67,2%. 

Powell disse em seu discurso que as preocupações com questões fiscais podem ser um elemento afetando os rendimentos dos Treasuries no longo prazo, se tornando um elemento estrutural. No entanto, o dirigente apontou que a autoridade não mudaria sua política monetária por conta de um caminho insustentável do fiscal americano.

POLÍTICA NO BRASIL

O relator da Reforma Tributária no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM) afirmou que o setor de energia elétrica ficará fora da cobrança do novo Imposto Seletivo, que incidirá sobre produtos considerados prejudiciais à saúde e ao ambiente. Além disso, Braga reforçou a defesa de um valor “robusto” para o Fundo de Desenvolvimento Regional. Por fim, disse que precisa de tempo para concluir o texto, sinalizando que pode apresentar o parecer no dia 1 de novembro. (Folha)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou a líderes partidários da Câmara dos Deputados que enviará, nos próximos dias, o conteúdo da Medida Provisória (MP) n° 1185, que muda regras da subvenções para investimentos, como um projeto de lei (PL) com urgência constitucional. No entanto, não ficou claro para os deputados se o projeto será enviado até o fim do dia de hoje, ou só na próxima semana, após a volta de Arthur Lira (PP-AL) para o Brasil. (Valor)

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou que o fim das sanções dos Estados Unidos à Venezuela leva a estatal a “pensar seriamente” em voltar a investir no país vizinho, apontado como dono das maiores reservas de petróleo do mundo. (Folha)

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