Pesquisa mensal do comércio e dado do setor imobiliário nos EUA movimentam o dia

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NESTA MANHÃ
  • Hoje o mercado acompanha a divulgação da pesquisa mensal do comércio (expectativa restrito e ampliado: -0,8%) referente a agosto na esfera doméstica. Nos Estados Unidos, discursos de membros do Fed e o dado do setor imobiliário devem direcionar o dia. 
  • As bolsas na Ásia fecharam sem direção, após dados mostrarem que a China cresceu mais que o esperado no terceiro trimestre, mas também apontarem persistentes fragilidades no setor imobiliário. A pesquisa oficial mostrou que o PIB da China teve expansão anual de 4,9% no terceiro trimestre, acima da expectativa de 4,3%. Além desse número, dados de indústria e varejo também surpreenderam para cima na China. Desse modo, o Xangai Composto recuou 0,80%, enquanto o Hang Seng caiu 0,23% e o Nikkei subiu 0,01%.
  • Na Europa, as bolsas operam sem direção única, enquanto investidores avaliam dados da inflação local e números de crescimento da China. A pesquisa da Eurostat confirmou que a taxa anual da inflação ao consumidor da Zona do Euro desacelerou para 4,3% em setembro, ante 5,2% em agosto, abrindo espaço para uma possível pausa no ciclo de aperto do Banco Central Europeu. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,02%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street sinalizam queda na abertura do pregão.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 4,84%.
  • Os contratos futuros do Brent subiram 3,04%, a US$ 91,25 o barril.
  • O ouro subiu 1,11%, a US$ 1.945,03 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 28,7 mil.
AGENDA DO DIA
  • 09:00 Brasil Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) (Ago) | Expectativa (restrito e ampliado): -0,8%.
  • 09:30 EUA: Licenças para Construção (Set)
  • 13:00 EUA: Discurso de Waller, membro do Fed
  • 13:30 EUA: Discurso de Williams, membro do Fed

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

Vindo de um leve ganho de 0,67% na abertura da semana, o Ibovespa registrou queda de 0,54%, aos 115.908,43 pontos, na sessão de terça-feira. O índice não encontrou fôlego para se descolar do sinal negativo de Nova York, em meio à retomada de pressão sobre os rendimentos dos Treasuries após nova rodada de dados sobre a economia americana mais fortes do que o esperado.

Os juros futuros subiram, acompanhando a piora dos Treasuries, cujos rendimentos voltaram a romper níveis importantes após dados de atividade nos Estados Unidos acima do esperado. 

Após queda de 1,01% na segunda (17), o dólar apresentou comportamento volátil na sessão, com trocas de sinal ao longo do dia em meio à divulgação de indicadores fortes da economia americana e dúvidas sobre os desdobramentos entre Israel e o Hamas. Ao fim do dia, o dólar fechou em queda de 0,04%, aos R$5,0350.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam sem sinal único, pressionadas pela alta dos juros dos Treasuries e após os dados fortes do varejo e produção industrial reduzirem um pouco a confiança de que o Fed terminou o ciclo de aperto. Nesse contexto, o Dow Jones subiu 0,04%, enquanto o S&P cedeu 0,01% e o Nasdaq caiu 0,25%.

Os rendimentos dos Treasuries avançaram na sessão, diante da publicação de dados da economia dos Estados Unidos que reforçaram o quadro de robustez para a economia do país. 

O dólar avançou ante divisas fortes como iene, libra e dólar canadense, diante dos dados de varejo e indústria que mostraram força da economia americana. No entanto, o índice DXY foi pressionado para baixo com a alta do euro em relação ao dólar, fechando em estabilidade aos 106,250 pontos.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

O setor de serviços recuou 0,9% em agosto na comparação mensal, de acordo com a Pesquisa Mensal dos Serviços (PMS), divulgada pelo IBGE. O resultado veio abaixo do piso das expectativas (-0,8%), que apontava para mediana de +0,5% e teto de +0,8%. Na comparação com o mesmo período de 2022 houve alta de 0,9% no volume de serviço prestados, no piso das projeções, que tinham mediana de +2,8% e teto de +3,3%.

Já no acumulado de 12 meses, a alta foi de 5,3%, ante expansão de 6,0% em julho. A leitura é contrária àquela propensão de maior resiliência que Serviços vinha apresentando. Avaliamos que é preciso estar atento ao número de setembro para entender se é uma mudança na trajetória, em especial dos serviços prestados às famílias, ou se é um número pontualmente baixo. Para saber mais, leia nosso relatório completo aqui.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

A produção industrial dos Estados Unidos subiu 0,3% em setembro, ante agosto, superando a expectativa de queda de 0,1% de analistas consultados pela FactSet. Além da alta da produção, houve um acréscimo de 0,2 p.p à taxa de utilização da capacidade instalada, que subiu a 79,7%.

As vendas no varejo dos Estados Unidos registraram alta de 0,7% em setembro, ante agosto. O número veio acima do desempenho esperado por analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam uma alta de 0,3%. Ademais, as vendas do varejo de agosto foram revisadas para cima, de 0,6% para 0,8%.

POLÍTICA NO BRASIL

A expectativa do governo de arrecadar R$54,7 bilhões em 2024 com o retorno do voto de qualidade do Carf depende da realização de sessões extraordinárias, que aumentem em 50% a carga de trabalho distribuída a cada conselheiro. Sem essas questões adicionais, a arrecadação prevista cai para R$36,5 bilhões. (Valor)

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), encaminhou à Assembleia Legislativa de São Paulo o projeto de privatização da Sabesp. O governador afirmou estar otimista e acreditar que a votação do projeto de lei aconteça no fim de novembro ou em dezembro, antes do recesso de fim de ano. (G1)

A Câmara dos Deputados decidiu adiar para a próxima semana o projeto de lei de tributação dos fundos de investimento offshore e exclusivos para a próxima semana, após a volta do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), do exterior. Assim, a análise da proposta está prevista para o dia 24 de outubro, mas o texto está longe de um consenso. (Valor)

O ministério da Fazenda avalia propor veto total ao projeto de lei que prorroga a desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia. O Planalto, no entanto, resiste à ideia por causa do desgaste político e do impacto para as empresas. Entre os articuladores do governo, tem circulado o argumento de que, desde a reforma da Previdência, ficou vedado adotar medidas que possam reduzir a arrecadação de recursos do fundo que banca as aposentadorias. Por isso a prorrogação da desoneração seria inconstitucional. (Folha)

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