Investidores seguem atentos ao conflito no Oriente Médio e os seus possíveis impactos na economia mundial

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NESTA MANHÃ
  • No Brasil, aguarda-se a votação do projeto da taxação de fundos exclusivos e offshores até quarta-feira (18) no Congresso. Além disso, investidores acompanham a divulgação do Boletim Focus. Já nos EUA, o destaque é o índice de atividade industrial e falas de dirigentes do Fed. Contudo, o conflito no Oriente Médio e suas possíveis consequências seguem como principal foco do mercado
  • As bolsas na Ásia fecharam em baixa, com o apetite limitado pelo conflito em Israel. Liderando as perdas na Ásia, o índice japonês Nikkei sofreu queda de 2,03%, enquanto o Hang Seng caiu 0,97%,e o Xangai Composto teve baixa de 0,46%.
  • Na Europa, as bolsas operam sem direção única e perto da estabilidade, enquanto investidores avaliam a possibilidade de uma escalada da crise no Oriente Médio. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 avança 0,07%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street operam sem direção única.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 4,70%.
  • Os contratos futuros do Brent operam perto da estabilidade, com alta marginal de 0,01%, a US$ 89,35 o barril.
  • O ouro recua 0,84%, a US$ 1.916,64 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 27,8 mil.
AGENDA DO DIA
  • 08:25 Brasil: Boletim Focus
  • 09:30 EUA: Índice Empire State de Atividade Industrial (Out)
  • 11:30 EUA: Discurso de Harker, membro do FOMC

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

Na retomada dos negócios após o feriado de quinta-feira (12), o Ibovespa não conseguiu evitar o sinal negativo que se impôs em Nova York nessas últimas duas sessões da semana. Assim, a leitura negativa sobre o índice de confiança do consumidor nos Estados Unidos em setembro somada ao resultado acima do esperado para a inflação (CPI), divulgada na manhã anterior, contribuíram para o fechamento negativo do Ibovespa (-1,19%) em 115.658,27 pontos. Na semana, o índice da B3 subiu 1,39%.

O dólar à vista acelerou os ganhos ao longo da tarde e encerrou a sessão da sexta-feira (13) em alta de 0,77%, cotado a R$ 5,0885. Em meio a incertezas provocadas pela escalada do conflito do Oriente Médio ao longo do fim de semana, diante da provável invasão terrestre da Faixa de Gaza por tropas israelenses, investidores intensificaram a busca por proteção na moeda americana durante a segunda etapa de negócios.

O ambiente externo avesso ao risco e a alta firme do dólar ante o real conduziram os juros futuros a uma forte elevação nesta sexta-feira, dado o cenário geopolítico mais desafiador e a resiliência da inflação nos Estados Unidos. O giro de negócios foi mais fraco, reflexo da emenda do feriado de Nossa Senhora Aparecida.

EXTERIOR

O mercado acionário americano chegou a exibir quadro mais positivo, porém fechou sem direção única na sexta-feira (13). Investidores monitoraram balanços corporativos, com bancos trazendo sinais em geral bem avaliados, mas o ânimo foi contido, com a busca por risco limitada nos mercados em geral diante das tensões geopolíticas. O índice Dow Jones fechou em alta de 0,12%, enquanto o S&P 500 caiu 0,50% e o Nasdaq teve baixa de 1,23%. Na comparação semanal, o Dow Jones subiu 0,79%, o S&P 500 teve alta de 0,45% e o Nasdaq caiu 0,18%.

Empresas importantes divulgaram balanços: a ação do Wells Fargo avançou 3,07%, após o banco mostrar lucro e receita acima do esperado no terceiro trimestre. Já o JPMorgan ganhou 1,50%, depois de seus resultados também superarem a expectativa. 

Os retornos dos Treasuries caíram, em quadro de cautela com os conflitos no Oriente Médio e seus potenciais desdobramentos. Com isso, os juros também ajustaram o movimento de alta visto na quinta-feira, após o índice de preços ao consumidor (CPI). Além disso, declarações do Fed seguiam como foco importante, após o Patrick Harker, presidente da distrital da Filadélfia, comentar que a alta dos juros parece ter chegado ao fim, o que para ele reforça a possibilidade de um pouso suave na economia. 

O dólar avançou ante uma cesta de outras moedas fortes,em dia de cautela em geral nos mercados, diante do quadro geopolítico. Na agenda econômica, um dado fraco de sentimento do consumidor nos EUA veio acompanhado por alta nas expectativas de inflação, mas os investidores em geral ampliavam apostas em manutenção dos juros na próxima decisão do Fed. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou alta de 0,05% e, na semana, o DXY acumulou 0,57%.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

O índice de sentimento do consumidor nos Estados Unidos, elaborado pela Universidade de Michigan, recuou para 63 em outubro, ante 68,1 em setembro, de acordo com dados preliminares divulgados nesta sexta-feira. O resultado veio bem abaixo da expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam queda mais suave do indicador, a 67,8.

A mesma pesquisa mostrou que as expectativas para a inflação em um ano saltaram de 3,2% em setembro para 3,8% em outubro. Já para o intervalo de cinco anos, as expectativas de inflação avançaram de 2,8% para 3% de um mês para o outro.

POLÍTICA NO BRASIL

A Câmara dos Deputados poderá votar na terça-feira, se houver acordo, o projeto de lei que modifica a cobrança do Imposto de Renda dos fundos “offshore” e dos fundos exclusivos. Com isso, a arrecadação federal ganharia um reforço da ordem de R$ 20 bilhões no ano que vem. No entanto, ainda há dois grandes pontos em aberto e não se descarta, nos bastidores, que a votação fique para pelo menos na próxima semana. A fuga de recursos do país é o maior ponto de preocupação do relator da proposta, deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), que discute novas mudanças em seu parecer. (Valor)

O relator da reforma tributária no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), sugeriu uma revisão, a cada cinco anos, de incentivos concedidos a alguns setores da economia. A discussão sobre segmentos que, atualmente, têm direito a uma tributação diferenciada é um dos pontos sensíveis da proposta em análise pelo Congresso. O texto já foi aprovado pela Câmara em julho e deve ser votado pelo Senado em novembro. Braga defendeu também um aumento no valor do Fundo de Desenvolvimento Regional (FDR). O texto aprovado pela Câmara prevê um valor progressivo até atingir o patamar anual de R$ 40 bilhões em 2033. Após reuniões com governadores, informou que os estados pleiteiam um forte incremento desses recursos. (G1 / G1)

O presidente do STF, Roberto Barroso, receberá os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Jader Filho (Cidades) e Jorge Messias (Advocacia Geral da União) hoje (16), às 19h, para falar sobre a ADI 5.090, em julgamento na Corte. A ação questiona a aplicação da taxa referencial na correção dos saldos das contas vinculadas ao FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). O tema é caro para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que teme impacto no setor de habitação. (Poder 360)

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