Mercado reage à inflação nos EUA e China
NESTA MANHÃ
- Hoje, no Brasil, o mercado reagirá, um dia atrasado devido ao feriado, ao índice de inflação americana (CPI), que veio marginalmente acima do esperado. Além disso, os dados de preços ao consumidor na China, que ficaram estáveis, também estarão no radar dos investidores.
- As bolsas na Ásia fecharam no negativo, após os dados da inflação americana. Investidores da região também avaliaram os últimos números de inflação e comércio externo da China. O índice Hang Seng caiu 2,33%, enquanto o Nikkei recuou 0,55% e o Xangai Composto registrou queda de 0,64%.
- O índice de preços ao consumidor (CPI) da China permaneceu estável em setembro, na comparação anual. Já o índice de inflação ao produtor (PPI) recuou 2,5% na mesma base. A FactSect projetava alta anual de 0,2% do CPI e queda de 2,3% do PPI. Em relação a agosto, a inflação ao consumidor avançou 0,2% em setembro. Já a inflação ao produtor foi de 0,4% na comparação com o mês anterior.
- Na Europa, as bolsas operam em baixa, em meio a preocupações renovadas sobre a trajetória dos juros dos EUA após dados de inflação mais fortes do que o esperado e sobre o desempenho chinês após dados fracos de inflação no país. Além disso, o conflito no Oriente Médio, que mais uma vez ajuda a impulsionar os preços do petróleo, também segue no radar. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,87%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street sinalizam queda na abertura do pregão.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 4,63%.
- Os contratos futuros do Brent sobem 3,24%, a US$ 87,56 o barril.
- O ouro avança 1,10%, a US$ 1.889,48 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 26,8 mil.
AGENDA DO DIA
- 10:00 EUA: Discurso de Harker, membro do Fed
- 10:00 Europa: Discurso de Lagarde, presidente do Banco Central Europeu
- 11:00 EUA: Confiança do Consumidor
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
Em véspera de feriado no Brasil, o Ibovespa fechou a quarta (11) com alta de 0,27%, aos 117.050,74 pontos. Desde o início do dia o índice refletiu a cautela que precede um feriado com os mercados abertos lá fora e a divulgação de uma nova leitura sobre a inflação ao consumidor. Assim, investidores evitaram movimentos bruscos.
Mesmo com a leitura positiva do IPCA de setembro, os juros futuros subiram, refletindo cautela antes do feriado de quinta (12), quando haveria a divulgação do índice de preços ao consumidor americano (CPI). Além disso, houve um ajuste nas apostas para a Selic nas próximas reuniões do Copom, em meio a rumores de que o Banco Central teria sinalizado a investidores ser maior a chance de uma desaceleração no ritmo de cortes da Selic do que uma ampliação.
O dólar à vista encerrou a sessão em queda de 0,13%, cotado a R$5,0500. Operadores notaram clima de cautela nas mesas de operação, com pouco apetite para apostas mais contundentes na véspera do feriado.
EXTERIOR
As bolsas de Nova York fecharam o pregão de quinta (12) em queda, após o CPI do país e indicações de força no mercado de trabalho apontarem para a possibilidade de uma última alta nos juros do Fed e sustentarem a proposta de uma taxa alta por mais tempo. Nesse sentido, o Dow Jones caiu 0,51%, o S&P recuou 0,62% e o Nasdaq fechou em baixa de 0,63%.
Os retornos dos Treasuries subiram, num movimento puxado pela divulgação do CPI americano um pouco acima do previsto e pelo resultado de pedidos de auxílio-desemprego, que vieram abaixo do esperado, sinalizando uma resiliência da economia.
O dólar se fortaleceu com o ajuste das posições dos investidores após a mudança das perspectivas para a atuação do Fed diante do dado de inflação acima das expectativas. Assim, o índice DXY fechou em alta de 0,74%, aos 106,599 pontos.
INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL
O IPCA de setembro apresentou alta de 0,26%, abaixo das expectativas da Órama (0,35%) e do mercado (0,32%). Em 12 meses, o índice acumulou 5,19%, ante 4,61% em agosto, abaixo do esperado (5,28%). O resultado em geral foi bom, com a composição do índice mostrando continuidade do processo de recuo consistente dos preços e contribui com a manutenção da nossa perspectiva dos cortes da Selic, seguindo na magnitude de 0,5 p.p. e fechando o ano em 11,75%. Para outubro, esperamos uma alta no IPCA de 0,29% e 2023 em 4,7%. Para saber mais, leia nosso relatório aqui.
INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA
O dado de inflação ao consumidor americano (CPI) registrou alta de 0,4% em setembro, vindo acima da mediana das expectativas de analistas, que projetavam alta de 0,3%. No entanto, o núcleo da inflação subiu 0,3%, em linha com as expectativas, o que amenizou parcialmente a preocupação do mercado no que diz respeito à condução da política monetária nos próximos meses.
Os pedidos do seguro-desemprego nos Estados Unidos seguiram em 209 mil na semana passada, mesmo número da semana anterior. O resultado veio menor que a expectativa dos analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que esperavam 210 mil pedidos.
POLÍTICA NO BRASIL
O vice-procurador-geral Eleitoral, Paulo Gonet Branco, apresentou na terça-feira (10) parecer contrário à procedência de 3 ações que pedem a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O presidente do tribunal, ministro Alexandre de Moraes, suspendeu o julgamento. A análise será retomada em 17 de outubro, com a leitura do voto do relator, ministro Benedito Gonçalves e dos outros ministros. (Poder 360)
O relator da Reforma Tributária no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), estuda incluir em seu texto a previsão de incentivos tributários para montadoras automotivas de forma atrelada à inovação tecnológica e à transição energética. De acordo com o senador, parlamentares, estados e o governo federal têm feito sugestões sobre o tema. (Folha)
Apesar das resistências da área ambiental do governo, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou que a estatal espera receber em 2024 licença para perfurar um poço em busca de petróleo na bacia da foz do Amazonas. (Folha)
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