Divulgação do PIB americano e relatório trimestral de inflação são os destaques do dia

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NESTA MANHÃ
  • Hoje o mercado acompanha a divulgação do PIB final americano do 2° trimestre (exp: 2,3% anualizado), indicador que deve balizar as projeções para a condução da política monetária do Federal Reserve. No campo doméstico, o destaque vai para o relatório trimestral de inflação que será divulgado pelo Banco Central, no qual algumas das projeções são atualizadas, dando mais detalhes sobre a visão da autoridade em relação à conjuntura econômica. 
  • As bolsas na Ásia fecharam sem direção única, com liquidez mais restrita em meio a preocupações com o setor imobiliário chinês e às vésperas de um longo feriado na China. No setor de construção, os negócios com ações da China Evergrande foram suspensos em Hong Kong, após relatos da mídia de que o presidente da incorporadora está sob vigilância policial. Sendo assim, o Xangai Composto subiu 0,10%, o Hang Seng caiu 1,36% e o Nikkei recuou 1,54%.
  • Na Europa, as bolsas operam majoritariamente em baixa nesta manhã, mantendo o tom negativo recente, enquanto investidores aguardam novos dados de inflação da Alemanha, e os números finais do PIB americano. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,49%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street sinalizam alta na abertura do pregão.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 4,76%.
  • Os contratos futuros do Brent caem 0,36%, a US$ 96,20 o barril.
  • O ouro sobe 0,09%, a US$ 1.876,85 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 26,4 mil.
AGENDA DO DIA
  • 08:00 Brasil: IGP-M (Set)
  • 09:00 Brasil: Relatório Trimestral de Inflação
  • 09:30 EUA: Pedidos de Seguro-Desemprego
  • 09:30 EUA: PIB 2° Tri | Expectativa: 2,3% (anualizado)
  • 10:00 Brasil: PPI (Ago)
  • 11:00 EUA: Vendas Pendentes de Casas (Ago)
  • 17:00 EUA: Discurso de Powell, presidente do Fed

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa subiu 0,12%, aos 114.327,05 pontos. Próximo ao fechamento, os principais índices de NY viraram para o positivo, contribuindo para que o Ibovespa saísse do negativo, onde permaneceu boa parte do dia. 

Os juros futuros tiveram nova sessão de forte estresse, com taxas voltando a disparar em cima de níveis já muito elevados atingidos nos últimos dias. O ambiente internacional conturbado continuou predominando entre os negócios locais, mas o mercado manteve o risco fiscal interno no radar, atento às notícias sobre o tema. 

O dólar fechou em R$5,0480, com alta de 1,22%. O dia foi marcado pela corrida global para a moeda americana e pela escalada das taxas longas nos juros americanos.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam mistas, em um dia marcado pela volatilidade e pela pressão dos retornos dos Treasuries. O índice Dow Jones fechou em queda de 0,20%, o S&P subiu 0,02% e o Nasdaq com alta de 0,22%. O setor de energia foi quem se destacou na sessão, diante do avanço nos contratos futuros de petróleo. 

Os rendimentos dos Treasuries tiveram mais uma rodada de alta, com a taxa do papel de 30 anos cravando seu nível mais alto desde 2011. Os receios com a inflação persistente e uma política monetária restritiva por mais tempo que o esperado foram reforçados pelo receio das disputas em torno do orçamento para manter o funcionamento do governo.

 O dólar se fortaleceu hoje frente aos rivais no exterior em meio ao cenário de cautela entre os investidores. Além disso, a moeda ganhou um impulso extra depois que o dirigente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, afirmou que a possível paralisação do governo americano e a greve no setor de automóveis podem desacelerar a economia para o Fed. Sendo assim, o índice DXY subiu 0,40%, aos 106,666 pontos.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

O índice de confiança da indústria do FGV IBRE cedeu 0,4 ponto em setembro, para 91 pontos, o pior nível desde julho de 2020. A queda se deu totalmente pela piora das expectativas para os próximos meses, enquanto o Índice de Situação Atual obteve alta no mês de setembro. De acordo com o comunicado, a queda na confiança no trimestre foi resultado da pressão da elevada taxa de juros, do forte endividamento das famílias, e alto nível de estoques em meio à um arrefecimento da demanda interna por bens. 

De acordo com as estatísticas monetárias e de crédito do Banco Central, o crédito ampliado às famílias expandiu 1,3% no mês, ante 0,5% visto em julho, com destaque para o incremento nos empréstimos do Sistema Financeiro Nacional (SFN). Em relação à  inadimplência da carteira de crédito total do SFN, esta ficou estável em 4,9% no mês de agosto, Por fim o endividamento das famílias ficou em 47,8% em julho, com queda de 0,4p.p, enquanto o comprometimento da renda ficou em 27,6%, caindo 0,7p.p.no mês.

INDICADORES ECONÔMICOS NO EXTERIOR

As encomendas de bens duráveis surpreenderam para cima em agosto ao crescerem 0,2% ante uma expectativa de queda de 0,5% dos economistas consultados pela Reuters. O resultado indica sinais de que os gastos das empresas com equipamentos se recuperaram desde o início do terceiro trimestre. 

POLÍTICA NO BRASIL

A solução para a “bola de neve” dos precatórios apresentada pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) não era a preferida do Ministério do Planejamento. Desde o início a pasta discordava publicamente da ideia de classificar parte do valor como despesa financeira. No entanto, apesar da discordância, o Planejamento e a ministra Simone Tebet participaram das discussões e estavam a par de tudo. (Valor)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reuniram-se nesta quarta-feira (27) pela primeira vez desde que o petista assumiu o poder, em janeiro. O encontro ocorreu no Palácio do Planalto e foi intermediado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que também participou da agenda. (Valor)

Duas semanas após a entrada do Republicanos e PP na Esplanada, a Câmara dos Deputados virou novamente palco de insatisfação com o Executivo, com ameaça de paralisação dos trabalhos. Há um somatório de fatores para o clima na Câmara, de acordo com aliados de Lira, foi o presidente Lula ter adiado a troca de comando da Caixa Econômica após ter apalavrado com Lira de que PP, União Brasil, Republicanos, PDT e PSB indicariam novos presidente e vices. (Valor)

O relator do projeto do Desenrola Brasil no Senado, Rodrigo Cunha (Podemos-AL), cedeu à pressão do governo e garantiu que o projeto será votado até terça (03) no plenário da Casa, seguindo diretamente para sanção presidencial. De acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o senador se comprometeu a não fazer alterações no texto que o obriguem a passar por uma nova votação na Câmara. (Folha)

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