Rússia anuncia proibição de exportação de diesel e gasolina e mercado reage
NESTA MANHÃ
- Hoje, o dia não deve ter muitas surpresas, dada a agenda interna e externa esvaziadas.
- As bolsas na Ásia fecharam sem direção única, com as empresas chinesas sendo impulsionadas por incentivos para investidores estrangeiros em Xangai e Pequim e outras ainda pressionadas pela perspectiva de juros altos nos EUA por um longo período. Dessa forma, o Xangai Composto subiu 1,55%, o Hang Seng aumentou 2,28% e o Nikkei caiu 0,52%.
- Na Europa, as bolsas operam sem direção única, enquanto investidores seguem avaliando a perspectiva de juros mais altos por um longo período em algumas das principais economias globais, e digerem os números preliminares de atividade econômica da Zona do Euro.
- A prévia do PMI composto da zona do euro subiu para 47,1 em setembro, abaixo da marca de 50 pontos, mas acima do esperado por analistas consultados pela FactSet, que projetavam queda a 46,3 pontos. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,20%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street sinalizam alta na abertura do pregão.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 4,56%.
- Os contratos futuros do Brent sobem 0,60%, a US$93,86 o barril.
- O ouro sobe 0,28%, a US$ 1.925,36 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 26,7 mil.
AGENDA DO DIA
- 08:00 Europa: Discurso de De Guindos, Membro do Banco Central Europeu
- 09:50 EUA: Discurso de Cook, membro do Fed
- 10:45 EUA: S&P PMI Industrial e Serviços – Preliminar
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
O Ibovespa fechou em queda de 2,15%, aos 116.145,05 pontos. O dia foi marcado por uma decepção após o Copom quanto ao fechamento da porta, no curto prazo, para aceleração do ritmo de queda da Selic e pela sinalização do Fed, que alegou que os juros americanos permanecerão altos por mais tempo.
Os juros futuros fecharam em alta firme, apoiada nos ajustes aos comunicados do Fed e Copom. A ponta curta subiu menos que a longa, com ganho de inclinação atribuído especialmente ao ambiente internacional, marcado pelos avanços dos retornos dos Treasuries e do dólar.
O dólar fechou a sessão em alta de 1,11%, aos R$4,9350. A perda de força do real ocorreu em meio a uma onda de fortalecimento da moeda americana no exterior e à alta das taxas longas dos Treasuries.
EXTERIOR
As bolsas de Nova York encerraram o dia com baixas acima de 1%, sob o efeito do comunicado do Fed, que apontou para um horizonte de mais juros por mais tempo. O índice Dow Jones caiu 1,08%, o S&P recuou 1,64% e o Nasdaq terminou em queda de 1,82%.
As taxas dos Treasuries de longo prazo voltaram a subir, enquanto os rendimentos projetados em títulos de curto prazo acabaram corrigindo com queda parte do avanço da véspera. Em um mercado ainda digerindo a decisão do Fed de quarta-feira (20), os investidores receberam sinais de firmeza do mercado de trabalho com os pedidos iniciais de auxílio-desemprego abaixo do esperado, reforçando a postura cautelosa da autoridade monetária americana.
O dólar se fortaleceu de forma generalizada diante da maior aversão ao risco global após os bancos centrais dos países desenvolvidos indicarem que as taxas de juros ficarão em níveis restritivos por mais tempo. Nesse sentido, o DXY subiu 0,27%, alcançando os 105,363 pontos.
INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL
A arrecadação federal de impostos correspondeu a R$172,785 bilhões em agosto, registrando queda real de 4,14% na comparação com o mesmo período do ano anterior. No acumulado de 2023, a arrecadação foi de R$1,517 trilhão, queda real de 0,83%.
INDICADORES ECONÔMICOS NO EXTERIOR
O Banco da Inglaterra (BoE) decidiu manter a taxa de juros em 5,25% na reunião de política monetária de ontem, surpreendendo os analistas de mercado, que previam aumento da taxa de juros na reunião. A votação foi muito dividida, com 5 membros optando pela manutenção e 4 membros defendendo uma alta de 25bps,
O número de pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos recuou 20 mil na semana encerrada no dia 16 de setembro, a 201 mil. O número veio abaixo da estimativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que esperavam uma alta para 225 mil pedidos.
A venda de casas existentes nos Estados Unidos caiu 0,7% em agosto para um resultado anual dessazonalizado de 4,04 milhões em agosto. No ano contra ano as vendas caíram 15,3%. De acordo com um representante da NAR, associação nacional de corretores, a venda de casas segue relativamente estável, e, apesar do impacto negativo das taxas de hipoteca no curto prazo, eles enxergam que os ganhos vindos do mercado de trabalho devem exercer impacto positivo e constante sobre o setor.
POLÍTICA NO BRASIL
O governo continuará perseguindo a meta de déficit zero prevista na peça orçamentária de 2024, de acordo com o ministro da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Alexandre Padilha. Segundo ele, tanto Lula quanto Haddad estão comprometidos com esses e outros compromissos fiscais. (Valor)
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que perseguir a meta fiscal é um sinal de compromisso do governo com as contas públicas do país e frisou a receptividade do Congresso com as medidas da área econômica do governo. Haddad acrescentou, ainda, que a situação macroeconômica do Brasil é atualmente menos negativa do que a de outros países, principalmente na área fiscal. (Folha)
O vice-presidente Geraldo Alckmin sancionou ontem (21) o projeto de lei (PL) que muda as regras de funcionamento do Carf, retomando o voto de qualidade. Alckmin, no entanto, vetou 14 dispositivos que foram incluídos durante a tramitação da proposta na Câmara dos Deputados, alguns por não terem relação direta com o objetivo principal do PL e/ou poderiam limitar o ganho de arrecadação esperado pelo governo. (Folha)
PETRÓLEO
A Rússia proibiu a exportação de diesel e gasolina no momento em que os preços do petróleo se aproximam de U$100 por barril. A medida marca uma escalada que aumenta os temores de que Moscou use o fornecimento de petróleo e derivados como arma em retaliação às sanções ocidentais. O Kremlin, no entanto, informou que a proibição era “temporária” e se destinava a lidar com o aumento dos preços da energia na Rússia, mas não deu nenhum prazo para encerrá-la e definiu poucas exceções. (Valor)
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