Dados de varejo no Brasil e da industria nos EUA dão tom ao dia
NESTA MANHÃ
- Hoje será divulgado pelo IBGE a pesquisa mensal do comércio (PMC) de julho, que fechará a primeira leva de dados do 3° trimestre, com expectativa de um crescimento de 0,3% para o segmento ampliado e de 0,5% para o restrito. No exterior, o destaque vai para a divulgação da produção industrial americana, dado importante para definição dos próximos passos da política monetária do Fed, que acontecerá na próxima quarta-feira (20).
- As bolsas na Ásia fecharam sem direção única após dados econômicos da China sugerirem que sua recuperação econômica ainda é frágil. O Xangai Composto caiu 0,28%, o Hang Seng subiu 0,75% e o Nikkei teve alta de 1,1%.
- Os números da indústria e varejo tiveram desempenho melhor do que o esperado em agosto, entretanto, as vendas de moradias e os investimentos em ativos fixos caíram no acumulado de janeiro a agosto.
- Na Europa, as bolsas europeias operam em alta, ampliando os ganhos de ontem após a sinalização de que a decisão de política monetária do Banco Central Europeu teria sido a última alta de juros. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 sobe 0,75%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street sinalizam abertura mista do pregão.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 4,41%.
- Os contratos futuros do Brent sobem 0,28%, a US$ 93,96 o barril.
- O ouro sobe 0,45%, a US$ 1.918,72 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 26 mil.
AGENDA DO DIA
- 09:00 Brasil: Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) (Jul) | Expectativa (Ampliado): 0,3%
- 09:30 EUA: Índice de Manufatura Empire State NY (Ago)
- 10:15 EUA: Produção Industrial (Ago)
- 11:00 EUA: índice de Confiança do Consumidor da Universidade de Michigan – Preliminar (Set)
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
O Ibovespa subiu 1,04%, fechando aos 119.391,55 pontos. As ações de commodities reagiram positivamente à nova iniciativa da China para estimular a própria economia por meio de cortes nos depósitos compulsórios recolhidos pelo banco central. Desse modo, alguns destaques da sessão foram: Vale (VALE3 +5,17%), CSN (CSNA3 +3,65%) e Cosan (CSAN3 +3,19%).
Os juros futuros fecharam perto da estabilidade. O dia foi marcado por fatores que influenciaram as taxas tanto para cima, quanto para baixo. Para cima pesou a surpresa na decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) ao elevar em 25bps a taxa básica da economia europeia. A alta foi neutralizada pela queda do dólar com o avanço nas commodities em reação ao anúncio do Banco Central Chinês.
O dólar à vista fechou em queda de 0,89%, a R$4,8730. Operadores atribuíram a baixa do dólar ao desmonte de posições defensivas no mercado futuro e ao fluxo estrangeiro para a bolsa, em meio ao avanço das commodities metálicas e do petróleo.
EXTERIOR
As bolsas de Nova York fecharam em alta, com mercados do mundo inteiro melhorando o apetite por risco após decisão de juros do BCE e depois de dados da inflação ao produtor (PPI) dos EUA não mudarem a visão dos investidores de que o Fed vai manter os juros nas próximas reuniões. O Dow Jones fechou em alta de 0,96%, o S&P subiu 0,84% e o Nasdaq teve alta de 0,81%.
Os juros dos Treasuries fecharam com viés de alta no fim da tarde. Os dados de varejo e inflação no atacado dos Estados Unidos impuseram especulações de que o Fed poderia apertar a contração monetária, mas o mercado manteve a aposta de que a taxa será mantida nas próximas reuniões.
O euro caiu ante o dólar e bateu mínimas em seis meses após o BCE determinar um aumento de juros “dovish”, sinalizando para uma possível pausa no ciclo de aperto monetário. A moeda americana, no entanto, seguiu em tendência de alta ante pares rivais, depois que a bateria de dados sugeriu força da economia, levantando incertezas sobre os próximos passos do Fed. Assim, o índice DXY fechou em alta de 0,60%, aos 105,405 pontos.
INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL
O setor de serviços cresceu 0,5% em julho ante junho, de acordo com a Pesquisa Mensal dos Serviços (PMS), divulgada pelo IBGE. O resultado veio em linha com a mediana das expectativas do mercado, que variavam entre -0,2% e +6,2%. Na comparação com julho de 2022, houve expansão de 3,5% no volume de serviços prestados, também de acordo com as estimativas. A leitura indica que o setor permanece resiliente, principalmente nas atividades de Serviços prestados às Famílias, motivado pelo mercado de trabalho forte, e nos Serviços de Transporte, impulsionados pela atividade agropecuária no início do ano. Para saber mais leia o relatório completo aqui.
INDICADORES ECONÔMICOS NO EXTERIOR
O Banco Central Europeu (BCE) decidiu elevar novamente em 25bps suas taxas de juros. A taxa de refinanciamento, a principal, agora se encontra em 4,50%. Durante o comunicado, o conselho do BCE avaliou que as taxas atingiram níveis que, se mantidos por um período suficientemente longo, contribuirão para a queda da inflação em direção à meta. Desse modo, o mercado enxergou que isso significa que o BCE pode ter chegado à sua taxa terminal.
Os pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos subiram para 220 mil na semana encerrada no dia 09 de setembro, uma alta de 3 mil em relação ao número revisado da semana anterior. O resultado veio abaixo dos 225 mil esperado por analistas.
O índice de preços ao produtor (PPI) dos Estados Unidos registrou alta de 0,7% em agosto ante julho, de acordo com dados do Departamento do Trabalho. A leitura veio acima do avanço de 0,4% previsto por analistas. Já o núcleo do PPI, este subiu 0,3%, também acima da expectativa do mercado, 0,2%.
As vendas no varejo dos Estados Unidos subiram 0,6% em agosto, ante julho, de acordo com o Departamento do Comércio. A variação veio bem mais forte do que a expectativa de 0,1% para o período.
POLÍTICA NO BRASIL
O governo reduziu em R$12,5 bilhões a estimativa de despesa previdenciária para 2024, devido a medidas que o INSS promete adotar para melhorar a gestão dos benefícios e atenuar gastos. No entanto, deixou de considerar o possível aumento de benefícios pagos com a redução da fila de 1,691 milhão de pedidos aguardando análise ou perícia. (Valor)
A probabilidade da dívida pública superar 90% do PIB até 2027 caiu de 42,3% em junho para 18,2% em setembro, de acordo com a Instituição Fiscal Independente (IFI). Segundo a instituição, a queda na probabilidade foi relevante e pode ser explicada por uma estimativa de trajetória menos pressionada para cima da dívida pública. (Valor)
A Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que abre caminho a um repasse de R$13,9 bilhões para estados e municípios em 2023. O texto antecipa R$10 bilhões da compensação da União aos estados pelos cortes no ICMS patrocinados pelo governo Bolsonaro em 2022, e os repasses serão feitos fora do limite de gastos vigentes para 2023, conforme autorização expressa incluída no parecer do relator. O texto segue agora para o Senado. (Folha)
O diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Gordon, afirmou que o banco voltará a financiar exportações de serviços de engenharia, mas somente após a aprovação de um projeto de lei que deixará claro que países que devem ao Brasil só poderão tomar novos empréstimos se estiverem em dia com seus pagamentos. Este tipo de operação não é realizada desde 2016, quando empreiteiras passaram a ser investigadas pela Lava-Jato. (O Globo)
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