Dados melhores da China abrem semana importante com divulgação de inflação no Brasil e EUA
NESTA MANHÃ
- Em uma semana com divulgações importantes de inflação no Brasil (12) e EUA (13) e com decisão de juros do BCE (14), os investidores calibram suas posições. Hoje, as projeções para o IPCA do Relatório Focus ficam no centro das atenções. No âmbito externo, as notícias e dados melhores chineses aliviam parte da cautela global.
- As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta segunda-feira, enquanto o mercado avalia novos dados econômicos chineses e comentários sobre o possível abandono da política de juros negativos no Japão. Na China continental, o dia foi de ganhos e o índice acionário Xangai Composto subiu 0,84%. Já em Tóquio, o Nikkei caiu 0,43% e o Hang Seng recuou 0,58%.
- Os preços ao consumidor (CPI) chinês subiram 0,1% na comparação anual de agosto, menos que o esperado, após caírem 0,3% em julho. Os bancos da China, por sua vez, liberaram mais empréstimos do que se previa no mês passado. Além disso, o regulador financeiro da China reduziu neste domingo o risco que atribui ao investimento de companhias de seguros em ações de blue-chips e de tecnologia, além de fundos em investimento imobiliário, visando estimular o investimento no mercado de ações no país.
- As bolsas europeias operam em alta nesta manhã, após dados indicarem sinais de estabilização da economia chinesa, enquanto investidores aguardam, nos próximos dias, os números de inflação nos EUA (13) e a decisão de juros do Banco Central Europeu (BCE) (14). Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 avança 0,37%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street apontam para uma abertura positiva.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 4,38%.
- Os contratos futuros do Brent caem 0,24%, a US$ 90,43 o barril.
- O ouro avança 0,34%, a US$ 1.925 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 25,7 mil.
AGENDA DO DIA
- 08:25 Brasil: Relatório Focus
- 12:00 EUA: Expectativas de Inflação do Consumidor
- 20:00 UK: Discurso de Mann, membro do Banco da Inglaterra
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
O Ibovespa emendou a quarta queda consecutiva na sexta (08), em movimento de ajuste à aversão global ao risco, deflagrada na quinta (07), quando a bolsa estava fechada diante do feriado. Com a fraqueza da economia da China e a perspectiva de juros altos por mais tempo nos Estados Unidos, o índice fechou em queda de 0,58% a 115.313,40 pontos.
Os juros futuros percorreram a sessão em baixa moderada, refletindo ajustes técnicos após a volta do feriado do Dia da Independência, uma vez que a agenda e o noticiário estiveram esvaziados.
O dólar fechou o dia praticamente em estabilidade, com baixa de 0,02% a R$4,9830. A movimentação se deu pela falta de notícias e indicadores capazes de sanar as dúvidas do mercado quanto à trajetória dos juros americanos e o cenário fiscal brasileiro.
EXTERIOR
As bolsas de Nova York fecharam com altas leves insuficientes para modificar o quadro geral de perdas na semana. O mercado ajustou posições à espera dos dados de inflação nos EUA na próxima semana e em preparação para o período de silêncio dos dirigentes do Fed. Desse modo, o índice Dow Jones fechou em alta de 0,22%, o S&P subiu 0,14% e o Nasdaq avançou 0,09%.
Os rendimentos dos Treasuries chegaram ao fim da sessão sem direção única, enquanto os investidores digerem falas de dirigentes do Fed e aguardam dado de inflação americana na semana que vem. O dia foi marcado por alta das taxas curtas, estabilidade nas médias e queda na ponta de longo prazo.
O dólar subiu ante pares rivais, à medida que os mercados alinham expectativas sobre os diferenciais de juros entre os Estados Unidos e outras economias avançadas. Nesse sentido, o índice DXY fechou com alta de 0,02%, aos 105,090 pontos.
REUNIÃO DO G20
A 18ª Cúpula de Líderes do G20 terminou neste domingo (10) em Nova Délhi. Em consenso, o texto final foi vago sobre a guerra na Ucrânia, sem responsabilizar a Rússia, propôs discussões sobre o enfrentamento às questões climáticas e teve pedidos retóricos sobre reforma da ONU (Organização das Nações Unidas) e organismos multilaterais. O encontro foi encerrado com a passagem da presidência rotativa do bloco da Índia para o Brasil, que só assumirá o posto de fato em 1º de dezembro.
Duas ausências foram anunciadas dias antes e esvaziaram a importância política dessa cúpula: os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da China, Xi Jinping, não compareceram. (Poder360)
POLÍTICA NO BRASIL
O Ministério do Trabalho e Emprego enviou à Casa Civil uma proposta de projeto de lei para permitir que os trabalhadores que aderiram ao saque-aniversário do FGTS possam sacar também o saldo da conta, e não apenas a multa rescisória, em caso de demissão. A previsão é de que, na próxima semana, o projeto seja submetido à apreciação dos ministros diretamente responsáveis pelo assunto, para depois ser submetido ao presidente Lula. A medida pode injetar até R$14 bilhões na economia, mas ainda demanda um diagnóstico acerca da viabilidade da proposta. (Valor/Folha)
Em uma reedição do que aconteceu meses atrás, a Câmara e o Senado iniciaram nas últimas semanas uma nova disputa pelo protagonismo na agenda de votações. Desta vez, a briga envolve principalmente o projeto que regula o mercado de carbono, a proposta que altera regras para a participação de militares na política, e a minirreforma eleitoral. (Valor)
PAINEL DE COTAÇÕES
As informações contidas neste material têm caráter meramente informativo, não constitui e nem deve ser interpretado como solicitação de compra ou venda, oferta ou recomendação de qualquer ativo financeiro, investimento, sugestão de alocação ou adoção de estratégias por parte dos destinatários. Este material é destinado à circulação exclusiva para a rede de relacionamento da Órama Investimentos, incluindo agentes autônomos e clientes, podendo também ser divulgado no site e/ou em outros meios de comunicação da Órama. Fica proibida sua reprodução ou redistribuição para qualquer pessoa, no todo ou em parte, qualquer que seja o propósito, sem o prévio consentimento expresso da Órama.