Falas de membros dos bancos centrais estrangeiros e dado doméstico do agronegócio são os destaques
NESTA MANHÃ
- Hoje, no cenário doméstico, haverá a divulgação do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), que trará novas estimativas para a produção do agronegócio ao fim do ano, como maior destaque. No exterior, discursos de dirigentes dos bancos centrais europeu e americano devem movimentar os preços.
- As bolsas na Ásia fecharam sem direção única. O Xangai Composto subiu 0,12%, enquanto o Nikkei fechou em alta de 0,62% e o Hang Seng caiu 0,04%. O dia foi marcado pelos ganhos do setor imobiliário após a imprensa estatal chinesa sinalizar que Pequim pode lançar novas medidas ao setor.
- Na Europa, os mercados acionários exibem perdas, diante da avaliação de investidores sobre indicadores econômicos e falas de dirigentes do Banco Central Europeu (BCE), que dificultam a visão sobre a trajetória da atividade e da política monetária.
- Na zona do euro, as vendas do varejo caíram 0,2% em julho na variação mensal, ante uma projeção de baixa de 0,3%. Já na Alemanha, as encomendas à indústria caíram 11,7% em julho, ante uma expectativa de 3,5%. Em relação aos dirigentes do BCE, François Villeroy de Galhau afirmou que as opções seguem em aberto para a decisão da política monetária europeia na próxima semana, enquanto Klaas Knot ponderou que os mercados podem estar subestimando a chance de alta de juros no dia 14. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,64%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street sinalizam queda na abertura do pregão.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 4,36%.
- Os contratos futuros do Brent caem 0,42%, a US$ 89,66 o barril.
- O ouro sobe 0,02%, a US$ 1.926,35 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 25 mil.
AGENDA DO DIA
- 08:00 Brasil: IGP-DI (Ago)
- 09:00 Brasil: Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) (Ago)
- 09:00 Europa: Discurso de McCaul, membro do BCE
- 09:30 EUA: Balança Comercial
- 10:45 EUA: PMI de Serviços S&P
- 11:00 EUA: PMI de Não-Manufatura ISM
- 16:00 EUA: Discurso de Logan, membro do Fed
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
O Ibovespa fechou em queda de 0,38%, aos 117.331,30 pontos. O dia foi amparado pelo forte desempenho de Petrobras (PETR3: 4,60% e PETR4: 3,34%) no pregão, mas contido pela aversão a risco por conta do exterior, após dados econômicos piores que o esperado na China e Europa.
Os juros futuros subiram, replicando o desenho das pares nos Estados Unidos e Europa, que registraram ganho de inclinação puxado pelo avanço mais expressivo da ponta longa.
O dólar fechou a sessão em alta de 0,82%, cotado a R$4,9750, em dia marcado por uma onda global de valorização da moeda americana e avanço firme das taxas dos Treasuries.
EXTERIOR
As bolsas de Nova York fecharam em baixa no retorno do feriado, após dados fracos de atividade econômica na China e Europa levantarem preocupações sobre a economia global. O índice Dow Jones fechou em baixa de 0,56%, enquanto o S&P caiu 0,42% e o Nasdaq recuou 0,08%.
Os rendimentos dos Treasuries avançaram, movimento que é um reflexo dos sinais de que o Fed manterá os juros restritivos por um período prolongado. Pela manhã, o diretor do Fed, Christopher Waller alertou que a política monetária deve permanecer apertada até a inflação cair de maneira sustentada. Já a presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, comentou que o Fed pode ter que “ir além” em seu processo de aperto.
O índice DXY fechou em alta de 0,67%, a 104,807 pontos. O dólar subiu ante os pares apoiado por comentários dos dirigentes do Fed e pela percepção de maior cautela ante os sinais de enfraquecimento das economias europeia e chinesa.
INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA:
As encomendas à indústria dos Estados Unidos recuaram 2,1% em julho, na comparação com o mês anterior, a U$579,4 bilhões. O resultado ficou levemente acima da previsão dos analistas ouvidos pela FactSet, que projetavam queda de 2,5%.
INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL
A produção industrial recuou 0,6% em julho, abaixo das expectativas do mercado que indicavam queda de 0,3%. Na comparação com julho de 2022, o indicador apresentou queda de 1,1%, mais intensa do que o antecipado (-0,4%). Já no acumulado de 12 meses, a produção industrial ficou estável. Desse modo, mantemos nossa expectativa de uma indústria morna em 2023. A leitura com queda tanto na indústria extrativa (-1,4%) quanto na de transformação (-0,4%) reforçam nosso cenário de desaceleração da indústria no ano. Para saber mais, leia nosso relatório aqui.
Foi divulgado também o PMI de Serviços da S&P Global, que registrou um crescimento de 50,2 pontos em julho para 50,6 pontos em agosto. De acordo com a diretora da instituição, o aumento contínuo da demanda manteve a atividade de serviços dentro da zona de crescimento, enquanto as decisões do Banco Central de começar a cortar taxas estimularam a confiança nos negócios.
POLÍTICA NO BRASIL
O governo do presidente Lula decidiu montar um grupo de trabalho (GT) para debater a reforma administrativa após cobranças públicas do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). A decisão foi tomada em reunião entre os ministérios da Gestão e Inovação, Fazenda, Planejamento e Orçamento e Casa Civil. O pilar do GT é não alterar as regras que garantem a estabilidade aos servidores públicos. (Valor)
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o governo analisa alguns projetos que podem ser utilizados para “modernizar” carreiras de Estado, como o PL dos Supersalários, que dispõe sobre alguns pagamentos que podem ficar fora do teto do funcionalismo público, dando um privilégio para classes específicas. Ao ser questionado sobre uma eventual reforma administrativa, Haddad disse que este PL, junto ao Projeto que moderniza concursos públicos podem servir como uma reforma administrativa. (Valor)
Após semanas de negociações, o PP sinalizou a integrantes do governo disposição em aceitar assumir o comando do Ministério do Esporte desde que a pasta seja turbinada com a adição da Secretaria de Prêmios e Apostas à sua alçada. Apesar disso, parlamentares da bancada acreditam que o martelo será batido só após a volta do presidente Lula da Índia, para onde irá hoje (07), para assumir o comando do G20. (Valor)
A Câmara dos Deputados aprovou, por 305 votos favoráveis a 89 contrários, o requerimento de urgência apresentado ao projeto de lei (PL) que trata do acordo feito pela União com os Estados para compensar perdas com a arrecadação do ICMS no ano passado. Nesse tema, em meio à pressão de prefeitos, os deputados discutem incluir no PL uma antecipação dos recursos aos municípios e “cota-extra” do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). (Exame)
A Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei (PL) com as regras para o programa Desenrola Brasil, que prevê um limite para os juros do rotativo do cartão de crédito caso instituições financeiras não apresentem uma proposta de taxa menor em 90 dias. O teto limita a dívida ao dobro do montante original, de acordo com o texto. (Folha)
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