Divulgação do PIB do segundo trimestre do Brasil e Payroll americano dão tom ao dia
NESTA MANHÃ
- Hoje o mercado reagirá à divulgação do PIB do segundo trimestre do Brasil (exp. 0,3% QoQ) e ao resultado do Payroll, dando mais clareza para o cenário do mercado de trabalho americano.
- As bolsas na Ásia fecharam mistas. Os estímulos ao setor imobiliário da China colaboraram para apoiar o humor, mas não foi o suficiente para algumas bolsas. O Xangai Composto subiu 0,43%, enquanto o Nikkei teve alta de 0,28% e o Hang Seng caiu 0,55%.
- As medidas de Pequim consistiram em reduzir a entrada mínima para compra da primeira e da segunda residência da população local. Além disso, de acordo com a Reuters, mais medidas para apoiar o setor devem se concretizar nas próximas semanas.
- Na Europa, os mercados tiveram abertura mista. Os investidores avaliam sinais da economia da região, além de aguardarem o resultado do payroll americano. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 sobe 0,27%.
- Foi divulgado o PMI da zona do euro, que subiu a 43,5 pontos na leitura final de agosto, mas um pouco abaixo da previsão de 43,7 pontos dos analistas ouvidos pela FactSet.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street sinalizam alta na abertura do pregão.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 4,22%
- Os contratos futuros do Brent sobem 1,09%, a US$ 87,78 o barril.
- O ouro sobe 0,18%, a US$ 1.943,86 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 26 mil.
AGENDA DO DIA
- 08:00 Brasil: PIB (2° Tri)
- 09:30 EUA: Payroll (Ago)
- 10:00 Brasil: PMI S&P Global (Ago)
- 10:45 EUA: PMI S&P Global (Ago)
- 11:00 EUA: PMI de Manufatura ISM (Ago)
- 15:00 Brasil: Balança Comercial (Ago)
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
O Ibovespa fechou em queda de 1,53%, aos 115.741,81 pontos, acumulando perda de 5,09% em agosto. Na última semana, as preocupações sobre o cenário externo têm dado algum espaço ao olhar doméstico, especialmente à perspectiva fiscal, com as soluções encontradas pelo governo na proposta de orçamento para atingir a meta de déficit zero em 2024.
Os juros futuros emendaram a segunda sessão consecutiva de alta firme, puxados novamente pela piora das expectativas do mercado para a situação fiscal do país.
O dólar à vista encerrou a sessão em alta de 1,68%, a R$4,9500. A onda de valorização da moeda americana no exterior, em especial em relação às divisas emergentes, somou-se ao aumento da percepção de risco fiscal após a apresentação do Projeto de Lei Orçamentária de 2024.
EXTERIOR
As bolsas de Nova York fecharam sem direção única, à medida que o mercado reagiu aos dados mistos de inflação, atividade e emprego dos Estados Unidos. O índice Dow Jones caiu 0,48%, o S&P perdeu 0,16% e o Nasdaq teve alta de 0,11%.
Além dos dados, o presidente da distrital do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, defendeu uma postura cautelosa na política monetária, ao considerar que ela já está em nível “apropriadamente restritivo”, fala que corroborou com a perspectiva de manutenção da taxa de juros nas próximas reuniões.
Os rendimentos dos Treasuries também oscilaram sem direção única ao longo do dia, mas chegaram ao fim da tarde em queda ao longo da curva. Os investidores interpretaram os dados mistos de inflação e atividade como novos sinais de que o Fed manterá os juros nos níveis atuais nas próximas reuniões.
O índice DXY subiu 0,45% no pregão, avançando 1,73% no mês. Os dados mistos dos Estados Unidos e a sinalização do Banco Central Europeu (BCE) de que a próxima decisão de política monetária está em aberto frente às preocupações de estagflação no bloco direcionaram o índice ao longo do dia.
Em relação à política monetária, ontem discursou o Vice-Presidente do BCE, Luis de Guindos, que afirmou que ainda não há nada decidido sobre a decisão de juros da autoridade monetária em sua reunião de setembro, mas, no entanto, acrescentou que o ciclo de alta dos juros parece próximo do fim
INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA
O índice de preços gastos com consumo (PCE) registrou alta de 0,2% em julho, na variação mensal, em linha com o esperado. Na base anual, o PCE ficou em 3,3%, acima dos 3,0% registrados em junho. Já o núcleo do índice subiu 0,2% no mês, na variação mensal, também de acordo com as expectativas.
O número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos caiu 4 mil na semana encerrada em 26 de agosto, para 228 mil, ante 232 mil na semana anterior. O dado veio abaixo da expectativa dos analistas, que esperavam um total de 235 mil pedidos.
INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL
A FGV IBRE divulgou o indicador de incerteza de agosto, mostrando uma forte alta de 5,0 pontos, para 108,5 pontos, maior número desde setembro de 2021, diante das turbulências do cenário externo. De acordo com o instituto, a incerteza em relação ao nível de atividade na China e Estados Unidos, além do risco político na China, foram os fatores que mais influenciaram o indicador.
A dívida bruta do governo geral avançou para 74,1% do PIB em julho, alta de 0,5 ponto percentual, de acordo com os dados divulgados pelo Banco Central.
A taxa de desemprego recuou para 7,9% no trimestre encerrado em julho, caindo 0,6 p.p em relação ao trimestre encerrado em abril. O resultado veio em linha com a expectativa do mercado.
POLÍTICA NO BRASIL
O governo central terá meta de resultado primário zero em 2024, de acordo com o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) enviado para o Congresso ontem (31/08). No documento, o governo prevê um superávit de R$2,8 bilhões para o próximo ano, equivalente a 0% do PIB. (Valor)
O governo federal publicou um projeto de lei (PL) que acaba com os Juros sobre Capital Próprio (JCP) a partir de 2024. O PL ainda precisará ser aprovado no Congresso e, para ter validade em 2024, precisa ser aprovado até o fim deste ano. (Valor)
Em meio à indefinição sobre a reforma ministerial, o governo passou a cogitar uma nova fórmula para contemplar o PP com um pedaço do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), com uma compensação para o titular da pasta, Wellington Dias. O novo desenho consiste em Dias assumir o Ministério de Pequenas Empresas, mantendo o Bolsa Família sob sua alçada, enquanto André Fufuca (PP-MA) assumiria o Sistema Único de Assistência Social e o Benefício de Prestação Continuada, ambos programas do MDS. (Valor)
O secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan, comentou sobre a desoneração da folha e afirmou que é preciso discuti-la melhor para evitar que a medida interfira na trajetória do primário. O projeto foi aprovado na Câmara e ainda precisa passar pelo Senado. (Poder 360)
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