Agenda carregada de dados domésticos e internacionais deve direcionar o dia
NESTA MANHÃ
- Hoje o mercado monitora uma agenda carregada de dados domésticos e internacionais. No Brasil, dados de confiança e inflação, além do Caged, serão os destaques. Nos Estados Unidos, a segunda leitura do PIB e os dados de empregos não-agrícolas devem direcionar o pregão. No fim do dia será divulgado um PMI da China, que deve trazer mais sinais sobre o crescimento econômico previsto para o país.
- As bolsas na Ásia fecharam mistas. O Xangai Composto subiu 0,04%, enquanto o Nikkei cresceu 0,33% e o Hang Seng perdeu 0,01%. O dia foi movimentado pela perspectiva de menor aperto monetário pelo Fed e pelas declarações da secretária de comércio dos EUA, Gina Raimondo, durante sua visita à China. A oficial relatou que ouviu de empresas dificuldades de investir na China, diante de grandes riscos de mercado.
- Na Europa, os mercados exibem quadro misto nas primeiras horas de pregão, mas com o tom negativo prevalecendo.
- Na agenda de indicadores, o índice de sentimento econômico da zona do euro recuou de 94,5 pontos em julho para 93,3 em agosto, ante previsão de 94,0 dos analistas ouvidos pela FactSet. Além disso, há a expectativa pelo CPI da Alemanha, importante para balizar a política monetária do Banco Central Europeu. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,17%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura mista das bolsas.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 4,26%.
- Os contratos futuros do Brent sobem 0,60%, a US$ 86,00 o barril.
- O ouro sobe 0,02%, a US$ 1.938,01 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 27 mil.
AGENDA DO DIA
- 08:00 Brasil: Indicador de Preços ao Produtor (IPP) (Jul)
- 08:00 Brasil: IGP-M (Ago)
- 08:00 Brasil: Índice de Confiança FGV (Ago)
- 09:15 EUA: Dados de Empregos Não-Agrícolas ADP (Ago)
- 09:30 EUA: PIB (2° Trimestre)
- 11:00 EUA: Vendas de Casas Pendentes (Jul)
- 14:30 Brasil: Caged (Jul)
- 22:30 China: PMI CFLP (Ago)
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
A bolsa fechou com alta de 1,10%, a 118.403,61 pontos. O dia foi marcado por um exterior positivo, com o resultado do relatório Jolts abaixo do esperado, puxando para baixo a perspectiva para os próximos passos da política monetária americana. Em relação ao noticiário corporativo, o anúncio da venda de 16 unidades de abate da Marfrig por R$7,5 bilhões colocou a ação na ponta positiva do índice, com alta de 10,70% no fechamento.
Os juros futuros fecharam em queda, beneficiados pela retirada de prêmios de risco da curva após dados dos Estados Unidos diminuírem as apostas em novas rodadas de aperto monetário no país. Além disso, a formalização de medidas do governo para elevar a arrecadação e declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao espantar a ideia de que haveria uma mudança na meta de primário para o ano que vem, reduziram o temor fiscal, ajudando o movimento.
O dólar à vista apresentou queda de 0,41% na sessão, fechando em R$4,8550, em meio ao sinal predominante de baixa da moeda americana no exterior e ao recuo das taxas dos Treasuries. Por aqui as atenções seguem voltadas às medidas do governo para ampliação de receita e à peça orçamentária.
EXTERIOR
As bolsas de Nova York fecharam em alta, respondendo aos dados fracos do mercado de trabalho e do índice de confiança do consumidor, que elevaram as expectativas pelo fim do ciclo de alta de juros do Fed, aumentando o apetite por risco. O índice Dow Jones fechou com alta de 0,85%, o S&P ganhou 1,45% e o Nasdaq subiu 1,74%.
Os rendimentos dos Treasuries recuaram diante da divulgação dos dados do mercado de trabalho e da confiança do consumidor. Assim, o mercado deixou de precificar novos aumentos de juros do Fed este ano e adiantou para maio o cenário de relaxamento monetário, conforme mostrou o monitoramento do CME Group.
O índice DXY fechou em queda de 0,51%, a 103,531 pontos, frente ao recuo do dólar ante rivais mais fortes após a reprecificação da curva de juros americana.
INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA
De acordo com o Relatório Jolts, a abertura de postos de trabalhos nos EUA caiu para 8,827 milhões em julho, um recuo de 338 mil em relação a junho. O resultado veio abaixo das projeções dos analistas de 9,465 milhões de vagas.
O índice Case-Schiller de Preços de Casas divulgado pela S&P CoreLogic subiu 0,7% em junho, com ajuste sazonal, em relação ao mês anterior. Este foi o quinto mês consecutivo de altas, se aproximando do nível mais alto da história, patamar alcançado um ano atrás. De acordo com a economista-chefe da CoreLogic, é esperado que os preços de casas reacelerem e alcançem uma taxa de crescimento por volta de 5% ao fim do ano.
O Índice de Confiança do Consumidor do Conference Board caiu de 114 pontos em julho para 106,1 pontos em agosto. A leitura veio pior do que os 116 pontos previstos por economistas consultados pelo The Wall Street Journal. De acordo com a entidade, o recuo do índice se deu por conta do impacto dos juros altos nos EUA e da desaceleração no mercado de trabalho.
POLÍTICA NO BRASIL
O presidente Lula admitiu a possibilidade de criação de uma pasta para cuidar dos microempreendedores, que ele chamou de Ministério da Pequena Empresa, das Cooperativas e dos Empreendedores Individuais. Apesar da ideia da criação do ministério ter surgido em meio às negociações com o Centrão, a ideia de ocupá-lo não atrai nem o Republicanos nem o PP. (Valor)
A Câmara dos Deputados aprovou ontem (29) o requerimento de urgência para o projeto de lei que prorroga por quatro anos a política de desoneração de salários para os 17 setores que mais empregam na economia. A urgência permite que o texto seja votado diretamente no plenário, sem passar pelas comissões, o que deve ocorrer hoje. (Valor)
O Ministério da Fazenda prevê para o fim de setembro o início da nova fase do Desenrola Brasil, voltada para renegociação de dívidas de pessoas que ganham até dois salários mínimos ou que estejam inscritas no CadÚnico do governo federal, e que devam até R$5.000. (Folha)
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, comprometeu-se novamente a apresentar ao Congresso uma reforma do setor elétrico. A iniciativa, de acordo com ele, tem o objetivo de corrigir distorções que levaram ao aumento descontrolado de encargos repassados para a conta de luz. (Valor)
Ministros políticos do governo Lula pressionam pela alteração da meta de déficit primário zero para 2024, em meio a previsões de dificuldade para cumprir o resultado previsto pelo arcabouço fiscal, em contraposição ao que defende o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. De acordo com a apuração do Valor, essa ala dos auxiliares de Lula apoia a revisão para um déficit primário entre 0,5% e 0,75% do PIB. (Valor)
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