Encontro dos BRICS e discurso de membros do Fed movimentam o dia
NESTA MANHÃ
- Hoje haverá o encontro das lideranças do BRICS, evento que conta com a presença do Lula. Nos EUA, os discursos de membros do FOMC podem dar pistas sobre os próximos passos da política monetária americana. No Brasil, há previsão de votação do novo arcabouço fiscal na Câmara dos Deputados, diminuindo uma parte do leque de incertezas.
- As bolsas na Ásia fecharam em alta. O índice Xangai Composto subiu 0,88%, o Nikkei subiu 0,92% e o Hang Seng cresceu 0,95%. No Japão, a alta foi apoiada por ganhos de ações do setor bancário.
- Na Europa, as bolsas operam em alta. Diante da agenda esvaziada, os mercados acompanham o quadro positivo nos futuros de Nova York. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 subiu 1,03%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street dão sinais positivos para a abertura do pregão.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 4,31%.
- Os contratos futuros do Brent caem 0,38%, a US$84,14 o barril.
- O ouro sobe 0,42%, a US$ 1.902,85 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 26 mil.
AGENDA DO DIA
- 05:15: Encontro dos BRICS
- 08:30 EUA: Discurso do Barkin, membro do Fed
- 11:00 EUA: Venda de Casas Existentes (Jul)
- 15:30 EUA: Discurso de Goolsbee, membro do Fed
- 15:30 EUA: Discurso de Bowman, membra do Fed
- Brasil: Votação do Arcabouço Fiscal (prevista)
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
A bolsa fechou com queda de 0,85%, aos 114.429,35 pontos. O corte na taxa de juros principal do Banco Popular da China abaixo do esperado pelo mercado aumentou a preocupação do mercado em torno da economia chinesa. Além disso, o Simpósio de Jackson Hole, a divulgação do IPCA-15 no fim da semana e a perspectiva para avanço de matérias no Congresso contribuíram para o sentimento de cautela no mercado.
As taxas futuras de juros subiram num movimento puxado pelo exterior, em razão da escalada dos yields dos Treasuries e da incerteza em relação à economia chinesa. Internamente há desconforto com o cenário de reformas, cuja tramitação não avançou desde o retorno do Congresso há três semanas.
O dólar fechou em alta de 0,22%, a R$4,9790, após três sessões consecutivas de leve queda. Com a agenda esvaziada e a liquidez reduzida, investidores recompuseram parcialmente posições defensivas diante de dúvidas sobre o crescimento chinês, com corte de juros aquém do esperado pelo Banco do Povo da China, nova rodada de avanço das taxas dos Treasuries e desconforto com a votação da agenda econômica no Congresso.
EXTERIOR
As bolsas de Nova York fecharam mistas, em viés de alta, com os papéis de tecnologia impulsionando os índices Nasdaq e S&P 500. Nesse sentido, investidores tentaram recompor as perdas da semana passada antes do Simpósio de Jackson Hole, no qual o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, deve discutir questões mais gerais sobre economia. Diante dos sinais de resiliência da economia dos Estados Unidos, o Dow Jones fechou com queda de 0,11%, o S&P subiu 0,69% e o Nasdaq avançou 1,56%.
Os Treasuries retomaram a tendência de alta com a ponta longa em novas máximas no período de mais de uma década. Diante dos sinais de resiliência da economia dos Estados Unidos, o mercado avalia que o Fed terá que manter uma política restritiva por um período mais prolongado.
Já o índice DXY, este fechou em alta de 0,07%, a 103,300 pontos. A movimentação se dá pelo recuo do dólar ante o Euro, Libra e boa parte das moedas emergentes, refletindo a melhora do apetite por risco em NY.
INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL
Os destaques do Boletim Focus vão para o IPCA, que foi de 4,84% para 4,90% nas projeções para 2023, diante da incorporação do reajuste da gasolina anunciado na semana passada pela Petrobras, e para o PIB, com um pequeno crescimento da expectativa para o resultado de 2024, indo de 1,30% para 1,33%.
POLÍTICA NO BRASIL
Bernard Appy, Secretário Extraordinário da Fazenda, comentou que o Imposto Seletivo (IS) que deve ser criado na reforma tributária deve ser monofásico e não deve ser usado pela União como instrumento de arrecadação. Appy disse que o modelo extrafiscal do IS está bem desenhado e não deve estimular o seu uso para arrecadação porque 60% da arrecadação será destinada para os Estados e Municípios. (Valor)
De acordo com a ministra Simone Tebet, a definição do Conselho Federativo que vai gerir o novo Imposto sobre Valor Agregado (IVA) deverá ser o grande ponto que preocupa o Senado, casa na qual a proposta de reforma tributária tramita. Tebet ressalta a importância de aprovar a reforma até o fim do ano, uma vez que se houverem alterações que desagradem determinados municípios ou estados, a proposta corre o risco de dificuldades no avanço por conta das eleições de 2024. (Valor)
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, disse que a projeção de votar o texto no dia 04 de outubro, estipulada pelo relator Eduardo Braga (MDB-AM) é viável. O senador afirmou, no entanto, que não descarta adiar o andamento da reforma tributária para aprimorar a discussão sobre o projeto. (Valor)
O governo do presidente Lula avalia que pode ser criado um “caos jurídico e político” caso o Congresso não aprove nesta semana a MP da tributação de offshores e trusts, que serve para compensar a ampliação de isenção da tabela do imposto de renda em vigor desde o dia 1° de maio. (Valor)
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que o Congresso não deixará de votar questões de interesse nacional por causa de problemas de negociação política, além de negar que o Legislativo esteja se sobrepondo a outros poderes e dizer que o Parlamento ganhou projeção porque estava aquém dos seus limites. (Folha)
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