Resultados corporativos, ata do Copom e dados do exterior são os destaques de hoje

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NESTA MANHÃ
  • Hoje o dia contará com a ata do Copom, com os dados da balança comercial americana e os números da inflação chinesa ao fim do dia. O mercado doméstico também deve reagir ao resultado pior que o esperado da balança comercial chinesa. 
  • Na sequência de resultados corporativos, Braskem (BRKM5) e Engie (EGIE3) entre outras divulgam resultados hoje. 
  • A Eletrobras (ELET3; ELET6) antecipou para ontem (07) à noite a divulgação do balanço do 2Tri, com lucro de R$ 1,6 bi, resultado 16% superior ao do mesmo intervalo de 2022. 
  • As bolsas na Ásia não tiveram sinal único, mas o quadro negativo predominou. A Bolsa de Xangai fechou em queda de 0,25%, o Hang Sang em baixa de 1,81%, ambos afetados pelos dados mais fracos do que o esperado para a balança comercial chinesa, e o Nikkei em alta de 0,38%, apoiado pelos ganhos em Nova York e pela fraqueza do iene, que tende a ajudar as exportadoras japonesas.
  • O saldo da balança comercial chinesa foi bem mais fraco que o esperado pelo mercado. As importações caíram 12,4%, ante uma expectativa de queda de 5,0%, e as exportações caíram 14,5%, ante o esperado de 12,5%. 
  • Na Europa, as bolsas operam em baixa diante do resultado mais fraco da balança comercial chinesa. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,44%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street sinalizam queda para a abertura. 
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 4,00%
  • Os contratos futuros do Brent caem 1,80%, a US$ 83,80 o barril.
  • O ouro recua 0,16%, a US$ 1.933,56 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 29 mil.
AGENDA DO DIA
  • 08:00 Brasil: Ata do Copom
  • 09:30 EUA: Balança comercial (Jun)
  • 11:00 EUA: Inventário do Atacado (Jun)
  • 22:30 China: CPI (Jul)
  • 22:30 China: PPI (Jul)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

A bolsa fechou a sessão em leve baixa de 0,11%, aos 119.379,50 pontos, mesmo com as gigantes Vale (VALE3: 0,50%) e Petrobras (PETR4: 0,69%) em alta. O dia foi negativo principalmente para as ações dos grandes bancos, com destaque para o Bradesco (BBDC4) que recuou -0,71%.

As taxas dos contratos de juros futuros fecharam em alta diante da cautela externa e da espera pela agenda de indicadores da semana que devem balizar as apostas do próximo encontro do Copom A agenda fraca de ontem deixou o mercado na defensiva e, somado a isso, o exterior não contribuiu, uma vez que houve alta do dólar e das Treasuries. 

O dólar fechou o dia com alta de 0,40%, a R$4,8950, após ter superado R$4,91 pela manhã. Ao longo da tarde arrefeceu em sintonia com o exterior e a melhora pequena do Ibovespa. O sentimento é de cautela diante da agenda para a semana e da queda dos preços de commodities.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam em alta e recuperaram parte das perdas da semana passada. O movimento ocorreu enquanto investidores se posicionam para a leitura da inflação dos Estados Unidos essa semana, que ditará os próximos passos da política monetária no país. O índice Dow Jones fechou com alta de 1,16%, o S&P subiu 0,90% e o Nasdaq subiu 0,61%.

Os Treasuries operaram sem direção única, em compasso de espera pelo CPI. Além disso, investidores também ponderaram sobre os comentários de dirigentes do Fed ao longo do dia em relação à perspectiva dos juros básicos no país. 

O dólar avançou sobre o iene e divisas emergentes, registrando uma alta de 0,03% no índice DXY, a 102,047 pontos. A movimentação também foi em linha com a espera pelo CPI. Apesar disso, a moeda americana recuou frente à libra após comentários do economista-chefe do Banco da Inglaterra, Huw Pill, sobre a necessidade de mais aperto monetário no país.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

O IGP-DI caiu 0,40% em julho, acumulando uma variação de -7,47% nos últimos 12 meses. O resultado veio abaixo do esperado pelo mercado, uma queda de 1,91%. De acordo com o Ibre, commodities de peso apresentaram reversão da queda dos últimos meses, reduzindo o ritmo de queda do IPA. 

O Boletim Focus revisou para baixo as expectativas para a taxa Selic em 2023, indo de 12,00% para 11,75%, 2024, de 9,25% para 9,00%, e 2025, de 8,75% para 8,50%. A mudança significa que se espera o corte de 1,5 pontos percentuais nas próximas três reuniões até o fim do ano, com a expectativa maior de cortes seguidos de 50bps. 

A Anfavea divulgou os dados da produção de veículos, que registrou uma queda de 3,3% em relação a junho. O dado reforça a narrativa de que os estímulos ao setor automotivo não exerceram impacto substancial sobre a indústria, ainda que tenha mostrado resultados positivos nas vendas.

RESULTADOS CORPORATIVOS

O Itaú divulgou seu balanço na noite de ontem (07) e registrou um lucro recorrente de R$8,74bi no segundo trimestre, um avanço de 13,9% frente ao mesmo período do ano passado. De acordo com os dados coletados pela Refinitiv, a média esperada pelos analistas era de R$8,63bi. Em relação à inadimplência acima de 90 dias, houve uma leve alta para 3,0%, ante 2,9% no trimestre anterior. Vale acompanhar a evolução desse número no terceiro trimestre após a implementação do Desenrola Brasil. (G1)

POLÍTICA NO BRASIL

A renegociação de dívidas na terceira semana do Desenrola Brasil mais que dobrou em relação às duas semanas anteriores e alcançou R$5,4 bilhões em volume financeiro, exclusivamente pela Faixa 2, com renda de dois salários mínimos até R$20 mil, de acordo com a Febraban. A adesão ao programa vai até 31 de dezembro. Durante o período, foram desnegativados cerca de 4,8 milhões de registros de clientes que tinham dívidas de até R$100. (Folha)

Os ministros da Casa Civil e das Relações Institucionais convocaram os líderes partidários do Congresso para apresentar o Novo PAC, que será oficialmente lançado na sexta-feira (11/08). O programa de obras do governo terá cerca de R$240 bilhões em investimentos estimados para os próximos quatro anos. Esse montante não conta eventuais concessões e Parcerias Público-Privadas. (Valor)

A provável nomeação do atual líder da bancada do PP na Câmara, o deputado André Fufuca (MA), para um ministério do governo Lula deu início à movimentação de parlamentares para assumir a função dele no Legislativo. O cargo é responsável por negociar em nome dos 49 deputados do partido no plenário e nas comissões, por encaminhar as votações e escolher os representantes do partido em cada comissão. (Valor)

PAINEL DE COTAÇÃOES

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