A semana tem de decisão de juros no Brasil e Inglaterra além do payroll

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NESTA MANHÃ
  • Decisões de juros no Brasil (02) e Inglaterra (03) devem guiar os mercados na semana, que tem ainda retorno do trabalho legislativo amanhã e payroll na sexta-feira (04). A temporada de divulgação de balanços ganha tração no Brasil e também deve fazer preço. Hoje os investidores ainda digerem a nova política de dividendos da Petrobras anunciada na noite de sexta (28).  
  • As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta nesta segunda-feira, após o desempenho melhor do que o esperado da manufatura na China e o anúncio de mais medidas para impulsionar o crescimento da segunda maior economia do mundo. O Xangai Composto subiu 0,46%,  o Hang Seng teve alta de 0,82%, enquanto o japonês Nikkei subiu 1,26%.
  • O índice de gerentes de compras (PMI) industrial da China subiu de 49,0 em junho para 49,3 em julho, informou o Escritório Nacional de Estatísticas do país (NBS). O resultado ficou acima da previsão de analistas consultados pela FactSet, que previam PMI industrial de 49,0. Fonte: Dow Jones Newswires.
  • Na Europa, os mercados operam sem direção definida, à medida que investidores digerem dados de crescimento, e inflação da zona do euro e seguem acompanhando a divulgação de balanços corporativos  Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 fica de lado, subindo 0,04%.
  • Pesquisa inicial da Eurostat mostrou que o PIB da zona do euro cresceu 0,3% no segundo trimestre, mais do que o previsto. Além disso, a taxa anual da inflação ao consumidor (CPI) da região desacelerou para 5,3% em julho, embora tenha ficado um pouco acima do esperado.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street não apontam para uma única direção.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,9797%
  • Os contratos futuros do Brent sobem 0,49%, a US$ 85,41 o barril.
  • O ouro recua 0,16%, a US$ 1.956,51 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 29,4 mil.
AGENDA DO DIA
  • 08:25 Brasil: Relatório Focus
  • 10:45 EUA: Chicago PMI (Jul)
  • 22:45 China: PMI Industrial Caixin (Jul)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

Depois de registrar uma queda significativa de 2,10% na quinta-feira (27), a maior desde o início de maio, o Ibovespa conseguiu se estabilizar na sexta-feira (28), mas não teve força suficiente para reverter totalmente a perda sofrida no dia anterior. O índice teve um leve aumento de 0,16%, fechando em 120.187,11 pontos. 

Os juros futuros terminaram a sessão perto dos ajustes de quinta-feira (27) e com viés de alta, comportamento que marcou a curva de juros durante todo o dia, mesmo com a agenda cheia no Brasil e no exterior. 

O dólar recuou 0,59% em relação ao real, a R$4,7310, acompanhando o movimento de desvalorização global após dados de inflação dos Estados Unidos reforçarem a expectativa de pausa no ciclo de aperto monetário do Fed. 

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam em alta, com destaque para o desempenho das empresas de tecnologia. Os dados que mostraram desaceleração da inflação e melhora no sentimento do consumidor também impulsionaram o apetite por risco. O índice Dow Jones fechou com ganho de 0,50%, a 35.459,29 pontos, o S&P subiu 0,99%, a 4.582,23 pontos e o Nasdaq avançou 1,90%, a 14.316,66 pontos. 

Os rendimentos dos Treasuries recuaram, diante da melhora da perspectiva para inflação nos Estados Unidos e avanço menor do que o esperado nos custos de emprego. De toda forma, analistas avaliam que será importante observar ao longo desta semana os dados de PMI e relatórios de emprego, a fim de monitorar a resiliência da economia americana. Ainda no pregão de sexta, o índice DXY fechou com baixa de 0,15%, a 101,622 pontos. O dólar caiu em relação ao euro diante dos dados mais positivos de inflação dos Estados Unidos.

INDICADORES ECONÔMICOS NO EXTERIOR

A publicação do índice do PCE (Personal Consumption Expenditures) nesta sexta-feira (28) deu novo fôlego às expectativas de uma pausa nas altas do Fed. O índice subiu 0,2% em junho, depois de ficar em 0,1% em maio. Na base anual, o PCE ficou em 3,0% em junho depois de registrar 3,8% no mês anterior. Já o núcleo do índice, que exclui os voláteis itens de energia e alimentos, avançou 0,2% na base mensal, dentro do esperado. 

O Índice de Confiança de Michigan aumentou pelo segundo mês seguido, disparando 11% sobre o valor de junho e alcançando o maior valor desde outubro de 2021. Todos os componentes do índice cresceram consideravelmente, levantado principalmente pelo crescimento de 18% nas condições de negócios a longo prazo e 14% no curto prazo. A melhora do sentimento foi em grande parte atribuível à desaceleração da inflação e a estabilidade nos mercados de trabalho No entanto, o sentimento dos consumidores de baixa renda caiu. 

Após o nono aumento seguido nos juros por parte do BCE nesta quinta-feira (27), duas autoridades do Banco Central Europeu (BCE) levantaram nesta sexta-feira (28) a perspectiva de um fim para a maior e mais longa sequência de aumentos nos juros da instituição, já que as perspectivas para a economia da zona do euro pioraram apesar da inflação alta. (Forbes)

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

O IGP-M de julho variou -0,72%, mostrando uma deflação menos intensa em relação à queda de 1,93% no mês de junho. No acumulado de 12 meses o resultado é uma nova mínima histórica de deflação: -7,72%. O resultado ficou em linha com a expectativa de analistas da Reuters. 

O PNAD de junho mostrou redução no desemprego e estabilidade em relação à massa salarial. A taxa de desemprego foi de 8% no trimestre encerrado em junho. O resultado ficou abaixo do verificado no trimestre anterior, encerrado em março (8,8%) e do resultado de igual período de 2022 (9,3%).  Já a massa de rendimentos reais foi de R$ 284,1 bilhões no trimestre móvel encerrado em junho. Segundo o IBGE, a massa mostrou estabilidade frente ao trimestre móvel anterior, encerrado em março, e alta de 7,2% ante mesmo período em 2022.

Na sexta também foi divulgado pelo Banco Central o resultado primário consolidado, mostrando um déficit primário de R$48,899 bilhões, e uma dívida bruta estável em 73,6% do PIB. 

POLÍTICA NO BRASIL

A Petrobras divulgou, na noite de sexta-feira (28), a nova política de distribuição de dividendos, definida após reunião do Conselho de Administração da companhia. O percentual de remuneração caiu de 60% para 45% do fluxo de caixa livre. A nova política também ampliou a definição de investimentos para incluir a recompra de ações..As circunstâncias em que a estatal distribuirá dividendos também mudaram. O Conselho de Administração estabeleceu a remuneração mínima de US$ 4 bilhões por ano para exercícios em que o preço médio do barril de petróleo tipo Brent for superior a US$ 40 por barril. A nova regra já deve ser aplicada para a distribuição de dividendos relativa ao segundo trimestre de 2023. A Petrobras divulga os números do balanço trimestral na quinta-feira (3), depois do fechamento do mercado (Agência Brasil / Valor)

O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estuda algumas alternativas para a tributação de benefícios fiscais de ICMS. Uma das alternativas estudadas envolve a tributação de crédito presumido de ICMS, que o STJ havia vetado em 2018, além da abertura de uma negociação para débitos antigos. O objetivo seria tornar mais claro os requisitos necessários para que esses créditos não sejam tributados. As estimativas iniciais giram em torno de R$50 bilhões, montante menor do que Haddad vinha comentando. Isso porque parte precisará ser repartida com Estados e Municípios e porque o governo decidiu incluir projeções bem conservadoras no orçamento de 2024 a fim de mostrar que a meta de zerar o déficit é alcançável. (Valor)

Auxiliares do presidente Lula (PT) avaliam que, ao concluir o primeiro ano de mandato, o presidente Lula (PT) deve promover mais uma reforma ministerial que poderá ser ainda mais ampla do que as mudanças atualmente negociadas com o PP e Republicanos. Um dos nomes mais citados por interlocutores de Lula, porém, não está relacionado a uma avaliação negativa. O ministro da Defesa, José Múcio, está no balcão de apostas de uma corrente do Palácio do Planalto, que acredita que ele não pretende ficar até o fim do mandato de Lula. (Folha)

O vice-presidente, Geraldo Alckmin, definiu três pilares como os principais desafios da agenda econômica do governo: câmbio, juros e imposto. Alckmin argumentou que o câmbio está competitivo, defendeu a simplificação tributária ao definir a desoneração de investimentos como um dos objetivos do governo, e criticou a taxa de juros. (Valor)

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