Decisão de política monetária do Fed é destaque na sessão
NESTA MANHÃ
- Hoje, o foco dos investidores está na decisão de política monetária do Fed, às 15h, seguido da entrevista dos dirigentes. A expectativa do mercado é um aumento de 0,25%, para a faixa de 5,25%-5,50%. Ainda, os balanços corporativos de grandes empresas como Meta (NASDAQ: META) e AT&T (NYSE: T) estão em destaque. No Brasil, os principais resultados de hoje são Santander, antes da abertura, e relatório de produção e vendas da Petrobras no fechamento.
- As bolsas asiáticas fecharam em baixa, em clima de cautela antes da decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed) e em meio à falta de detalhamento de possíveis novos estímulos na China. O Hang Seng recuou 0,36% enquanto o Nikkei caiu 0,04% e o Xangai Composto cedeu 0,26%.
- Na Europa, as principais bolsas operam no negativo, na esteira de uma série de balanços corporativos locais e à espera da decisão de política monetária do Fed. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,83%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura no negativo.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,89%.
- Os contratos futuros do Brent recuam 0,96%, a US$ 82,84 o barril.
- O ouro avança 0,34%, a US$ 1.971,68 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 29,1 mil.
AGENDA DO DIA
- 08:30 Brasil: Balanço de Pagamentos (Jun)
- 09:00 EUA: Licenças para Construção (Jun)
- 11:00 EUA: Vendas de Novas Casas (Jun)
- 15:00 EUA: Reunião do FOMC
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
Com o IPCA-15 referente a julho em deflação de 0,07%, com uma retração mais intensa do que o previsto, a expectativa de um corte de 0,50 pontos percentuais na taxa Selic na reunião do Copom no início de agosto foi reforçada. Em resposta a esse cenário, o Ibovespa mostrou força desde a manhã de terça-feira e fechou em alta de 0,55%, aos 122.007,77 pontos, registrando o quarto dia consecutivo de ganhos e alcançando o maior nível em quase dois anos.
Os juros futuros fecharam em baixa até os vértices intermediários, diante de uma leitura benigna do IPCA-15. Ao passo que as taxas mais longas ficaram estáveis.
O dólar avançou 0,36% em relação ao real a R$ 4,7500, revertendo parte da queda de segunda-feira (24), quando havia recuado ao menor nível do ano. De acordo com operadores, o movimento foi mais técnico, puxado pela demanda de importadores pela moeda e por ajustes dos investidores à véspera da decisão do comitê de política monetária do FED (Fomc).
EXTERIOR
As bolsas de Nova York fecharam em alta, impulsionadas pelos balanços positivos de empresas americanas, como 3M (NYSE: MMM 5,34%), Verizon (NYSE: VZ 0,77%) e General Electric (NYSE: GE 6,27%), que superaram as estimativas. Além disso, a expectativa de estímulos na China também contribuiu para o sentimento positivo do mercado. O índice Dow Jones fechou em alta de 0,08%, enquanto o S&P subiu 0,28% e o Nasdaq teve avanço de 0,61%.
Os rendimentos longos dos Treasuries avançaram moderadamente, na véspera da decisão de política monetária do Fed, que deve subir os juros em 25 bps. O índice DXY praticamente estável, com alta de 0,003%.
INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA
O relatório do FMI de julho publicado nesta terça-feira prevê uma redução do crescimento da economia mundial de 3,5% em 2022 para 3,0% em 2023 e 2024. Por mais que a projeção tenha aumentado desde o último relatório de abril, ainda é um número historicamente baixo, por conta, principalmente, do aumento das taxas de juros para combater a inflação por parte dos bancos centrais. Já a inflação global deve cair de 8,7% em 2022 para 5,2% em 2024, de acordo com o relatório.
O Índice de Confiança do Consumidor da Conference Board aumentou novamente em julho, atingindo 117,0 pontos, ante 110,1 em junho. O Índice de Expectativas, baseado na visão dos consumidores em relação às condições de renda, negócios e mercado de trabalho no curto prazo, registrou melhora, atingindo 88,3 em julho, em comparação com 80,0 em junho. Vale ressaltar que as expectativas aumentaram consideravelmente acima do patamar de 80, que historicamente sinaliza a possibilidade de uma recessão no próximo ano. Apesar do aumento das taxas de juros, os consumidores estão mais otimistas.
INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL
O IPCA-15 registrou queda de 0,07% em julho, menor variação no mês desde 2017. A leitura apresentou desaceleração em relação a junho (0,04%) e veio abaixo da mediana das estimativas do mercado (-0,03%). No acumulado de 12 meses, o índice registra alta de 3,19%, abaixo da mediana de 3,23%. A leitura foi positiva, com recuo nos serviços (de 0,54% para 0,36%) e um arrefecimento do índice de difusão (de 50,7% para 48%). Leia o relatório completo aqui.
No Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, o destaque foi o movimento de queda das perspectivas de inflação para 2023, 2024 e 2025, melhorando o ambiente para a decisão do COPOM no início de agosto.
A confiança do consumidor avançou 2,5 pontos em julho, alcançando o maior nível desde janeiro de 2019, 95,3 pontos. De acordo com o FGV IBRE, a confiança foi impulsionada pela melhora das expectativas futuras, um reflexo do arrefecimento da inflação, da recuperação da renda do trabalho e da esperança em relação aos programas voltados para negociação de dívidas.
POLÍTICA NO BRASIL
O governo publicou nesta terça-feira (25) a Medida Provisória (MP) que regulamenta o mercado de apostas esportivas. Essas empresas deverão pagar 18% sobre a receita obtida com todos os jogos após o pagamento dos prêmios aos jogadores. De acordo com as projeções do Ministério da Fazenda, o governo pode arrecadar até R$2 bilhões com a regulamentação das apostas esportivas em 2024. Além disso, junto da MP, foi enviado ao Congresso um projeto de lei que trata da estrutura e processos administrativos para fiscalização desse mercado. (Jota/Câmara)
O presidente voltou a falar ontem sobre a promessa de isentar o Imposto de Renda sobre salários até cinco mil reais, alegando que até o fim de seu mandato a proposta se tornará realidade. O comentário se dá depois da fala de Haddad em maio, que disse ainda não saber como viabilizar a promessa em meio ao cenário fiscal atual do país. (Folha)
Lula afirmou também na terça-feira (25) que é normal ceder espaços no governo para ampliar a base no Congresso, e mencionou PP e Republicanos, partidos que negociam a entrada na Esplanada. O presidente afirmou também, no entanto, que “não é o partido que quer vir que escolhe o ministério”, dando a entender que a decisão segue nas mãos dele. (Folha)
Com o lançamento do programa adiado para agosto, o Novo PAC terá um eixo dedicado à capacitação e recolocação profissional. O objetivo é evitar que se repita o apagão de mão de obra verificado nas edições anteriores do programa. (Valor)
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