Balanços corporativos dos EUA e indicadores do varejo e indústria do país dominam a pauta
NESTA MANHÃ
- Hoje, o mercado divide a atenção entre mais balanços corporativos dos EUA, incluindo de grandes bancos como Bank of America e Morgan Stanley logo pela manhã, e indicadores do varejo e indústria do país. No Brasil, a agenda está esvaziada, com destaque apenas para a Vale, que divulga relatório de produção após o fechamento do mercado.
- As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa nesta terça-feira, à medida que dados econômicos fracos da China seguiram pensando no sentimento dos investidores. O índice Xangai Composto caiu 0,37%, o Hang Seng liderou perdas ao retornar de um feriado, com queda de 2,05%. Também na volta de um feriado, o japonês Nikkei contrariou o viés negativo da região asiática, com avanço de 0,32%.
- Na Europa, os índices acionários operam sem força, à espera de balanços corporativos e dados econômicos dos EUA, em dia de agenda local esvaziada, Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 sobe 0,28%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street não apontam para uma direção única, nesta manhã de divulgação de balanços do Bank of America e Morgan Stanley antes da abertura.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,7599%
- Os contratos futuros do Brent sobem 0,45%, a US$ 78,85 o barril.
- O ouro avança 0,43%, a US$ 1.963,60 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 30 mil.
AGENDA DO DIA
- 09:30 EUA: Vendas no Varejo (jun)
- 10:15 EUA: Produção Industrial (jun)
- 13:00 Reino Unido: Discurso de D. Ramsden, membro do BoE
- 17:30 EUA: Estoques de petróleo Bruto API
- EUA: Temporada de balanços corporativos
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
O Ibovespa iniciou a semana em alta de 0,43%, aos 118.219,46 pontos. Pela manhã, a performance negativa foi puxada pelo desempenho fraco das ações de commodities, como PETR4 e VALE3, refletindo a frustração dos investidores com a leitura do PIB chinês. Entretanto, ao longo do dia, a alta do setor bancário contribuiu para reduzir as perdas e garantir a variação positiva do índice no fim do pregão.
Em relação aos juros futuros, as taxas começaram o dia em alta, mas viraram logo pela manhã em meio à queda muito além do esperado do IBC-Br de maio e a deflação do IGP-10. Ao longo do dia, o quadro de baixa foi favorecido ainda mais pelo fechamento das taxas dos Treasuries, que demonstraram um ajuste do prêmio frente a uma perspectiva de enfraquecimento da economia chinesa.
No mercado de câmbio, o dólar fechou em R$4,8070 em alta de 0,25%. O resultado abaixo do esperado em relação ao PIB da China penalizou as moedas emergentes, contudo, a diminuição da queda dos preços das commodities, a alta do Ibovespa e a baixa liquidez colocaram a moeda mais próxima do R$4,80.
EXTERIOR
As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta segunda-feira, com o índice Dow Jones, no maior nível em 2023, avançando 0,22%, o S&P 500 ganhou 0,39%, e o Nasdaq subiu 0,93%.
As ações da Apple e da Tesla subiram após notícias positivas, com a Apple vendo um aumento no preço-alvo e a Tesla anunciando planos de expansão. Fazendo uma contraposição às perdas de Ford e de gigantes das telecomunicações, o que mitigou a cautela imposta pelo Produto Interno Bruto (PIB) chinês aquém do esperado.
Os juros dos Treasuries terminaram o dia sem direção única, Os investidores ainda digeriam o crescimento menor que o esperado do PIB da China, em meio à agenda esvaziada durante um período de silêncio dos dirigentes do Fed.
No mercado de câmbio, o índice DXY fechou em queda de 0,07%.
INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA
O índice Empire State de atividade industrial teve forte recuo, de 6,6 pontos em junho a 1,1 ponto em julho. Ainda assim, o indicador veio melhor que a queda esperada para 0 ponto. A queda do índice sinaliza que a atividade econômica nos EUA está desacelerando, o que já vinha sendo sugerido por outros índices, como o CPI (índice de inflação ao consumidor dos EUA).
INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) caiu 2,0% em maio na comparação mensal, abaixo da expectativa do mercado de -0,1%. Na comparação com maio de 2022, o índice registrou alta de 2,15%, melhor desempenho do mês desde 2014. Nesse caso, as projeções tinham mediana de 4,00%. Nossa visão é de que a leitura veio muito negativa na margem, bem abaixo das expectativas, em linha com a leitura do comércio e pegando, provavelmente, o fim da safra agrícola. Entretanto, os segmentos da indústria e serviços seguem demonstrando alguma resiliência principalmente puxados pelas aberturas menos sensíveis à política monetária. Leia nosso relatório completo aqui.
No Boletim Focus, divulgado pelo BC, o destaque vai para a atividade econômica, que registrou aumento das medianas dos economistas para todos os anos. A inflação para 2025 também melhorou, saindo de 3,6% na semana passada para 3,55% nesta publicação.
POLÍTICA NO BRASIL
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou hoje (18) de um café da manhã com líderes de esquerda da América Latina, Caribe e Europa. O petista está em Bruxelas, na Bélgica, para a 3ª Cúpula Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) –União Europeia, que reúne 33 países latinos americanos e 25 europeus. (Poder360)
Por conta de possíveis mudanças nos impostos devido à reforma tributária, empresas poderão ter dificuldades para receber parte dos créditos fiscais a que têm direito. Só as dez maiores companhias do agronegócio e as dez do varejo têm R$70,1 bilhões a receber, conforme levantamento do Banco Fiscal, que atua com planejamento tributário. Essa possibilidade existe porque o texto atual, encaminhado ao Senado, não prevê uma forma clara de compensação ou monetização dos saldos credores após a extinção do PIS/Cofins, IPI, ICMS e ISS. E a saída, segundo especialistas, poderá ser a judicialização. (Valor)
Integrantes da cúpula do PT admitem que o partido ou aliados próximos do presidente terão de ceder espaço no governo para concretizar acordo com o “centrão” e ampliar a base aliada no Congresso. A perspectiva é de que tanto o PT quanto o PSB percam espaço para trazer o PP e o Republicanos para a base. (Folha)
GUERRA NA UCRÂNIA
Os preços do trigo e do milho nos mercados globais de commodities estão em alta nesta segunda-feira (17) depois que a Rússia desistiu do acordo do Mar Negro que permitia a exportação de grãos da Ucrânia. O acordo do Mar Negro – originalmente intermediado pela Turquia e pelas Nações Unidas há um ano – garantiu a passagem segura de navios que transportam grãos dos portos ucranianos O colapso do acordo provavelmente terá repercussões muito além da região. Antes da guerra, a Ucrânia era o quinto maior exportador de trigo do mundo, respondendo por 10% das exportações, de acordo com a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico. (CNN)
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