Bolsas internacionais operam em baixa após crescimento da China abaixo do esperado
NESTA MANHÃ
- Hoje, no Brasil, os destaques serão o Boletim Focus e o IBC-Br. Nos EUA, investidores seguem atentos às divulgações dos balanços, que contam com grandes bancos (BofA, Morgan e Goldman Sachs), além de Netflix e Tesla hoje. Ainda, as bolsas reagem ao crescimento abaixo do esperado da China, que pode resultar em mais pacotes de estímulo em Pequim.
- As bolsas na Ásia fecharam em baixa, após a China divulgar crescimento mais fraco do que o esperado no último trimestre. O Xangai Composto caiu 0,87%, enquanto o Nikkei recuou 0,09%. Em Hong Kong não houve negócios devido a um feriado nacional.
- O Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 6,3% no segundo trimestre de 2023 ante igual período de 2022, de acordo com o NBS, aquém da previsão de analistas consultados pelo Wall Street Journal, que esperavam alta de 6,9%.
- Na Europa, as bolsas operam em baixa, após dados de crescimento da China gerarem preocupações sobre a demanda da economia do país. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,10%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura em baixa.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,77%.
- Os contratos futuros do Brent caem 1,48%, a US$ 78,69 o barril.
- O ouro avança 0,13%, a US$ 1.957,75 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 30,1 mil.
AGENDA DO DIA
- 08:00 Brasil: IGP-10 – Índice de Inflação (Jul)
- 08:25 Brasil: Boletim Focus
- 09:00 Brasil: IBC-Br (Mai)
- 09:30 EUA: Índice Empire State de Atividade Industrial (Jul)
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
O Ibovespa teve um desempenho negativo nesta sexta-feira (14), revertendo a maior parte dos ganhos obtidos na sessão anterior. No fim do dia, o índice caiu 1,30%, aos 117.710 pontos. Além das quedas significativas nas ações de empresas de destaque, como Petrobras e bancos, os dados de vendas no varejo abaixo das expectativas e o aumento das taxas de juros exerceram uma pressão mais intensa sobre os papéis relacionados à economia local. No acumulado da semana, o índice registrou uma queda de 1%.
Os juros futuros terminaram a sessão em alta, mantendo a tendência observada ao longo da semana. Com um considerável número de cortes já refletidos nas taxas de curto prazo da curva e uma queda significativa nos prazos mais longos nas últimas semanas, os operadores estão ajustando suas posições e as taxas locais estão subindo.
A sessão desta sexta-feira foi marcada por sinais mistos do mercado e volatilidade do dólar. O dólar comercial fechou cotado a R$ 4,7950, em leve alta de 0,10%.
EXTERIOR
As bolsas de Nova York fecharam sem direção única na sexta-feira, dia em que os dados fortes da confiança do consumidor nos EUA consolidaram ainda mais a aposta por uma alta do FED em julho. Ainda assim, os três principais índices acionários acumularam ganhos de 2% na semana. O Dow Jones fechou com um avanço de 0,33%, enquanto o S&P perdeu 0,10% e o Nasdaq cedeu 0,18%. O pregão foi marcado pela divulgação dos balanços trimestrais de bancos com lucros acima do esperado.
Em relação aos Treasuries, as taxas avançaram na sexta após os dados de inflação e confiança do consumidor potencializarem os ajustes dos rendimentos, que vinham em marcha decrescente nas sessões anteriores.
Já o dólar avançou frente ao iene, libra e boa parte das moedas emergentes, baseando-se no avanço da confiança e na subida das expectativas de inflação. Os ganhos, no entanto, não foram o suficiente para sustentar a elevação do DXY acima dos 100 pontos. O índice fechou em queda de 0,14%, a 99,914 pontos, e recuo de 2,30% na semana.
INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA
O Índice de Confiança do Consumidor americano de julho, elaborado pela universidade de Michigan, subiu ao maior nível em quase dois anos, enquanto a inflação diminuiu e o mercado de trabalho se manteve forte, mostrou a pesquisa publicada na sexta-feira (14). A leitura preliminar do índice geral de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan ficou em 72,6 neste mês, a leitura mais alta desde setembro de 2021, em comparação com 64,4 em junho deste ano.
RESULTADOS CORPORATIVOS EUA
Publicados nesta sexta-feira (14), os balanços de grandes bancos americanos mostraram lucros fortes que podem ajudar a impulsionar as ações, após um rali que deixou o Nasdaq pronto para registrar sua melhor semana desde meados de março. Tanto o Nasdaq quanto o S&P atingiram máximas de 52 semanas nesta semana, após os dados de inflação indicarem que os preços estão se estabilizando mais rapidamente do que o previsto
JPMorgan teve aumento no lucro de 67% impulsionado por empréstimos durante aumentos nos juros, o Wells Fargo registrando um aumento de 57% de ganhos e o Citigroup reportou lucro acima do esperado após um desempenho sólido em serviços bancários pessoais e gestão de patrimônio.
INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL
As vendas no varejo restrito recuaram 1,0% em maio na comparação mensal, de acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo IBGE. O resultado veio mais fraco do que o antecipado, que tinha mediana de -0,2%, oscilando entre -0,8% e +0,7%. A leitura representou a queda na margem mais acentuada desde dezembro de 2022 (-2,7%). Na comparação com maio de 2022, o indicador também registrou queda de -1,0%, abaixo do piso da expectativas (-0,8%), que tinham mediana de +1,6% e teto de +4,1%.
Em nossa visão, a leitura fraca da PMC é consistente com a trajetória de desaceleração da atividade, impulsionada pelos juros altos, que influenciam, principalmente, o mercado de crédito. Por outro lado, o alívio da inflação e a queda dos juros, especialmente nos vértices mais longos, devem ajudar a uma recuperação no setor no curto prazo. Reforçamos nossa projeção de 2,1% para o PIB de 2023. Leia o relatório completo aqui.
POLÍTICA NO BRASIL
O Governo antecipou o início do Desenrola Brasil para hoje (17/07). O programa pretende beneficiar 30 milhões de devedores com renda média de até R$20 mil nesta primeira etapa, onde serão contempladas apenas as renegociações de dívidas em atraso feitas com bancos. Para estimular os bancos nas renegociações o governo irá reconhecer antecipadamente os créditos tributários das instituições financeiras, que poderão considerar isso nos balanços. Em troca, os bancos que aderiram ao programa deverão retirar da lista dos birôs de crédito hoje (17/07) o nome de 1,5 milhão de pessoas que devem até R$100 e estão com o nome negativado. (CNN)
O Planalto quer que a reforma do Imposto de Renda vá ao Congresso só após a votação da tributária. Na avaliação de assessores de Lula e líderes no Congresso, a reforma do IR pode gerar muita controvérsia e atrapalhar a votação da reforma tributária, classificada como a “prioridade das prioridades” no segundo semestre. A equipe econômica, no entanto, defende que a reforma do IR comece a ser votada na Câmara em meio a tramitação da tributária no Senado logo após o recesso. A palavra final deve ser do presidente Lula. (G1)
Oposição do Senado tenta ajustar discurso sobre reforma tributária após a avaliação de que saiu derrotada na tramitação da matéria na Câmara dos Deputados. O grupo tem receio de que o governo leve o crédito pela aprovação sozinho. Nesse sentido, ao tentar deixar sua marca no texto, os partidos da oposição devem trazer juristas especializados na questão tributária para apresentar propostas em conjunto. (Valor)
O projeto do governo, defendido publicamente pelo presidente Lula, para reduzir a carga tributária de eletrodomésticos deve enfrentar resistência da equipe econômica. Na Fazenda, internamente, a avaliação é que o ministro Fernando Haddad vai resistir à ideia enquanto, ao mesmo tempo, Tebet defende a priorização do “Desenrola” antes da criação de outro programa de incentivo ao consumo. A Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos considera positiva a ideia e pretende, nos próximos 40 dias, entregar o esboço de um programa para o governo que tenha sustentabilidade e eficiência energética como foco. (O Globo)
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