Ata do Fomc é destaque na sessão
NESTA MANHÃ
- O destaque de hoje será a ata do Fomc (15h), que o mercado aguarda com cautela, buscando pistas de quando será o fim do ciclo de alta dos juros. Além disso, outros indicadores econômicos importantes serão o PMI no Brasil e Encomendas à Indústrias nos EUA. No campo político, está prevista a votação do Marco Legal das Garantias.
- As bolsas da Ásia fecharam em baixa, após sinais de desaceleração no setor de serviços da China e do Japão, as duas maiores economias da região. O índice Hang Seng caiu 1,57%, enquanto Nikkei recuou 0,25% e o Xangai Composto recuou 0,69%.
- Pesquisas da S&P Global e parceiros apontaram que o segmento de serviços está se expandindo em ritmo mais fraco na China e no Japão. O PMI de serviços chinês teve uma queda particularmente acentuada em junho, a 53,9, enquanto o japonês diminuiu a 54 no mês passado.
- Na Europa, as bolsas operam em baixa, após a última rodada de dados de atividade econômica (PMIs) mostrarem desaceleração no setor de serviços não apenas da zona do euro, como também do Reino Unido, da China e do Japão. Ainda, a cautela antes da ata do Fomc pesa sobre as operações. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,51%.
- O índice de gerentes de compras (PMI) composto da zona do euro, que engloba os setores industrial e de serviços, caiu de 52,8 em maio para 49,9 em junho, atingindo o menor nível em seis meses. A leitura ficou abaixo da leitura preliminar e da expectativa do mercado, ambos em 50,3.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura no negativo.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,84%.
- Os contratos futuros do Brent sobem 1,80%, a US$ 75,99 o barril.
- O ouro avança 0,07%, a US$ 1.927,22 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 30,8 mil.
AGENDA DO DIA
- Brasil: Votação do Marco Legal das Garantias
- 10:00 Brasil: PMI S&P (Jun)
- 11:00 EUA: Encomendas à Indústria (Mai)
- 15:00 EUA: Ata do Fomc
- 17:00 EUA: Discurso de Williams, membro do FOMC
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
O dia foi de variações contidas para o Ibovespa, em viés moderadamente negativo. Sem contar com catalisadores domésticos, em sessão de agenda fraca aqui e sem a referência de Nova York no feriado da Independência dos Estados Unidos, o índice da B3 fechou em baixa de 0,50%, aos 119.076,37 pontos.
Após três sessões de queda consecutiva, o mercado de juros passou por uma realização moderada de lucros, amparada nos percalços da tramitação das pautas econômicas na Câmara, que se desenrola num ritmo mais lento do que o esperado, ameaçando a votação da reforma tributária nesta semana. O ajuste em alta nas taxas, porém, se deu num ambiente de fraca liquidez, atribuída à ausência dos mercados em Nova York. Já a sabatina dos indicados a compor a diretoria do Banco Central, Gabriel Galípolo e Ailton Aquino, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado foi absorvida sem maiores reações nos ativos.
Após ensaiar uma queda pela manhã, o dólar à vista virou para o lado positivo no início da tarde e encerrou em alta de 0,67%, cotado a R$ 4,8410. De acordo com operadores, houve um movimento mais forte de realização de lucros e recomposição de posições defensivas na segunda etapa de negócios, em meio ao desconforto com o andamento das pautas econômicas na Câmara dos Deputados.
EXTERIOR
Não houve sessão nas bolsas americanas devido ao feriado de Independência Americana.
O dólar caiu ante o iene e a libra, mas subiu em relação a outros pares fortes, em dia de feriado nos EUA. Entre emergentes, a lira turca voltou a chegar perto da mínima histórica, com a normalização da política monetária na Turquia no radar. O índice DXY, que mede a força do dólar ante uma cesta de seis moedas fortes, subiu 0,08%.
INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL
A produção industrial avançou 0,3% em maio na comparação mensal, acima das projeções que indicavam alta de 0,1%, mas dentro do intervalo que oscilava entre -0,7% e 1,2%. Na comparação com maio de 2022, houve crescimento de 1,9%, também acima da mediana (1,2%), variando entre -0,6% e +2,6%. Em 12 meses, a produção industrial está estável. Apesar da leitura positiva, com o índice acima do esperado, entendemos que é um desempenho pontual. Desse modo, mantemos nossa expectativa de uma indústria mais fraca em 2023. Para o PIB, permanecemos com projeção de 2,1%. Para ler o relatório completo acesse aqui.
POLÍTICA NO BRASIL
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) decidiu adiar para hoje, quarta-feira (5), a votação do substitutivo do senador Weverton (PDT-MA) sobre o projeto de lei que estabelece o Marco Legal das Garantias. (Agência Senado)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu ontem (4) que o Mercosul dê uma resposta “rápida e contundente” para as demandas apresentadas recentemente pela União Europeia, as quais o presidente define como “inaceitáveis”. O Brasil assumiu a presidência temporária do bloco, até o fim de 2023. (Poder360)
O Senado Federal deve votar nesta quarta-feira (5) a suspensão de dois decretos do presidente Lula que alteraram o Marco do Saneamento. Críticos afirmam que o governo buscou um atalho para alterar a legislação sem a participação do Congresso. (CNN)
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), conta votos entre os partidos para tentar aprovar a reforma tributária até o fim desta semana. As diversas siglas, prefeitos e governadores intensificaram as reuniões durante toda a terça-feira (4) e o relator da proposta, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), sinalizou que apresentará um novo parecer para acolher algumas das sugestões que tem recebido. (Valor)
Projeto que cria as debêntures de infraestrutura, a serem emitidas por concessionárias de serviços públicos, foi aprovado ontem (4) pela Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI). Os recursos captados com a emissão de debêntures deverão ser aplicados em projetos de investimento em infraestrutura ou em produção econômica intensiva em pesquisa, desenvolvimento e inovação. As debêntures devem ser emitidas até 31 de dezembro de 2030 e seguir regras que serão incluídas nas leis sobre fundos de investimento no setor. (Agência Senado)
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