CMN altera regime de metas de inflação para contínua

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NESTA MANHÃ
  • Hoje, o mercado acompanha o índice de preços PCE nos EUA, inflação mais utilizada pelo FED. No Brasil, teremos a divulgação da taxa de desemprego e reação do mercado à mudança no regime de metas pelo CMN ontem (29).
  • As bolsas na Ásia fecharam sem direção única, em meio a dados fracos da manufatura chinesa, por um lado, e expectativas de novos estímulos de Pequim sobre planos para promover o consumo das famílias, em nova tentativa de impulsionar a recuperação da economia, por outro. O Xangai Composto subiu 0,62%, enquanto Hang Seng teve leve baixa de 0,10% e o Nikkei caiu 0,14%. 
  • Na Europa, as bolsas operam em alta, após dados mistos do CPI da zona do euro e novos sinais de estímulos na China. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 avança 1,05%.
  • A taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) da zona do euro desacelerou para 5,5% em junho, ante 6,1% em maio. A expectativa era de 5,6%. Já o núcleo do CPI avançou marginalmente, passando de 5,3% para 5,4%. 
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street 
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,86%. 
  • Os contratos futuros do Brent sobem 0,08%, a US$ 74,40 o barril.
  • O ouro recua 0,10%, a US$ 1.906,19 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 30,8 mil.
AGENDA DO DIA
  • 09:00 Brasil: PNAD Contínua (mai) 
  • 09:30 EUA: Índice de Preços PCE (mai)
  • 10:45 EUA: PMI de Chicago (jun)
  • 11:00 EUA: Confiança do Consumidor Michigan (jun)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

Após três sessões em moderada correção, o Ibovespa retomou trajetória positiva nesta penúltima sessão do mês, em que fechou em alta de 1,46%, aos 118.382,65 pontos. Em dia de agenda carregada, um dos destaques foi a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), que se reuniu para estabelecer a meta de inflação de 2026.

Os juros futuros fecharam a quinta-feira em queda. O mercado teve uma guinada no meio da tarde, quando as taxas abandonaram a alta e passaram a cair em bloco, renovando mínimas após o CMN. Durante boa parte do dia, as taxas curtas e intermediárias operavam estáveis e as longas subiam, mas a pressão foi bem mais intensa pela manhã em meio à alta do dólar e dos retornos dos Treasuries.

O dólar à vista perdeu fôlego nos minutos finais de negociação e encerrou a sessão cotado a R$ 4,8470, praticamente estável (-0,02%). Operadores identificaram um movimento vendedor no mercado de câmbio, simultâneo a novas máximas do Ibovespa e mínimas dos juros futuros, diante da expectativa pelo anúncio da decisão do CMN.

O Conselho Monetário Nacional (CMN), em sua reunião ontem (29), discutiu o regime de metas para inflação. Foi anunciado que, a partir de 2025, o regime passará para metas contínuas, ao invés de meta-calendário, e foi estabelecida a meta de 3% para 2026, hipótese que era mais esperada pelo mercado. 

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam sem sinal único, após a surpreendente revisão em alta do Produto Interno Bruto (PIB) apontar resiliência na economia dos Estados Unidos e corroborar o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, de que o aperto monetário deve ser retomado. As ações de bancos, no entanto, subiram após teste de estresse indicar capacidade de empréstimos mesmo em hipotético cenário de recessão. O índice Dow Jones fechou em alta de 0,80%, enquanto o S&P 500 subiu 0,45% e o Nasdaq ficou praticamente estável.

Os rendimentos dos Treasuries avançaram, após a surpreendente revisão em alta do PIB americano corroborar a mensagem do presidente do Fed, Jerome Powell, de que o aperto monetário deve ser retomado, após a pausa em junho, com pelo menos mais duas altas no ano.

O dólar se valorizou ante outras moedas fortes, como iene, euro e libra. A moeda americana foi apoiada por uma revisão do PIB. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou alta de 0,42%.

INDICADORES ECONÔMICOS NO EXTERIOR:

O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos cresceu ao ritmo anualizado de 2% no primeiro trimestre de 2023, conforme pesquisa final divulgada pelo Departamento de Comércio. O resultado ficou bem acima da estimativa anterior e também da projeção de analistas consultados pela FactSet, de alta de 1,3% em ambos os casos. No quarto trimestre de 2022, o PIB americano havia mostrado expansão anualizada de 2,6%.

O Departamento do Comércio informou também que o índice de preços de gastos com consumo (PCE) subiu à taxa anualizada de 4,1% no primeiro trimestre, enquanto o núcleo do PCE avançou 4,9%. Na leitura anterior, as altas do PCE e do núcleo haviam sido estimadas em 4,2% e 5%, respectivamente. O PCE é a medida de inflação preferida do Federal Reserve (Fed).

Os pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos caíram 26 mil na semana passada, a 239 mil, de acordo com o Departamento do Trabalho. O resultado veio abaixo do previsto por analistas ouvidos pela FactSet, de estabilidade em 264 mil. O total de pedidos da semana anterior foi revisado de 264 mil para 265 mil.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

O mercado de trabalho formal mostrou desaceleração e registrou saldo positivo de 155.270 novas carteiras assinadas em maio, de acordo com os dados do Caged, divulgados pelo MTE. O resultado veio abaixo das expectativas, de 188.682 vagas. Em maio de 2022, houve abertura de 277.736 vagas com carteira assinada, na série ajustada. O resultado do mês passado decorreu de 2.000.202 admissões e 1.844.932 demissões. No acumulado dos cinco primeiros meses de 2023, o saldo do Caged já é positivo em 865.360 vagas. No mesmo período do ano passado, houve criação líquida de 1.103.133 postos formais.

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou deflação de 1,93% em junho, após queda de 1,84% em maio, conforme informou a FGV. O resultado veio abaixo do piso das estimativas (-1,92%), que tinham mediana de -1,72% e teto de -0,80%. No acumulado de 12 meses o índice tem queda de 6,86% e no ano acumula baixa de 4,46%. 

O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que inclui preços da indústria extrativa e de transformação, registrou queda de 3,07% em maio, de acordo com o IBGE. O IPP mede a evolução dos preços de produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e fretes, da indústria extrativa e de 23 setores da indústria de transformação. Com o resultado, o IPP de indústrias de transformação e extrativa acumulou recuo de 4,04% no ano, enquanto, em 12 meses, a taxa acumulada foi negativa em 9,20%.

O Relatório Trimestral de Inflação (RTI), elaborado e divulgado pelo Banco Central, manteve o tom do Copom e não trouxe muitas novidades, corroborando com o nosso cenário de cortes na Selic a partir de agosto. O documento trouxe um estudo sobre as estimativas da taxa de juros neutra, objeto de discussões do Banco Central nos últimos meses. Neste mês, o BC decidiu elevar a sua estimativa de 4,0% para 4,5%, citando como fatores, na ata do Copom, uma possível elevação das taxas de juros neutras nas principais economias e a resiliência na atividade brasileira em meio a um processo desinflacionário lento. Além disso, no capítulo sobre inflação revisou sua projeção para 2025, de 3,2% para 3,1%. 

POLÍTICA NO BRASIL

O governo dá início, nesta sexta-feira (30), a uma sequência de três grandes leilões de energia que podem deflagrar investimentos de mais de R$ 50 bilhões em novas linhas de transmissão.

O certame de hoje oferecerá nove lotes, com 6.184 quilômetros de redes, em sete estados — São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Pernambuco e Sergipe. Trata-se de um dos maiores leilões de transmissão já realizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), com investimentos previstos de R$ 15,7 bilhões. Os contratos firmados terão 30 anos de vigência. (CNN)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, faz um trabalho “bom” ou “ótimo” para 34% dos brasileiros que dizem conhecê-lo, segundo pesquisa PoderData realizada de 25 a 27 de junho de 2023. A avaliação positiva do chefe da economia de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) subiu 10 pontos percentuais desde a rodada de abril, quando 24% do país tinha boa impressão de seu desempenho. A variação é puxada por eleitores que há 3 meses diziam não saber como avaliar o ministro: eram 23% e agora são 13%. (Poder360)

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai retomar nesta sexta-feira (30), véspera do início do recesso do Judiciário, o julgamento que vai definir o futuro político de Jair Bolsonaro (PL). Após três sessões dedicadas a analisar uma ação, falta apenas um voto para tornar o ex-presidente inelegível. (Valor)

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