Mercado acompanha leitura do IPCA-15
NESTA MANHÃ
- Hoje, no Brasil, o destaque é a divulgação do IPCA-15, que pode alterar as expectativas da trajetória da Selic. Além disso, os líderes partidários do Senado decidem se o arcabouço passará por comissões ou se vai direto a plenário. Ainda, Lula, Haddad, Alckmin e Campos Neto discursam em eventos ao longo do dia. No exterior, destaque à segunda leitura do PIB (1° Tri) dos EUA.
- As bolsas na Ásia encerraram os negócios com viés de baixa, em meio ao persistente impasse nas negociações sobre o teto da dívida dos EUA. Liderando as perdas, o Hang Seng caiu 1,93%, atingindo o menor nível do ano, enquanto o Xangai Composto recuou 0,11% e em exceção ao movimento do continente, o Nikkei subiu 0,39%.
- Na Europa, as bolsas operam sem direção definida, enquanto investidores monitoram o impasse do teto da dívida dos EUA e reagem à notícia de um PIB negativo na Alemanha no primeiro trimestre. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 avança 0,16%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street operam sem direção única.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,76%.
- Os contratos futuros do Brent caem 1,71%, a US$ 77,02 o barril.
- O ouro avança 0,22%, a US$ 1.961,51 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 26,2 mil.
AGENDA DO DIA
- 09:00 Brasil: IPCA-15 (Mai)
- 09:30 EUA: PIB (1° Tri)
- 09:30 EUA: Índice de Preços ao Consumidor (PCE) (1° Tri)
- 11:00 EUA: Vendas Pendentes de Moradias (Abr)
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
Apesar de um cenário doméstico mais otimista, com aprovação do arcabouço fiscal, o Ibovespa seguiu a cautela do exterior e fechou a terceira sessão consecutiva em queda. O índice caiu 1,03%, aos 108.799,92 pontos, em meio a preocupação persistente em torno da elevação do teto da dívida americana, e a aproximação do prazo final de 1º de junho para evitar default.
Os juros futuros fecharam em queda, em reação à aprovação do texto-base do novo arcabouço fiscal na Câmara, mesmo bem antecipada pelo mercado. A margem de votos a favor (372) expressiva e ajustes que tornaram as regras mais duras permitiram a continuidade da devolução de prêmios na curva, enquanto o mercado também monitorava o exterior e a novela do teto da dívida dos Estados Unidos.
O dólar encerrou a sessão em baixa de 0,37%, cotado a R$ 4,9540, na contramão do sinal predominante de alta da moeda americana no exterior, em meio à aversão ao risco desencadeada pelo impasse em torno do aumento do teto da dívida. Por aqui, a aprovação na Câmara do arcabouço contribuiu para o desempenho do real.
EXTERIOR
As bolsas de Nova York fecharam em queda, à medida que investidores ponderam o contínuo impasse sobre o teto da dívida dos Estados Unidos. O mercado também acompanhou a divulgação da ata do Federal Reserve (Fed), que ressaltou a inflação elevada no país, manteve projeção de recessão da economia americana e revelou divergências entre os dirigentes sobre as próximas decisões monetárias. O índice Dow Jones fechou em queda de 0,77%, enquanto o S&P 500 caiu 0,73% e o Nasdaq recuou 0,61%.
No mesmo cenário, com as atenções voltadas para as negociações do teto e acompanhando a ata publicada pelo Fed, os rendimentos dos Treasuries voltaram a subir. Já o dólar se valorizou ante o euro, libra e iene. Desse modo, o índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou alta de 0,39%.
O presidente da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, não descartou progressos para romper o impasse com a Casa Branca no tema, mas reiterou divergências, enquanto o governo Joe Biden criticou a postura da oposição republicana, dizendo que as negociações estão travadas por interesses políticos.
INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA:
A Ata da reunião do FOMC de maio foi publicada ontem (24) pelo Fed. No documento, alguns dirigentes do Federal Reserve (Fed) observaram que o retorno da inflação à meta de 2% continua “inaceitavelmente lento” e ressaltaram que a taxa de desemprego segue baixa e a inflação elevada no país, apesar de recente desaceleração. Além disso, analisaram ainda que condições de crédito mais apertadas – como consequência de recentes turbulências bancárias – têm potencial de pesar sobre a atividade econômica, contratações e preços nos EUA.
Conforme a ata, os membros optaram por deixar em aberto decisões futuras após a última elevação nos juros, para que seja possível monitorar os “riscos proeminentes” e suas implicações para o cenário econômico dentro das metas de emprego máximo e estabilidade de preços. “Alguns participantes comentaram que, se a inflação continuar inaceitavelmente lenta, reforço adicional da política [monetária] poderia ser necessário nas próximas reuniões“, ressaltou o documento.
INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL:
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) recuou 1,50% na segunda prévia de maio, após queda de 0,66% na mesma leitura de abril, conforme divulgou a Fundação Getulio Vargas (FGV).
O movimento foi puxado por mais um recuo na margem do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M), de 2,21%, ante declínio de 1,03% no mesmo período em abril. Nesta leitura, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) também arrefeceu, a 0,02%, após alta de 0,24% em abril. Por outro lado, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) acelerou de 0,38% para 0,54% entre a segunda leitura de abril e a segunda medição de maio.
POLÍTICA NO BRASIL:
No Senado, o texto que define a nova regra fiscal do país terá a relatoria do senador Omar Aziz (PSD-AM), nome preferido do governo e ex-presidente da CPI da Covid no Senado. A Casa deve analisar a matéria no plenário já no mês de junho. A pretensão será até o dia 15. Cálculos iniciais do governo apontam para uma aprovação tranquila do arcabouço no Senado com apoio de pelo menos 60 dos 81 senadores. (CNN)
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (24), por 324 votos a 131, requerimento de urgência ao projeto de lei que estabelece o marco temporal para demarcação de terras indígenas. O texto busca consolidar a tese do marco temporal para demarcação das terras indígenas e estabelecer que apenas as terras ocupadas por eles na época da promulgação da Constituição de 1988 poderão ser demarcadas. Essa tese foi firmada no julgamento da reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima, mas o Supremo Tribunal Federal (STF) voltará a analisar o tema. (Valor)
O Congresso deve tomar uma decisão para reduzir o poder de veto do Ibama quando for necessário licenciar determinados projetos de infraestrutura. Será criada uma categoria de obra chamada de “interesse nacional”, como existe em países como os EUA. A licença ambiental vai sair de maneira rápida e facilitada, sem que o Ibama possa impedir. A categorização de obras de “interesse nacional” no setor de energia, por exemplo, ficará com o CNPE, do Ministério das Minas e Energia, sob comando de Alexandre Silveira. (Poder 360)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) definiu os 2 nomes que ocuparão as vagas titulares no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nesta quarta-feira (24). Os escolhidos foram André Ramos Tavares, ex-presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, e Floriano Marques, diretor da Faculdade de Direito da USP. (Poder 360)
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