Encontro de Biden e o presidente da Câmara dos Representantes para discutir o teto da dívida é destaque na sessão
NESTA MANHÃ
- Hoje, no exterior, o encontro entre o Biden e o presidente da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, para discutir o teto da dívida é destaque. Além disso, diversas falas de dirigentes do Fed também estão no radar. No Brasil, em dia de agenda esvaziada, a atenção está voltada para a votação na Câmara do arcabouço fiscal, que deve acontecer terça (23) ou quarta (24).
- As bolsas asiáticas fecharam em alta, em meio à avaliação de que os EUA eventualmente garantirão um acordo para elevar o teto de sua dívida, apesar de tensas negociações em Washington. O Hang Seng avançou 1,17%, ajudado por ações de tecnologia, enquanto o Nikkei subiu 0,90%, atingindo o maior patamar desde julho de 1990, e o Xangai Composto teve alta de 0,39%.
- Na Europa, as bolsas europeias operam sem direção única, à medida que investidores se mostram cautelosos antes da retomada de negociações sobre o teto da dívida dos EUA. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,10%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura no vermelho.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,66%.
- Os contratos futuros do Brent caem 0,12%, a US$ 75,49 o barril.
- O ouro opera praticamente estável, com alta de 0,02%, a US$ 1.978,17 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 26,8 mil.
AGENDA DO DIA
- 08:25 Brasil: Boletim Focus
- 09:30 EUA: Discurso de Bullard, membro do FOMC
- 10:00 EUA: Discurso de Logan, do Fed
- 11:00 Zona do Euro: Confiança do Consumidor (Mai)
- 11:50 EUA: Discurso de Bostic, membro do FOMC
- 12:05 EUA: Discurso de Mary Daly, membro do FOMC
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
O Ibovespa fechou em alta de 0,58%, aos 110.744,51 pontos, descolando do sinal negativo do exterior. Na semana, acumulou 2,10% e 6,04% no mês. A relativa redução de temores em torno do aumento do teto da dívida americana – mesmo com a falta de avanço real na discussão – e, por aqui, mais clareza quanto ao formato final do arcabouço fiscal, que deve ser votado essa semana na Câmara, além da divulgação do IBC-Br, contribuem para a retomada do apetite dos investidores por ações. Nesse cenário, os juros futuros terminaram praticamente estáveis, com uma leve queda.
O dólar à vista encerrou a sessão desta sexta-feira em alta de 0,56%, cotado a R$ 4,9960. Na semana, a moeda apresentou ganhos de 1,47%, interrompendo uma sequência de três semanas de queda e passando a acumular leve valorização no mês (+0,17%). A puxada na cotação do dólar no mercado doméstico, em especial nos últimos dois dias, é atribuída à perspectiva de taxa de juros elevada nos Estados Unidos por mais tempo, reforçada na sessão pelo discurso do presidente do Fed, Jerome Powell.
EXTERIOR
Os mercados acionários de Nova York terminaram a sexta-feira em território negativo. Em dia sem indicadores relevantes, investidores monitoraram declarações do presidente do Fed, Jerome Powell, e também as prolongadas negociações para elevar o teto da dívida do governo federal americano. Powell afirmou que a política monetária já está em nível restritivo, sem se comprometer sobre os próximos passos, em quadro de inflação muito acima da meta.
O índice Dow Jones fechou em queda de 0,33%, enquanto o S&P 500 caiu 0,14% e o Nasdaq recuou 0,24%. Já na semana, houve altas de 0,38%, 1,65% e 3,04%, respectivamente.
Apoiado no discurso de Powell e nas negociações para elevação do teto da dívida, os retornos dos Treasuries subiram na sessão. Já o dólar recuou ante as principais moedas. O índice DXY, que mede o dólar frente a uma cesta de moedas fortes, registrou baixa de 0,37%.
INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL:
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil (IBC-Br) recuou 0,15% em março na comparação mensal, abaixo da mediana das expectativas (+0,30%). Na comparação com março de 2022, o índice registrou crescimento de 5,76%, maior índice da série histórica, que começou em 2003, enquanto as projeções tinham mediana de 3,90%. Com o resultado, o indicador acumula alta de 2,41% no primeiro trimestre do ano em comparação com o trimestre anterior. Em 12 meses, a economia brasileira cresceu 3,31%.
Apesar de leituras setoriais fortes, principalmente de serviços e comércio, o IBC-Br veio levemente abaixo das expectativas em março. No trimestre, no entanto, o desempenho ainda é acima do esperado anteriormente e, por isso, fizemos uma revisão no PIB do ano. Para 2023 esperamos alta de 1,3%, com o primeiro trimestre crescendo 0,4%. Para ler o relatório completo, acesse aqui.
POLÍTICA NO BRASIL:
A semana é decisiva para o projeto do novo arcabouço fiscal. O texto deve ser analisado no plenário da Câmara na terça-feira (23) ou quarta (24). Antes disso, o relator, deputado Cláudio Cajado (PP-BA), fará uma última rodada de reuniões com líderes e partidos para decidir se haverá mais alguma alteração no texto. A expectativa do governo federal é que o projeto siga para o Senado ainda nesta semana. (Valor)
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse nesta sexta (19) que colocará em pauta no primeiro semestre a reforma tributária, que está em fase final de discussão no grupo de trabalho criado na Casa. Não garantiu, no entanto, a aprovação do texto no semestre. (Valor)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou neste domingo (21) que a reunião bilateral com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, foi marcada, mas que a delegação do país europeu se atrasou e não apareceu. (Poder 360)
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