CRI Susten Energia: Investindo em Geração Distribuída de Energia Solar
CRI Susten Energia
23A1772203
Informações
Informações Gerais do Ativo
Devedor: Susten S.A.
Tipo de Ativo: CRI
Código B3: 23A1772203
Setor de Atuação: Geração Distribuída
Perfil de Risco: Arrojado
Rating: Não possui
Características da Operação
Data de Emissão: 24/01/2023
Data de Vencimento: 26/01/2032
Indexador: IPCA
Taxa: 9,00%a.a.
Pagamento de Juros: Mensal
Amortização: Mensal a partir de setembro/23
Volume Emitido: R$ 30.000.000,00
Por que investir ?
O CRI Susten (23A1772203) é uma excelente opção de investimento em renda fixa, no segmento de Geração Distribuída. Trata-se de um ativo com taxa de remuneração atrativa, além de trazer exposição a um setor em plena expansão.
O que é Geração Distribuída?
Diversificação da Matriz Energética:
Nos últimos anos, temos acompanhado uma tendência mundial de preocupação ambiental e crescente demanda por fontes de energia renováveis. Além disso, o impacto da Guerra Rússia x Ucrânia para a Europa demonstrou de forma prática ao mundo a importância da transição da matriz energética.
No cenário brasileiro, em 2012, entrou em vigor a Resolução Normativa ANEEL nº 482/2012, inserindo a Geração Distribuída (“GD”) de fontes renováveis à matriz energética do país. Nessa modalidade, são utilizadas usinas de porte reduzido que atendem o consumo de um consórcio ou cooperativa – formada por diferentes famílias e empresas. A proximidade geográfica dos consumidores para distribuição da energia reduz ineficiências e perdas no processo de transmissão, que se traduzem em tarifas mais atrativas ao consumidor final quando comparado ao sistema de geração centralizada. Além disso, a geração de energia solar cria um benefício econômico adicional aos consumidores, através do recebimento de créditos junto às distribuidoras, e abatimento em suas contas de luz.
Energia Solar no Brasil:
Segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar, ao final de 2022, a energia solar superou a eólica e se tornou a 2ª maior fonte de energia elétrica brasileira, ficando atrás apenas da hidrelétrica.
No ano foram adicionadas 10 GW de potência de energia fotovoltaica ao sistema, um crescimento de mais de 70% em relação a 2021. O desempenho representou o melhor ano da história do setor. O destaque ficou com a geração distribuída, principalmente no uso residencial. Os motivos para isso são vários, dentre eles os benefícios econômicos, a adoção de trabalho remoto e incentivos à utilização de fontes renováveis.
Vale destacar que certas regiões do Brasil, como o Nordeste e os municípios no norte de Minas Gerais, são bastante favoráveis para a implantação de painéis solares, devido aos altos níveis de incidência solar e topografia.
Avanços Regulatórios:
Diante de todas vantagens e ambiente propício mencionados acima, de forma a trazer mais segurança jurídica ao mercado, em 2022 o marco legal da Geração Distribuída foi convertido na Lei nº 14.300. Neste contexto, foi estabelecido o período de transição que garantiu até 2045 descontos nas cobranças de encargos e tarifas de uso do sistema de distribuição (“TUSD”) para projetos de GD que enviassem a solicitação do parecer de acesso (documento de solicitação à distribuidora para conexão da usina à rede) até o dia 6 de janeiro de 2023. Depois desta data, as novas conexões passam a ter um aumento gradual de cobrança sobre a energia injetada na rede, impactando a rentabilidade das novas usinas.
Por tal motivo, em 2022 vimos uma corrida de consumidores e integradores de energia solar na busca pela solicitação dos pareceres de acessos para garantir a aplicação das regras antigas em seus sistemas, trazendo uma vantagem financeira aos projetos. Segundo a ANEEL, no ano foram mais de 290 mil novos micro e minigeradores (GD), quantidade 65% superior ao total de 2021.
Mesmo após a data limite (06/01/2023) que garantiu a vantagem tarifária, acreditamos que a instalação de painéis de energia solar e demais fontes do segmento de GD devem seguir crescendo. Dados recentes reforçam a expectativa de continuação do crescimento da modalidade no Brasil: de acordo com as informações apresentadas pelo time de economistas da Órama, apesar de sairmos na frente e possuirmos uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, com fontes renováveis contabilizando mais de 45% da demanda total de energia, o Brasil se mantém como o sétimo maior emissor de gases de efeito estufa do mundo. Segundo o Plano Decenal de Expansão de Energia, a expectativa é de crescimento de mais de 150% na capacidade instalada de GD até 2032. Neste cenário, o maior consumo de energia e os incentivos para atingimento de metas de descarbonização no país continuarão impulsionando a geração distribuída. Ademais, a segurança jurídica que a Lei trouxe às empresas da área, além das margens elevadas que esses projetos possuem (com baixos custos de instalação, operação e manutenção) devem garantir o crescimento da modalidade no país.
Sobre a Empresa
A Susten Energia tem como principal objetivo a atuação no mercado de energia limpa, principalmente fotovoltaica, em suas mais diversas aplicações, tais como geração descentralizada, instalações industriais e também domésticas. A empresa nasceu em 2019 e já conta com mais de 500 hectares projetados para usinas.
Nesta operação, a Susten é responsável pela construção, implantação, operação e manutenção das usinas fotovoltaicas de geração distribuída, com potência total instalada de até 5 MW (megawatts), localizadas no norte de Minas Gerais. Em relação aos terrenos em questão, são firmados contratos de Direito de Uso de Superfície pelo período de 30 anos.
Estrutura da Operação
O objetivo deste CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários) é financiar a construção de usinas fotovoltaicas de geração distribuída. Para isso, os recursos são enviados às SPEs (Sociedades de Propósito Específico) – controladas pela Susten Energia – que detêm os pareceres de acesso, e irão comprar os equipamentos e desenvolver as usinas.
O fluxo de recebíveis usados para pagamento do CRI (lastro da operação) vem dos contratos de locação atípicos de longo prazo (20 anos) firmados entre as cooperativas e as SPEs. Nestes contratos, no modelo Built-to-Suit, as cooperativas pagam aluguéis mensais pela locação das usinas desenvolvidas especificamente para atender suas necessidades.
Neste contexto, o investidor do CRI recebe juros e amortização mensais, e conta com garantias como Alienação Fiduciária do terreno e equipamentos, Cessão Fiduciária dos recebíveis de aluguéis, fundo de liquidez, além de seguros operacionais. Tais garantias serão executadas em caso de não pagamento das obrigações pelo devedor.
Cabe ressaltar que o prazo médio de desenvolvimento dos projetos é de 7 meses, período no qual o CRI conta com recursos financeiros retidos em um fundo para garantir o pagamento de juros mensais (fundo de juros).
Além disso, outro player importante para estes projetos é a Thymos, empresa fundada em 2013 com foco no setor de energia. A empresa oferece serviços de consultoria, gestão de energia, pesquisa e desenvolvimento. O time de profissionais da Thymos é bastante reconhecido e possui vasta experiência neste segmento. Vale destacar que a companhia foi contratada em 2022 pelo Governo Federal para preparação de estudos técnicos referentes à privatização da Eletrobrás – reforçando seu papel de referência dentro deste mercado.
Nesta operação, a Thymos entra com a responsabilidade de realizar a validação técnica e financeira dos projetos, além do acompanhamento das obras e implantação das usinas solares (Agente de Medição).
ATUALIZAÇÕES: Destacamos ajustes no cronograma de conexão das usinas solares, devido a trâmites burocráticos com a distribuidora de energia (CEMIG). A geração de receitas, inicialmente prevista para setembro de 2023, agora está estimada para fevereiro e abril de 2024, conforme alinhado entre Susten e CEMIG. O CRI continuará cumprindo suas obrigações junto aos investidores com recursos remanescentes do fundo de obras. A eficiência na aquisição de placas e equipamentos pela Susten resultou na utilização de um volume inferior ao inicialmente projetado e em uma capacidade instalada total de 5,52 MW (25% acima do projetado). A Órama mantém o acompanhamento constante com o engenheiro responsável para antecipar possíveis desafios.
Garantias da Operação
Alienação Fiduciária do Direito de Uso da Superfície
Contratos firmados pelo prazo de 30 anos.
Alienação Fiduciária dos Equipamentos
É definida a relação de equipamentos relacionados à atividade das usinas fotovoltaicas.
Cessão Fiduciária dos Recebíveis
Fluxo de aluguéis dos contratos atípicos de longo prazo firmados com as cooperativas.
Fiança da Susten Energia
Fundo de Obras
Acompanhamento de andamento de obras e disponibilização de recursos é realizado pela Thymos.
Fundo de Juros
Retido o valor correspondente à 7 meses de juros (período de desenvolvimento das usinas).
Fundo de Liquidez
Deve ser mantido o valor correspondente à 3 parcelas de remuneração mensal (PMTs).
Fundo de Despesas
Devem ser mantidos recursos necessários para fazer frente às despesas recorrentes e eventuais despesas extraordinárias.
Seguros Pré Operacionais
Seguros de construção, transporte, responsabilidade civil, pessoal.
Seguros Operacionais
Seguros de performance hardware, equipamentos, responsabilidade civil, patrimonial.
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