Apetite global por risco aumenta após Payroll
NESTA MANHÃ
- Hoje, no Brasil, investidores monitoram o Boletim Focus e o indicador de produção de veículos da Anfavea. Além disso, também aguardam a ata do Copom, que será publicada amanhã (09). Lá fora, as atenções se voltam para a pesquisa do Fed sobre a situação dos bancos e a divulgação das Expectativas de Inflação ao Consumidor nos EUA.
- As bolsas na Ásia fecharam sem direção definida, após um rali em Wall Street interromper uma sequência de quatro pregões negativos. O índice Hang Seng registrou ganho de 1,24%, enquanto o Xangai Composto avançou 1,81% e o Nikkei caiu 0,71%.
- Na Europa, os mercados acionários operam em alta modesta com ajuda de ações de bancos, enquanto investidores aguardam nova decisão de juros do Banco da Inglaterra (BoE) nos próximos dias. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 avança 0,28%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura positiva.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,43%.
- Os contratos futuros do Brent sobem 1,87%, a US$ 76,71 o barril.
- O ouro avança 0,31%, a US$ 2.023,11 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 27,9 mil.
AGENDA DO DIA
- 08:25 Brasil: Boletim Focus
- 10:00 Brasil: Produção de Veículos Anfavea (Abr)
- 12:00 EUA: Expectativas de Inflação ao Consumidor
- 15:00 EUA: Pesquisa da Reserva Federal com Principais Bancos de Empréstimos
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
O Ibovespa registrou alta de 2,91%, aos 105.148 pontos, em dia de maior apetite global por risco após dados do mercado de trabalho dos EUA surpreenderem positivamente. Além disso, a ação da Braskem saltou mais de 23%, em meio a rumores de que a Adnoc, maior petroleira dos Emirados Árabes, está se juntando ao fundo Apollo para formalizar proposta pelo controle da maior petroquímica da América Latina. Na semana, o índice avançou 0,69%.
Apesar de forte valorização do real e do Ibovespa, em um dia de ajuste de posições após a semana de decisões de política monetária no Brasil, Estados Unidos e Europa, os juros futuros encerraram o pregão com leves quedas nos vértices curto, médio e longo da curva.
O dólar à vista terminou a sessão em queda de 0,96%, cotado a R$ 4,9440, em uma sessão marcada pelo menor temor com o setor bancário americano. Diante disso, cresceu o apetite por riscos que beneficiou as moedas emergentes, em geral. Na semana, a moeda americana registrou queda acumulada de 0,86%.
EXTERIOR
As bolsas de Nova York fecharam em alta, após a disparada de mais de 80% da ação do PacWest puxar a recuperação de bancos regionais. O ainda resiliente mercado de trabalho nos EUA, indicado pelo relatório payroll, também compôs o cenário, ainda que a forte leitura do indicador reduza as chances de cortes de juros.
No fechamento, o índice Dow Jones avançou 1,65%, enquanto o S&P 500 ganhou 1,85% e o Nasdaq avançou 2,25%. Na semana o resultado foi misto, com desvalorização de 1,24% e 0,80% e alta de 0,07%, respectivamente.
Os rendimentos dos Treasuries avançaram, reagindo tanto ao alívio com a crise recente no setor bancário americano quanto à publicação do relatório de empregos (payroll) de abril.
O dólar não firmou direção única frente a outras moedas fortes, com investidores atentos ao payroll em dia de maior apetite por risco nos mercados internacionais em geral, com recuperação nas ações de alguns bancos sob pressão recente nos EUA. O índice DXY registrou queda de 0,18%.
INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA
A economia dos Estados Unidos gerou 253 mil empregos em abril, de acordo com relatório Payroll, publicado pelo Departamento do Trabalho. O resultado veio acima da mediana das expectativas dos analistas, de 185 mil. Já a taxa de desemprego recuou de 3,5% em março para 3,4%, ante projeção de aceleração a 3,6%.
POLÍTICA NO BRASIL
Principal cotado para o posto de relator da CPI do MST na Câmara, o deputado Ricardo Salles (PL-SP) afirmou que o colegiado não está sendo constituído para abrir uma frente de confronto com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “A CPI do MST não é de disputa entre governo e oposição. Vai se debruçar sobre o comportamento do MST, que não necessariamente é o mesmo do governo” disse Salles. (Poder 360)
Às vésperas da instalação da CPI das invasões de terras rurais dominada pela oposição na Câmara, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, afirmou que o governo irá fazer um programa de reforma agrária “dentro da Constituição” e que respeite o direito de propriedade privada. De acordo com ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai anunciar esse programa em maio, com orçamento de R$ 500 milhões, fruto de remanejamentos de outros ministérios, já que o caixa para a reforma agrária estava esvaziado. (Valor)
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), viaja a Tóquio na noite desta segunda-feira (08/05) para participar de reuniões do G7, que se darão antes do evento oficial. Sua chegada está prevista para quarta-feira (10/05). No dia seguinte (11.05), vai para Niigata dar início à agenda. (Poder 360)
O deputado Mendonça Filho (União Brasil-PE) começa a articular na Câmara dos Deputados a votação de um texto alternativo ao projeto de lei das fake news, relatado por Orlando Silva (PC do B-SP). Na proposta, o ex-ministro sugere a autorregulação das plataformas digitais e transfere ao Ministério Público a notificação das empresas quanto a certos delitos, como a incitação à prática de crimes contra crianças e adolescentes. (Poder 360)
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