IBC-Br, taxa de desemprego e PCE nos EUA são destaques da agenda de hoje

Compartilhe o post:
NESTA MANHÃ
  • Hoje, no Brasil, as atenções vão para a divulgação do Balanço Orçamentário do setor público de março, o IBC-br de fevereiro e a taxa de desemprego no trimestre até março. Lá fora, com a decisão de política monetária do Fed daqui a cinco dias na mira do mercado, o destaque vai para a inflação ao consumidor capturada pelo PCE, a medida preferida de preços do Fed.
  • As bolsas na Ásia fecharam em alta, após o Banco do Japão (BoJ) manter sua política monetária inalterada, como se previa, e Wall Street garantir robustos ganhos ontem. O índice Hang Seng avançou 0,27%, enquanto Nikkei subiu 1,40% e o Xangai Composto registrou alta de 1,14%.
  • Na Europa, os mercados acionários operam em baixa, pressionados por ações de bancos e na esteira de dados desanimadores de crescimento na zona do euro. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,22%.
  • O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro cresceu 0,1% no primeiro trimestre de 2023 ante os três meses anteriores. O resultado ficou em linha com a previsão de analistas consultados pelo The Wall Street Journal e veio após a economia do bloco ficar estagnada no quarto trimestre.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura positiva.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,47%.
  • Os contratos futuros do Brent sobem 0,50%, a US$ 78,76 o barril.
  • O ouro recua 0,20%, a US$ 1.983,85 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 29,2 mil.
AGENDA DO DIA
  • 08:30 Brasil: Balanço Orçamentário (Mar)
  • 09:00 Brasil: IBC-Br (Fev)
  • 09:00 Brasil: Índice de Preços ao Produtor (Mar)
  • 09:00 Brasil: Taxa de Desemprego (Mar)
  • 09:30 EUA: Índice de Preços PCE (Mar)
  • 11:00 EUA: Expectativa do Consumidor Michigan (Abr)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa encerrou o pregão em alta de 0,60%, aos 102.923,31, liderado por ações da Vale e de bancos. Os ativos locais se aproveitaram da melhora no humor do investidor global, em dia de balanços corporativos fortes e após o PIB do primeiro trimestre dos EUA surpreender para baixo e indicar que o país pode precisar de juros altos por menos tempo para que a inflação volte à meta. 

Em uma sessão de liquidez acima da média anual, os juros futuros de curto prazo fecharam em alta, pressionados por dados de criação de empregos bem acima das expectativas dos participantes do mercado. A divulgação do Caged, inclusive, inverteu a trajetória que as taxas curtas apresentavam no início do dia e desencadeou um achatamento da curva, já que os vértices longos voltaram a recuar com notícias positivas no âmbito fiscal.

O dólar à vista fechou em queda de 1,52%, a R$ 4,9801, em dia em que o real se destacou entre as principais divisas e registrou o melhor desempenho frente ao dólar. O movimento foi resultado do bom humor interno e externo. Por aqui, houve algum otimismo com o julgamento favorável ao governo do Superior Tribunal de Justiça (STJ) com impacto bilionário nas contas públicas (ainda que o tema venha a ser tratado no Supremo Tribunal Federal). Mas o dólar intensificou a queda após os dados do Caged, do Ministério do Trabalho e Emprego, que apontaram forte geração de empregos em março, acima das expectativas de analistas.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York terminaram o pregão com ganhos robustos, concentrados especialmente no setor de tecnologia, cujas ações ganharam impulso após o salto de dois dígitos da Meta (dona do Facebook) depois do balanço trimestral da companhia. 

O índice Dow Jones anotou alta de 1,57%, enquanto o S&P 500 subiu 1,96% e o Nasdaq avançou 2,43%.

Os retornos dos Treasuries subiram, com foco em indicadores, entre eles o PIB e o índice de preços de gastos com consumo (PCE), em dia também de leilão de dívida nos EUA. Investidores ainda monitoravam as perspectivas de mais aperto monetário pelo Fed que anuncia sua decisão de política monetária na próxima quarta-feira.

O dólar não registrou sinal único ante outras moedas fortes, com investidores avaliando indicadores, como o PIB e o PCE dos Estados Unidos, e também sinais da política monetária. O índice DXY registrou alta de 0,04%.

No monitoramento do CME Group, aumentava a 88,6% a chance de uma alta de 25 pontos-base nos juros pelo BC americano em 3 de maio, de 72,2% do dia anterior, com 11,4% de possibilidade de manutenção deles na faixa atual, entre 4,75% e 5,00%.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos cresceu ao ritmo anualizado de 1,1% no primeiro trimestre de 2023, de acordo com estimativa inicial divulgada pelo Departamento de Comércio do país. O resultado ficou abaixo das expectativas de analistas que previam alta de 1,3% a 2,9% no período, com mediana de 2%.

O Departamento do Comércio informou também que o índice de preços de gastos com consumo (PCE) subiu 4,2% no primeiro trimestre, ganhando força depois de avançar 3,7% no quarto trimestre. Já o núcleo do PCE, que desconsidera preços de alimentos e energia, aumentou 4,9% entre janeiro e março, após alta de 4,4% no trimestre anterior.

As vendas pendentes de imóveis nos Estados Unidos registraram recuo de 5,2% em março, na comparação com fevereiro, de acordo com a Associação Nacional de Corretoras. Analistas previam alta de 0,5%.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

O setor de serviços cresceu 1,1% em fevereiro na comparação mensal, de acordo com a Pesquisa Mensal dos Serviços (PMS), divulgada pelo IBGE. A leitura ficou perto do teto das expectativas de 1,2%. Na comparação com fevereiro de 2022, o índice avançou 5,4%, enquanto o mercado esperava alta de 5,0%, oscilando de 3,5% a 9,6%. O resultado mais forte que o esperado indica uma recuperação em relação ao último mês (que havia surpreendido negativamente). Com isso, na Órama, alteramos marginalmente nossas projeções de PIB para 2023 de 0,9%, para 1%. Confira o relatório aqui.

De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), o Brasil criou 195.171 postos formais em março. O resultado superou o teto das expectativas (161,2 mil), que tinha piso de 23 mil e mediana de 96,4 mil novas vagas. 

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou deflação de 0,95% em abril, após alta de 0,05% em março, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador caiu 2,17% nos últimos 12 meses. No ano, o índice acumula queda de 0,75%.

POLÍTICA NO BRASIL

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que a integridade técnica da autoridade monetária “precisa ser respeitada”. Ele afirmou que a dívida pública do Brasil está acima dos países emergentes e que é preciso ter “credibilidade” para cortar os juros. (Poder 360)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai assinar até segunda-feira (1º de maio) uma medida provisória elevando o salário mínimo para R$ 1.320. A decisão foi tomada nesta quinta-feira durante reunião com centrais sindicais e ministros do governo. A medida faz parte do pacote que Lula anunciará para os trabalhadores nos festejos do 1º de maio, quando é celebrado o Dia do Trabalho. (Valor)

O vice-presidente da República e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB), disse nesta quinta-feira (27/04) que o desmatamento na Amazônia não é feito por agricultores ou pecuaristas, mas por grileiros de terras que atuam na floresta brasileira. Alckmin também disse que o Brasil será “o grande protagonista” no combate às mudanças climáticas. Segundo ele, o compromisso do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é com o desmatamento “zero”. (Poder 360)

NOTÍCIAS CORPORATIVAS

A Petrobras confirmou, em comunicado, que a assembleia geral ordinária (AGO) aprovou a remuneração aos acionistas relativa ao exercício social de 2022 no valor de R$ 17,06 por ação (ordinária ou preferencial) em circulação. O montante corresponde a R$ 222,5 bilhões. O valor inclui os pagamentos efetuados ao longo de 2022 e o dividendo complementar a ser pago a partir do dia 19 de maio de 2023. O dividendo complementar equivale a R$ 2,74 por ação em circulação, totalizando cerca de R$ 35,8 bilhões. (Valor)

PAINEL DE COTAÇÕES

As informações contidas neste material têm caráter meramente informativo, não constitui e nem deve ser interpretado como solicitação de compra ou venda, oferta ou recomendação de qualquer ativo financeiro, investimento, sugestão de alocação ou adoção de estratégias por parte dos destinatários. Este material é destinado à circulação exclusiva para a rede de relacionamento da Órama Investimentos, incluindo agentes autônomos e clientes, podendo também ser divulgado no site e/ou em outros meios de comunicação da Órama. Fica proibida sua reprodução ou redistribuição para qualquer pessoa, no todo ou em parte, qualquer que seja o propósito, sem o prévio consentimento expresso da Órama. 
Compartilhe o post:

Posts Similares