Investidores seguem de olho no desenrolar do novo Arcabouço Fiscal

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NESTA MANHÃ
  • Hoje, no Brasil, a entrevista dos Secretários do Tesouro, Rogério Ceron, e de Reformas Econômicas, Marcos Pintos, para divulgar o novo marco de Parcerias Público-Privadas (PPPs), devem repercutir no mercado. Ainda, os investidores continuam de olho no desenrolar do novo Arcabouço Fiscal. Nos EUA, os indicadores econômicos e as falas de dirigentes do Fed devem fazer preço. 
  • As bolsas na Ásia fecharam sem direção única, após o Banco do Povo da China (PBoC) manter os principais juros, a taxa de juros de referência para empréstimos (LPR) de 1 ano ficou em 3,65% e a taxa para empréstimos de 5 anos em 4,30%. O índice Hang Seng subiu 0,14%, enquanto Nikkei registrou alta de 0,18% e o Xangai Composto recuou 0,09%.
  • Na Europa, os mercados acionários exibem sinal negativo, embora em alguns casos perto da estabilidade. Investidores reagem a balanços corporativos e também aos sinais do Banco Central Europeu (BCE), que publica hoje a ata da mais recente reunião de política monetária. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,34%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura mista.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,56%.
  • Os contratos futuros do Brent caem 1,65%, a US$ 81,75 o barril.
  • O ouro avança 0,33%, a US$ 2.000,05 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 28,9 mil.
AGENDA DO DIA
  • 08:30 Zona do Euro: Atas da Reunião de Política Monetária BCE
  • 09:00 Brasil: Reunião CMN
  • 09:30 EUA: Índice de Atividade Industrial Fed Filadélfia (Abr)
  • 09:30 EUA: Relatório de Empregos Fed Filadélfia (Abr)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O detalhamento da proposta de arcabouço fiscal do governo apresentada ao Congresso, provocou um aprofundamento do movimento de queda dos ativos locais. Investidores estão encontrando dificuldades em visualizar a viabilidade de execução da regra. Entenda mais sobre o texto, principais desafios, tramitação e reação do mercado aqui.

Também pesou contra o Ibovespa a queda firme das ações da Vale (2,92%), após a empresa apresentar prévia operacional abaixo do consenso do mercado. No fechamento, o Ibovespa caiu 2,12%, aos 103.913 pontos.

Os juros futuros encerraram o pregão em alta firme, em meio à recepção cautelosa dos participantes do mercado ao texto do projeto de arcabouço fiscal. Após a queda expressiva observada nas taxas nas últimas semanas, uma forte realização de lucros ganhou corpo na sessão.

O dólar emendou o terceiro pregão consecutivo de alta e voltou a fechar acima do nível de R$ 5,00, impulsionado por ajustes técnicos e recomposição de prêmios de risco. Pesou ao longo da tarde também o aumento da temperatura política após revelação da presença do agora ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias, no Palácio do Planalto em 8 de janeiro, dia das invasões às sedes dos poderes em Brasília.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam sem direção única, à medida que investidores contrapuseram balanços resilientes de bancos americanos com as perspectivas de contínuo aumentos de juros nos Estados Unidos. No fechamento, o Dow Jones caiu 0,23%, enquanto o S&P 500 cedeu 0,01% e o Nasdaq avançou 0,03%

Os retornos dos Treasuries subiram, com o mercado reforçando um pouco a expectativa de aperto monetário, a fim de conter a inflação. Além disso, o Livro Bege, sumário de opiniões que embasa as decisões de juros, foi publicado pelo Fed, em dia também de leilão de dívida dos EUA.

O dólar se valorizou frente ao iene e ao euro, mas caiu diante da libra. A moeda britânica foi sustentada após uma leitura do índice de preços ao consumidor (CPI) do Reino Unido reforçar apostas de que o Banco da Inglaterra (BoE) terá de subir mais os juros.  O índice DXY registrou ganho de 0,22%.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

O Livro Bege do Federal Reserve (Fed) indicou que a atividade americana e as expectativas tiveram pouca mudança nas últimas semanas, mas apontando para uma trajetória de desaceleração. O documento apresentou um “tom pessimista” ao mostrar aperto nas condições financeiras e quedas nos empréstimos, na esteira da quebra de bancos regionais. Em relação aos níveis de preços, o documento mostra que cresceram moderadamente, embora a taxa de aumento dos preços pareça estar reduzindo.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

A produção industrial de fevereiro recuou 0,2% na comparação mensal, terceiro mês consecutivo de queda na margem. O resultado veio em linha com a mediana das expectativas, que oscilavam entre recuo de 0,6% e alta de 0,8%. Na comparação com fevereiro de 2022, o índice caiu 2,4%, enquanto as estimativas do mercado variavam entre -3,3% e + 2,8%, com mediana negativa de 2,0%, ao passo que, no acumulado de 12 meses, o índice acumula recuo de 0,2%. Para ler o relatório completo, acesse aqui.

POLÍTICA NO BRASIL

O ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Marco Gonçalves Dias, deixou o governo na tarde desta quarta-feira (19/04) depois de aparecer em imagens divulgadas pela CNN Brasil durante os atos extremistas do 8 de Janeiro. Durante a reunião entre os ministros e o presidente, Lula teria sugerido a Gonçalves Dias que ele só se afastasse do cargo ao final das investigações da Polícia Federal. Contudo, o chefe do GSI preferiu pedir demissão. (Poder 360)

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou que o projeto de arcabouço fiscal apresentado ao Congresso é “bastante razoável”, mas disse que é preciso observar como vai se dar o processo de aprovação e a celeridade da votação. “Acho que foi uma boa indicação de que estamos avançando na direção certa”, avaliou. Além disso, Campos Neto reiterou que não há uma “relação mecânica” entre a aprovação da nova regra fiscal com a política monetária. (Valor)

Em um momento de aperto na oferta de crédito e de dificuldades financeiras apresentadas por empresas, o governo lançou nesta quinta-feira (20/04) um pacote de medidas para “facilitar o acesso e reduzir as taxas de juros”. Ao todo, são 16 ações, divididas em três eixos: crédito bancário, mercado de capitais e seguros. As medidas vão de mudanças na regulamentação da Lei do Super endividamento a um sistema de garantias para incentivar investimentos em projetos de parcerias público-privadas (PPPs). (Valor)

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), cobrou do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, a redução “imediata” das taxas de juros no Brasil. Segundo Pacheco, as condições para reduzir as taxas de juros estão dadas. “A inflação, meu querido Campos Neto, está contida e em ritmo de queda. Nossa moeda é estável e tivemos na semana passada abaixo de R$ 5 o dólar. Agora precisamos crescer o Brasil e não conseguiremos com a taxa de juros a 13,75%“. (Poder 360)

O presidente dos Estados Unidos Joe Biden vai anunciar, nesta quinta-feira (20), no Fórum das Grandes Economias sobre Energia e Clima, que solicitará US$ 500 milhões  para o Fundo Amazônia para os próximos cinco anos, de acordo com a Casa Branca. Ele precisa da aprovação do Congresso para a liberação dos recursos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participará da reunião, que ocorre às 9h30. (CNN)

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