Ibovespa dispara após leitura positiva do IPCA
NESTA MANHÃ
- As atenções do mercado hoje devem se voltar para os EUA, com a divulgação do CPI e a Ata do Fed, que provavelmente darão pistas sobre a decisão do Fed na reunião de maio. No Brasil, investidores também monitoram a divulgação das Vendas no Varejo. Além disso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chega, nesta quarta-feira (12) pela manhã, à China.
- As bolsas na Ásia fecharam majoritariamente em alta, com investidores à espera de novos dados de inflação dos EUA que deverão ajudar a determinar a trajetória dos juros americanos. O índice Hang Seng caiu 0,86%, enquanto Nikkei registrou alta de 0,57% e o Xangai Composto avançou 0,41%.
- Na Europa os mercados acionários operam em alta moderada, com a cautela prevalecendo antes de novos dados da inflação americana. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 avança 0,35%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura mista.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,45%.
- Os contratos futuros do Brent sobem 0,33%, a US$ 85,89 o barril.
- O ouro avança 0,38%, a US$ 2.010,96 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 30,1 mil.
AGENDA DO DIA
- 09:00 Brasil: Vendas no Varejo (PMC) (Jan)
- 09:30 EUA: Índice de Preços ao Consumidor (CPI) (Mar)
- 13:00 Brasil: Confiança do Consumidor Reuters/Ipsos (Abr)
- 15:00 EUA: Ata do Fed
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
Em dia de apetite por ativos brasileiros e de descompressão na curva de juros, na ponta longa e na curta, o Ibovespa teve o seu maior avanço em percentual desde 3 de outubro (5,54%). A euforia veio ainda pela manhã, com a divulgação abaixo do esperado para o IPCA, que desacelerou em março e teve uma leitura positiva, com arrefecimento dos núcleos e da difusão. Assim, com a expectativa de que o Copom possa sinalizar em breve postura menos dura com relação à Selic, investidores foram às compras. Ao fim, o índice da B3 mostrava alta de 4,29%, a 106.213,76 pontos.
Os juros futuros encerraram em queda firme, embalados pela leitura positiva do IPCA e pelo apetite por ativos emergentes que também ajudou a bolsa a subir. As apostas no ciclo de queda da Selic cresceram e já são majoritárias na precificação do mercado para o Copom de junho.
Com relatos de fluxo de recursos estrangeiros para renda fixa e ações locais e em dia de desmonte de posições defensivas no mercado futuro, o dólar recuou 1,16%, cotado a R$ 5,0070, menor valor de fechamento desde 10 de junho de 2022.
EXTERIOR
As bolsas de Nova York fecharam mistas, à medida que ganhos de bancos e petroleiras compensaram parcialmente a pressão sobre tecnologia. Investidores se posicionaram para as divulgações de inflação ao consumidor (CPI) e da ata do Federal Reserve (Fed). No fechamento, o índice Dow Jones subiu 0,29%, enquanto o S&P 500 teve variação praticamente estável e o Nasdaq perdeu 0,43%.
Os rendimentos dos Treasuries operaram sem sinal único, em uma sessão que antecede a divulgação do CPI dos EUA em março, o qual investidores monitoram pela possibilidade de determinar os próximos passos da política do Fed. Dirigentes comentaram o tema, além de falarem sobre as condições de crédito nos EUA.
O dólar recuou ante outras moedas principais, como euro e libra, com investidores atentos a sinais de grandes bancos centrais e também a indicadores. O índice DXY registrou queda de 0,36%.
O presidente da distrital do Fed em Nova York, John Williams, afirmou que considera “razoável” a expectativa por mais uma alta de 25 pontos-base nos juros em maio, que levaria a taxa básica ao pico entre 5,00% e 5,25%. Já o presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, recomendou que a instituição seja “prudente” para avaliar os potenciais impactos dos recentes estresses no setor financeiro.
A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, afirmou que “não viu evidências que sugerem uma contração no crédito nos EUA”, e disse que não antecipa uma retração na economia americana, apesar de reconhecer riscos.
INDICADORES ECONÔMICOS INTERNACIONAIS
O Fundo Monetário Internacional (FMI) cortou a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) global este ano, de 2,9% a 2,8%, em seu relatório de Perspectiva Econômica Mundial (WEO) . Para a entidade, as recentes turbulências bancárias amplificam os riscos em um cenário de aperto monetário.
INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL
A inflação medida pelo IPCA fechou março com alta de 0,71%, ante um avanço de 0,84% em fevereiro, de acordo com o IBGE. O resultado ficou abaixo das estimativas das expectativas da Órama (0,79%) e do mercado (0,77%). No acumulado de 12 meses, o índice teve alta de 4,65%, menor resultado acumulado desde janeiro/2021. Nessa comparação, a expectativa era de 4,71%.
A leitura foi positiva, com desaceleração dos núcleos e um índice de difusão mais baixo. Para 2023, mantemos nossa projeção de 6%. Para ler o relatório completo da Órama para o IPCA de março, acesse aqui.
POLÍTICA NO BRASIL
O Congresso Nacional instalou na tarde desta terça-feira (11) as 3 comissões mistas para analisar as MPs (Medidas Provisórias) editadas pelo presidente Lula (PT). No entanto, só duas relatorias foram definidas. O relator da MP 1.162, que analisa a retomada do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, será o deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP), enquanto o deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL) será o relator da MP 1.154, que trata da estrutura dos ministérios do novo governo. (Poder 360)
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse nesta terça-feira (11) que a entrega ao Congresso Nacional da proposta de nova regra fiscal para limitar as despesas da União será feita somente no retorno da viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ministro Fernando Haddad, da Fazenda. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) será entregue antes, até a próxima sexta-feira (14). (CNN)
Após meses de impasse sobre a relatoria do Orçamento, a Comissão Mista do Orçamento (CMO) foi instalada ontem (11) e a senadora Daniella Ribeiro (PSD-PB) foi eleita para conduzir os trabalhos do colegiado. O PL venceu a disputa direta com União Brasil e emplacou o deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP) como relator da proposta de Orçamento de 2024. (Valor)
NOTÍCIAS CORPORATIVAS:
A Americanas informou na terça-feira (11) que alguns bancos concordaram em suspender temporariamente as disputas judiciais em curso. De acordo com o comunicado divulgado ao mercado, a trégua será usada para negociar um plano de recuperação judicial satisfatório para os credores e que viabilize o futuro operacional da varejista. No anúncio, a companhia não detalhou as instituições financeiras envolvidas no acordo nem o período da suspensão negociada. (Poder 360 / Valor)
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