Investidores aguardam divulgação da inflação no Brasil e relatório do FMI
NESTA MANHÃ
- Hoje, o mercado deve focar na divulgação da inflação (IPCA) de março. Além disso, teremos o relatório do FMI de Perspectiva Econômica Mundial (WEO) e discursos de três dirigentes do Fed.
- As bolsas na Ásia fecharam majoritariamente em alta, após dados da inflação chinesa mais fracos do que o esperado e o banco central sul-coreano deixar seus juros inalterados. O índice Kospi subiu 1,42%, enquanto Nikkei registrou alta de 1,05% e o Xangai Composto recuou 0,05%.
- O índice de Preços ao Consumidor (CPI) da China subiu 0,7% em março, na comparação anual. O resultado apresentou ritmo menor do que o esperado por analistas consultados pelo Wall Street Journal, que previam alta de 0,9%. Já a inflação ao produtor (PPI) teve queda de 2,5% em março, na comparação anual. O resultado veio em linha com o consenso dos especialistas.
- Na Europa, Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 1,06%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura mista.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,39%.
- Os contratos futuros do Brent sobem 0,37%, a US$ 84,49 o barril.
- O ouro avança 0,60%, a US$ 2.002,20 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 30,2 mil.
AGENDA DO DIA
- 09:00 Brasil: IPCA (Mar)
- 10:00 EUA: Relatório FMI de Perspectiva Econômica Mundial (WEO)
- 17:00 EUA: Discurso de membro do FOMC
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
O Ibovespa encerrou o pregão em alta de 1,02%, aos 101.846,64 pontos, em sessão com liquidez reduzida, em meio ao prosseguimento do feriado de Páscoa nos principais mercados europeus. As ações de commodities e de bancos avançaram, mesmo sem a contribuição do petróleo e do minério de ferro na sessão. Apesar do recuo em torno de 1% para o petróleo à tarde, Petrobras ON e PN fecharam o dia em alta, respectivamente, de 2,66% e 2,13%. Vale ON, por sua vez, subiu 1,93%, em dia de recuo de 1,83% para o minério de ferro em Dalian, na China.
Em sessão de oscilações limitadas e baixa liquidez, os juros futuros de curto prazo terminaram o dia em queda, enquanto os longos ficaram perto da estabilidade. O IGP-DI de março abaixo do estimado, somado a mais uma pesquisa Focus apontando relativa estabilidade nas medianas de inflação, influenciou as taxas até o miolo da curva e as longas estiveram à deriva, atreladas ao ambiente externo. A pouca inspiração para os negócios teve como pano de fundo a cautela com a agenda da semana, com destaque para o IPCA, inflação nos EUA e ata do Fed.
O dólar à vista iniciou a semana em leve alta no mercado de câmbio doméstico, em sintonia com a onda de fortalecimento da moeda americana no exterior. Após dados do payroll nos EUA de março mostrarem que o mercado de trabalho americano segue apertado, voltaram a ser majoritárias as apostas em alta de 25 pontos-base da taxa de juros pelo Fed em maio. A moeda encerrou a sessão cotada a R$ 5,0660, em alta de 0,16%.
EXTERIOR
As bolsas de Nova York fecharam sem sinal único, em uma sessão que repercutiu a publicação do relatório de empregos (payroll) nos Estados Unidos da última sexta-feira, quando os mercados não operaram em virtude do feriado. As perspectivas pela continuidade do aperto monetário pelo Fed após a divulgação do indicador pressionaram as ações.
O índice Dow Jones fechou em alta de 0,30%, enquanto o S&P 500 subiu 0,10% e o Nasdaq recuou 0,03%.
Os retornos dos Treasuries subiram, o monitoramento do CME Group apontava no fim do pregão mais de 70% de chance de uma alta de 25 pb nos juros em 3 de maio pelo Fed. Na avaliação do Deutsche Bank, os dirigentes do BC americano “continuam a sinalizar um viés de aperto, embora também enfatizem a incerteza sobre o impacto das condições de crédito na economia”.
O dólar fechou em alta, apoiado pela expectativa por mais aperto monetário pelo Fed. Além disso, cautela com o quadro geopolítico, em meio a tensões entre Estados Unidos e China, e o iene fraco colaboraram para o movimento. Dessa forma, o índice DXY registrou alta de 0,74%.
INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL
A projeção do mercado para a inflação de 2023 aumentou no Boletim Focus divulgado pelo Banco Central. A projeção para o IPCA deste ano passou de 5,96% para 5,98%. Um mês antes, a mediana era de 5,96%. Para 2024, horizonte cada vez mais relevante para a estratégia de convergência à inflação do BC, a projeção subiu de 4,13% para 4,14% na última semana, contra 4,02% de quatro semanas atrás.A mediana para a alta do PIB em 2023 subiu de 0,90% para 0,91%, contra 0,89% há um mês. Para 2024, o Relatório Focus saiu de um PIB de 1,48% para 1,44%, contra 1,50% de um mês atrás.
A produção de veículos subiu 20% no mês passado, na comparação com o mesmo período de 2022, registrando um total de 221,8 mil unidades, entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus. O balanço foi divulgado pela Anfavea, a associação das montadoras, e mostra que frente a fevereiro, um mês mais curto, a produção avançou 37,3%.
O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou queda de 0,34% em março, após uma elevação de 0,04% em fevereiro, de acordo com a Fundação Getúlio Vargas. O resultado do indicador ficou abaixo do intervalo das previsões do mercado financeiro, que estimavam desde uma queda de 0,26% a alta de 0,15%, com mediana negativa de 0,09%.
POLÍTICA NO BRASIL
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta segunda-feira (10/04) os 6 eixos principais para o setor do desenvolvimento no seu governo: transportes, infraestrutura social, inclusão digital e conectividade, infraestrutura urbana, água para todos e transição energética. A declaração do petista foi dada durante o pronunciamento de 100 dias de governo. “Retomamos a capacidade de planejamento de longo prazo. E esse planejamento será traduzido em um grande programa que traz de volta o papel do setor público como indutor dos investimentos estratégicos em infraestrutura”. “Vamos aproveitar a experiência que já tivemos com o PAC e os programas de concessão para aprimorar esses mecanismos, tornando-os ainda mais eficientes.” (Poder 360/Agência Brasil)
O presidente Lula (PT) disse nesta segunda-feira (10/04) que aproveitará sua viagem à China, nesta semana, para convidar Xi Jinpinga visitar o Brasil nos próximos meses. Além disso, disse que tem o objetivo de convencer os chineses a investirem em novos ativos, como obras de infraestrutura. (Valor)
O Congresso vai instalar e eleger os integrantes de comissões mistas, com deputados e senadores, nesta terça-feira (11/04). As comissões vão analisar MPs (medidas provisórias) do atual governo. Eis as medidas a serem analisadas nas 4 comissões: Criação e reorganização dos ministérios no governo Lula (MP 1.154 de 2023), retomada do programa de habitação Minha Casa, Minha Vida (MP 1.162 de 2023) e retomada do Bolsa Família (MP 1.164 de 2023). (Poder 360)
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