Dados fracos nos EUA contrastam com PMIs fortes na China
NESTA MANHÃ
- Hoje, o mercado brasileiro deve prestar atenção na entrevista do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, à BandNews. Lá fora, o foco deve ser no discurso do Presidente do Fed de St.Loius, James Bullard, e nos dados de pedidos de auxílio-desemprego dos Estados Unidos.
- As bolsas na Ásia fecharam majoritariamente em baixa, após dados fracos de atividade dos EUA intensificarem temores de que a maior economia do mundo possa ter uma recessão. O índice Hang Seng subiu 0,28%, enquanto Xangai Composto ficou estável e o Nikkei registrou baixa de 1,22%.
- O índice de gerentes de compras (PMI) de serviços da China avançou de 55,0 em fevereiro para 57,8 em março. O PMI composto chinês, que engloba serviços e indústria, também aumentou, de 54,2 para 54,5 no mesmo período.
- Na Europa, os mercados acionários operam em alta modesta à medida que dados fortes da indústria alemã se sobrepõem a preocupações sobre a possibilidade de recessão nos EUA. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 avança 0,55%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura mista.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,27%.
- Os contratos futuros do Brent caem 0,02%, a US$ 84,97 o barril.
- O ouro recua 0,05%, a US$ 2.019,65 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 27,9 mil.
AGENDA DO DIA
- 09:30 EUA: Pedidos Iniciais por Seguro-Desemprego
- 11:00 EUA: Discurso Membro FOMC
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
O Ibovespa fechou recuando 0,88% aos 100.978 pontos. Contribuiu para a contenção de perdas na sessão, as ações da Petrobras viraram para o positivo à tarde após a empresa informar ao mercado que não recebeu nenhuma proposta do Ministério das Minas e Energia para alterar a política de preços, rumor que havia direcionado as ações da estatal ao negativo.
A sessão foi de queda para os juros futuros, após dados fracos do mercado de trabalho americano e de declarações do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, elogiosas ao arcabouço fiscal na tentativa de dissipar os ruídos em torno da relação entre BC e Fazenda.
O dólar à vista encerrou a sessão de quarta-feira em queda de 0,66% aos R$ R$ 5,0488, dia em que o real mostrou o melhor desempenho entre as 33 moedas.
EXTERIOR
As bolsas de Nova York fecharam sem direção única, após novos sinais de enfraquecimento da economia americana induzirem investidores a uma postura defensiva.
O Dow Jones encerrou o pregão em alta de 0,24%, enquanto o S&P 500 recuou 0,25% e o Nasdaq cedeu 1,07%, a 11.996,86 pontos.
Os rendimentos dos Treasuries caíram novamente, à medida que são pressionados, ao mesmo tempo, por temores de enfraquecimento da economia americana e, consequentemente, pelo aumento da perspectiva de que o Fed possa ser menos agressivo.
O dólar subiu ante outras moedas principais. Investidores monitoraram indicadores dos dois lados do Atlântico, bem como declarações de dirigentes de bancos centrais, inclusive do Fed. Silvana Tenreyro, dirigente do BoE disse que apenas nas próximas “semanas e meses” ficará claro se a turbulência causará um aperto nas condições de crédito, e acrescentou que uma grande mudança no quadro poderia forçar o banco central britânico a responder. O dirigente do Fed, Loretta Mester, reafirmou que os juros devem subir “um pouco mais”, para acima de 5%, antes de uma pausa no ciclo de aperto. O índice DXY registrou alta de 0,26%.
INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA
A Automatic Data Processing (ADP) informou que o setor privado americano criou 145 mil vagas de trabalho em março, bem abaixo do consenso projetado por economistas consultados pelo “The Wall Street Journal”, de 210 mil vagas, e também substancialmente menos do que as 242 mil vagas criadas em fevereiro
O índice de gerentes de compras (PMI) do setor de serviços dos EUA, medido pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês) caiu de 55,1 em fevereiro para 51,2 em março, bem abaixo da estimativa de consenso de 54,3 pontos.
POLÍTICA NO BRASIL
Os dois novos decretos do saneamento básico, assinados na quarta-feira (05) pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT), trazem mudanças controversas entre especialistas do setor, que apontam risco de questionamentos judiciais. O primeiro deles é a permissão para que estatais regularizem contratos precários. O segundo é uma autorização para que companhias estaduais prestem o serviço em microrregiões sem necessidade de licitação. (Valor / CNN)
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que é necessário reconhecer o esforço que o governo e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, têm feito em relação à proposta de arcabouço fiscal, divulgada na semana passada. “Elimina um risco de cauda para quem achava que a dívida poderia ter uma trajetória explosiva”, disse o dirigente. (Valor)
Jair Bolsonaro afirmou em depoimento à Polícia Federal na quarta (05) que ficou sabendo da existência das joias sauditas em dezembro de 2022, mais de um ano após elas terem chegado ao país. Bolsonaro disse ainda, segundo sua defesa, que não se lembra de quem o avisou da apreensão das joias pela Receita Federal. (CNN)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarcará para a China na segunda-feira (10). A viagem começará em Xangai, no dia 13, com a cerimônia de posse de Dilma Rousseff (PT) como presidente do NBD (Novo Banco de Desenvolvimento), o banco dos Brics. Na sexta (14), Lula tem um encontro marcado com o presidente chinês, Xi Jinping, em Pequim. São esperados anúncios de 15 a 20 acordos econômicos e tecnológicos. Na área tecnológica, um dos focos é ampliar o 5G e a parceria no lançamento de satélites. Na economia, a expectativa é por uma maior abertura do mercado para produtos do agronegócio brasileiro e ampliação dos investimentos chineses em infraestrutura no país. (Poder360)
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