Petrobras – Lucro líquido de R$ 43 bilhões e forte geração de caixa

Crescimento nas vendas motivadas pela retomada da demanda

A Petrobrás fechou o 4T22 com uma receita líquida de R$ 158 bilhões, alta de 18% frente ao mesmo período ano anterior. Os derivados de petróleo no mercado interno atingiram R$ 99 bilhões em vendas, com acréscimo de 21% em relação ao 4T21. O expressivo aumento nos números foi motivado pelas vendas para a Acelen (refinaria de Marataipe). No resultado anual, as receitas líquidas também tiveram aumento de 42%. O cenário foi favorecido pela alta do Brent em relação a 2021 e maiores preços de derivados e gás natural, puxadas pela redução na oferta do produto, devido à guerra na Ucrânia.

Aumento nas despesas, mas com relevante expansão de caixa

A geração de caixa medida pelo EBITDA fechou 4T22 com alta de 16% comparado com o 4T21, totalizando R$ 73 bilhões. Sendo que 2022 encerrou com aumento de 45% frente ao ano anterior. Houve um aumento de 1250% nas despesas operacionais que totalizou R$ 18 bilhões no 4T22. Este acréscimo foi motivado principalmente pelo aumento nas despesas para exploração de petróleo e gás devido à baixa de poços que passou de R$ 834 milhões no 4T21 para R$ 3,5 bilhões no 4T22, impairment (deterioração) e gastos com contingências judiciais. Apesar do aumento nas despesas, houve uma forte geração de caixa.

Alta de 37% no lucro líquido com cenário favorável para o investidor

No 4T22, o Lucro líquido da Petrobrás, foi de R$ 43 bilhões, alta de 37% comparado com o mesmo período do ano anterior. Em 2022, o lucro líquido atingiu R$ 189 bilhões, alta de 76% em relação ao ano anterior. Os investimentos do semestre na cadeia produtiva foram de R$ 3 bilhões, 9% superior que 4T21 e se concentraram em construção de plataformas, perfuração de poços. O ROCE (retorno sobre o capital) no período, fechou em 16%, aumento de 8p.p comparado com 4T21. Mesmo com o cenário externo desafiador, a Petrobrás alcançou fortes resultados e o Conselho de Administração aprovou distribuição de dividendos de R$ 2,75 por ação relativos ao 4T22, portanto vale ressaltar que o novo cenário político pode trazer uma incerteza em relação a solidez do papel.