Investidores apostam em postura menos rígida do Fed após quebra do SVB

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NESTA MANHÃ
  • As bolsas na Ásia fecharam em forte baixa, com agressiva venda de ações de bancos em Tóquio e em outros mercados, enquanto investidores monitoram as consequências da recente quebra de dois bancos regionais dos EUA. O índice Hang Seng recuou 2,27%, enquanto Xangai Composto caiu 0,72% e o Nikkei registrou baixa de 2,19%.
  • Na Europa as bolsas oscilam entre leves altas e baixas desde a abertura dos negócios, Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,13%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura negativa.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,60%.
  • Os contratos futuros do Brent caem 2,17%, a US$ 79,02 o barril.
  • O ouro recua 0,62%, a US$ 1.901,65 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 24,2 mil.
AGENDA DO DIA
  • 08:00 Zona do Euro: ECOFIN Meetings 
  • 09:30 EUA: CPI – Índice de Preços ao Consumidor (Fev)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa fechou em queda de 0,48%, aos 103.121,36 pontos, com atenções voltadas à atuação dos agentes econômicos americanos em meio à crise de quebra da maior instituição financeira desde 2008, o Silicon Valley Bank (SVB). O resultado também foi influenciado pelo desempenho negativo das ações preferenciais da Petrobras, que recuaram 3,16%, em dia de queda de mais de 2% no Brent.

Os juros futuros fecharam em forte queda, refletindo a reprecificação das apostas de política monetária tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, tendo ainda como pano de fundo o risco de que uma possível crise no mercado de crédito resulte em uma recessão após o colapso de dois bancos americanos na semana passada. Mesmo com as intervenções do Federal Reserve para estancar os efeitos no sistema bancário, o mercado viu o evento como um sinal de alerta para as ações dos bancos centrais.

O dólar encerrou a sessão em forte alta de 1,16%, cotado a R$ 5,2690  e atingindo o maior nível em mais de um mês, alinhado à onda de fortalecimento da moeda americana frente a pares emergentes do real com aumento da aversão ao risco no exterior.

EXTERIOR

Os mercados acionários de Nova York fecharam mistos, em pregão marcado pela volatilidade em meio à crescente aposta de que a quebra de Silicon Valley e Signature Bank levem a uma postura menos rígida do Federal Reserve. As expectativas de fim do aperto monetário impulsionaram o setor de tecnologia, mas os papéis de bancos ficaram sob forte pressão, sobretudo os regionais.

O índice Dow Jones fechou em queda de 0,28%, enquanto o S&P 500 cedeu 0,15% e o Nasdaq subiu 0,45%.

Os retornos dos Treasuries e o dólar recuaram, pressionados pela precificação de investidores do esperado aperto monetário do Fed na próxima semana, após a falência do Silicon Valley Bank (SVB) e do Signature Bank. Analistas apontam que o BC americano deve reduzir o ritmo de novas altas de juros, enquanto o mercado já amplia expectativas por cortes de taxa ainda este ano. O índice DXY fechou em queda de 0,94%, aos 103,595 pontos. 

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL:

De acordo com o Boletim Focus, publicado nesta segunda-feira (13), a projeção para o IPCA deste ano passou de 5,90% para 5,96%. Um mês antes, a mediana era de 5,79%. Para 2024, horizonte cada vez mais relevante para a estratégia de convergência à inflação do BC, a projeção continuou em 4,02% pela terceira semana seguida, de 4,00% há quatro semanas.

A mediana para a alta do PIB em 2023 passou de 0,85% para 0,89%, contra 0,76% há um mês. Para 2024, o Relatório Focus mostrou estabilidade na perspectiva de crescimento do PIB em 1,50%, mesma projeção há 11 semanas.

POLÍTICA NO BRASIL

Na quarta-feira (15/03) ocorrerá o evento de lançamento da Frente Parlamentar Brasil-China e Frente do Brics, bloco formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul do Congresso Nacional. A cerimônia ocorre dias antes da viagem do presidente Lula à China. O petista deve ir ao país asiático em 26 de março e retornar ao Brasil no dia 30. (Poder 360)

O Ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, avaliou, em encontro da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), que tem observado a formação de um “ambiente extremamente positivo” para a aprovação da proposta da reforma tributária no Congresso Nacional. Padilha ressaltou que a proposta aprovada será a “possível e necessária”, mas que essencialmente crie um “ambiente propício a quem quer investir no país”. (Valor)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na segunda-feira (14/03) que, apesar das turbulências internacionais em razão da falência do Silicon Valley Bank (SVB), há espaço no Brasil que permite corte em taxa de juros, principalmente por conta da “robustez” do sistema financeiro brasileiro. (Valor)

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