Investidores monitoram possíveis consequências da quebra do SVB

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NESTA MANHÃ
  • As bolsas na Ásia fecharam com viés de alta, após reguladores nos EUA se mobilizarem no fim de semana para conter os impactos da falência do banco americano Silicon Valley Bank (SVB). O índice Hang Seng avançou 1,95%, enquanto Xangai Composto subiu 1,20% e o Nikkei registrou baixa de 1,11%.
  • Na Europa as bolsas operam em forte baixa, à medida que ações de bancos continuam a mostrar robustas perdas na região, mesmo após autoridades se mobilizarem para limitar o impacto da falência do americano SVB. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 2,26%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura negativa.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,56%.
  • Os contratos futuros do Brent caem 1,70%, a US$ 81,37 o barril.
  • O ouro avança 0,92%, a US$ 1.885,40 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 21,9 mil.
AGENDA DO DIA
  • 08:25 Brasil: Boletim Focus 
  • 11:00 EUA: Índice de Tendência de Emprego (Fev)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa caiu 1,38%, aos 103.618,20 pontos, refletindo a cautela do investidor com o cenário externo e doméstico. No exterior, a quebra do Silicon Valley Bank (SVB) (entenda mais aqui) renovou a aversão global a risco, em meio a leituras mistas do payroll dos EUA em fevereiro. Por aqui, o IPCA de fevereiro acima do esperado diminuiu as apostas de antecipação dos cortes da Selic. Com o resultado, o índice encerrou a semana em queda de 0,24%.

Após uma sequência de quatro quedas consecutivas, os juros futuros fecharam em alta, em um movimento de realização de lucros que pela manhã se limitava às taxas curtas com respaldo do IPCA acima do consenso. A ponta longa inicialmente cedia, alinhada ao comportamento dos rendimentos dos Treasuries, mas passou a avançar à tarde, com um noticiário farto para as contas públicas e aumento da aversão ao risco em Wall Street.

O dólar encerrou o pregão em alta de 1,30%, cotado a R$ 5,2077. Investidores repercutiram dados atualizados do Payroll nos EUA e monitoraram notícias sobre inflação e o arcabouço fiscal no Brasil. A moeda fechou a semana em alta de 0,15%

EXTERIOR

Os mercados acionários de Nova York fecharam em forte baixa, em sessão volátil, pressionados pelo setor bancário em meio à crise do Silicon Valley Bank (SVB), e empurrados pela forte geração de vagas de emprego nos Estados Unidos. O índice Dow Jones caiu 1,07%, enquanto o S&P 500 cedeu 1,45% e o Nasdaq fechou em baixa de 1,76%. Na semana, as perdas foram de 4,44%, 4,55% e 4,71%, respectivamente.

O dólar perdeu força ante rivais e os rendimentos do Treasuries recuaram, após o fechamento do SVB deflagrar fuga do risco em Wall Street. O índice DXY fechou a sessão em queda de 0,70%, com alta de 0,05% na semana.

Com US$ 209 bilhões em ativos e US$ 175,4 bilhões em depósitos, o Silicon Valley Bank se tornou o maior banco americano a quebrar desde a crise financeira de 2008 ao ser fechado por reguladores americanos nesta sexta-feira (10/03). O rápido colapso do SVB começou na última quarta-feira, quando a companhia anunciou uma perda de quase US$ 2 bilhões ao tentar levantar capital para lidar com a fuga de depósitos. O banco se notabilizou pelo foco em start-ups do Vale do Silício, que enfrentam dificuldades relativas ao encarecimento do crédito, diante do avanço dos juros. Para entender melhor, acesse aqui.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

Os Estados Unidos criaram 311 mil vagas em fevereiro, de acordo com o relatório de emprego (payroll) divulgado pelo Departamento do Trabalho do país. O resultado ficou acima da expectativa do mercado de criação de 220 mil postos de trabalho. A taxa de desemprego nos EUA subiu a 3,6% em fevereiro, ante a expectativa de estabilidade em 3,4%. 

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL:

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou fevereiro com alta de 0,84%, ante um avanço de 0,53% em janeiro, conforme informou o IBGE. O resultado ficou dentro do intervalo das estimativas, que previam um avanço de 0,67% a 0,89%, mas acima da mediana positiva de 0,78%. A taxa acumulada pela inflação no ano ficou em 1,37%. O resultado acumulado em 12 meses foi de 5,60% até fevereiro, ante taxa de 5,77% até janeiro.

Com a divulgação, aumentamos a projeção de 2023 para 5,7%, dos 5,6% anteriores. Ao passo que para março, esperamos uma alta de 0,83%, com influência, em especial, da reoneração dos combustíveis que ocorreu no início do mês. Leia o relatório completo aqui.

POLÍTICA NO BRASIL

União e Estados chegaram a um entendimento no valor de R$ 26,9 bilhões, para repor perdas de arrecadação do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sofridas pelos Estados em função da desoneração de combustíveis feita no ano passado, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. (Valor)

A CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado votará e deve aprovar na terça-feira (14) um convite para o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, dar explicações sobre o nível atual da taxa básica de juros, a Selic. O economista já se colocou à disposição para ir ao colegiado. (Poder 360)

As negociações da B3, bolsa de valores brasileira, voltam a fechar às 17h a partir desta segunda-feira (13). A mudança visa a adequar fechamento no Brasil ao horário de verão nos Estados Unidos. A abertura do mercado continuará às 10h, conforme o anúncio da bolsa. A pré-abertura começa 15 minutos antes, às 9h45, e a negociação do after-market será das 17h30 às 18h. (Poder 360)

PAINEL DE COTAÇÕES

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