Discurso de Powell reforça aperto monetário mais agressivo

Compartilhe o post:
NESTA MANHÃ
  • As bolsas na Ásia fecharam com viés de baixa, após tendência de uma escalada mais agressiva da política monetária americana. O índice Hang Seng liderou as perdas com queda de 2,35%, enquanto o Xangai Composto registrou baixa de 0,06% e o Nikkei avançou 0,48%.
  • Na Europa as bolsas operam em leve baixa, ampliando perdas do último fechamento, enquanto investidores ainda digerem sinais hawkish dos juros dos EUA. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,23%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura negativa.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,98%.
  • Os contratos futuros do Brent caem 0,04%, a US$ 83,26 o barril.
  • O ouro avança 0,05%, a US$ 1.814,35 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 22 mil.
AGENDA DO DIA
  • 10:15 EUA: Relatório de Empregos Privados ADP (Fev)
  • 10:30 EUA: Balança Comercial (Jan)
  • 12:00 EUA: Depoimento de Jerome Powell, Presidente do Fed 
  • 13:00 Brasil: Confiança do Consumidor Reuters/Ipsos (Mar)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa encerrou o pregão em queda de 0,45%, aos 104.227,93 pontos. Investidores monitoraram eventuais sinais de avanço nas discussões sobre o novo arcabouço fiscal e a reforma tributária, além de repercutirem o discurso de Jerome Powell, presidente do Fed, ao Senado americano.

Os juros futuros operaram com sinal de baixa durante todo o dia, enfraquecido depois do aumento das apostas em uma ação mais agressiva do Fed na política monetária na esteira do discurso do presidente da instituição.

O dólar fechou o dia cotado a R$ 5,1930, com avanço de 0,46%. Apesar da alta, a divisa ainda acumula baixa de 0,63% no mês.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam em queda, em dia marcado por cautela seguindo comentários de Powell, reforçando expectativas por aperto monetário mais agressivo. Após as declarações, o mercado ampliou apostas por juros acima de 5,5% até o final do ano, o que prejudicou o apetite por risco em Wall Street. O índice Dow Jones encerrou o pregão com baixa de 1,72%, enquanto o S&P 500 caiu 1,53% e o Nasdaq recuou 1,25%.

Os rendimentos dos Treasuries fecharam sem direção única, com o retorno da T-note de 2 anos acima de 5% pela primeira vez desde junho de 2007. Assim, a inversão da curva entre os títulos de 2 e 10 anos atingiu a maior amplitude em mais de quatro décadas. 

O dólar teve forte alta ante rivais e emergentes, após sinalização de pico de juros acima do esperado e abrir caminho para possível alta de 50 pontos-base em março. O movimento turbinou o índice DXY ao maior nível em dois meses, com fechamento em alta de 1,21%.

Em depoimento no Comitê Bancário do Senado, Powell afirmou que os dados da economia americana ainda estão fortes, alertando que janeiro parece ter revertido parcialmente tendências de abrandamento da inflação. De acordo com o dirigente, se “futuros dados” permanecerem fortes, o Fed pode elevar seus juros em um ritmo acelerado e a um nível muito maior do que o esperado.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

O crédito ao consumidor dos Estados Unidos cresceu US$ 14,8 bilhões em janeiro ante dezembro, conforme informou o Federal Reserve. Analistas ouvidos pelo The Wall Street Journal previam alta de US$ 22,0 bilhões.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou alta de 0,04% em fevereiro, após uma elevação de 0,06% em janeiro, de acordo com a Fundação Getúlio Vargas. O resultado do indicador ficou dentro do intervalo das previsões do mercado financeiro, que variava desde uma queda de 0,13% a alta de 0,31%, com mediana positiva de 0,05%. Com o resultado, o IGP-DI acumulou uma elevação de 0,09% no ano. Em 12 meses, houve aumento de 1,53%.

POLÍTICA NO BRASIL

O relator da reforma tributária na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), disse que não recebeu nenhum indicativo do governo federal de que este quer incluir a desoneração da folha de pagamentos na reforma tributária. Para ele, o fato não passa de “especulação” e que seu impacto econômico nem foi avaliado ainda. (Poder 360)

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, reuniu-se nesta terça-feira (07) com o ministro das relações exteriores uruguaio, Francisco Bustillo. No encontro, os chanceleres debateram as ações bilaterais dos países em suas respectivas áreas econômicas, em especial sobre o Mercosul. Brasil e Uruguai se comprometeram a cooperar na negociação do tratado de livre comércio entre o bloco sul-americano e a União Europeia. (Poder 360)

PAINEL DE COTAÇÕES

As informações contidas neste material têm caráter meramente informativo, não constitui e nem deve ser interpretado como solicitação de compra ou venda, oferta ou recomendação de qualquer ativo financeiro, investimento, sugestão de alocação ou adoção de estratégias por parte dos destinatários. Este material é destinado à circulação exclusiva para a rede de relacionamento da Órama Investimentos, incluindo agentes autônomos e clientes, podendo também ser divulgado no site e/ou em outros meios de comunicação da Órama. Fica proibida sua reprodução ou redistribuição para qualquer pessoa, no todo ou em parte, qualquer que seja o propósito, sem o prévio consentimento expresso da Órama. 
Compartilhe o post:

Posts Similares