Em dia de divulgação de PIB no Brasil, mercados globais sinalizam cautela

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NESTA MANHÃ
  • As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa, após novos sinais de inflação nos EUA reforçarem expectativas de que os juros americanos ficarão em níveis elevados por mais tempo do que se imaginava. O índice Hang Seng caiu 0,92%, enquanto o Nikkei teve leve recuo 0,06% e o Xangai Composto registrou baixa de 0,05%.
  • As bolsas europeias operam em baixa, com investidores mostrando cautela antes de novos dados de inflação da zona do euro. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,29%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura negativa.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 4,03%.
  • Os contratos futuros do Brent sobem 0,46%, a US$ 84,70 o barril.
  • O ouro recua 0,33%, a US$ 1.830,64 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 23,5 mil.
AGENDA DO DIA
  • 09:00 Brasil: PIB (Anual) 
  • 09:30 Zona do Euro: Pronunciamento Membro BCE
  • 10:30 EUA: Pedidos Iniciais por Seguro-Desemprego

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa encerrou o dia em baixa de 0,52%, aos 104.384,67 pontos, emendando a quarta perda diária. Na semana, o Ibovespa cai 1,34% e no ano cede 4,88%, vindo de perda de 7,49% ao longo de fevereiro. 

Os juros futuros terminaram a sessão com queda nas taxas de curto e médio prazos e avanço nas longas, com o mercado digerindo as entrevistas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre a reoneração dos combustíveis e influenciadas ainda pelo ambiente externo pesado. O investidor assimilou a mensagem do ministro de que o fim da isenção pode ajudar a Selic a cair via melhora fiscal, mas o arranjo para recompor receitas envolvendo a Petrobras foi mal recebido, ajudando a pressionar os vértices longos, também penalizados pela forte abertura da curva dos Treasuries.

Após duas sessões seguidas de alta, o dólar à vista recuou no mercado doméstico de câmbio, acompanhando a onda de desvalorização da moeda americana no exterior, sobretudo em relação a divisas emergentes e de países exportadores de commodities. A moeda encerrou a sessão em queda de 0,67%, cotada a R$ 5,1910.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York tiveram viés negativo após falas hawkish de dirigentes do FED e PMI industrial fraco. O índice Dow Jones encerrou o pregão em alta marginal de 0,02%, enquanto o S&P 500 perdeu 0,47% e o Nasdaq cedeu 0,66%.

Os rendimentos dos Treasuries avançaram fortemente em sessão na qual o retorno da T-note de 2 anos tocou máxima em quase 16 anos e o de uma década voltou a superar a marca de 4%. O movimento é consequência dos  sinais de inflação persistentes no país.

O dólar enfraqueceu ante o euro, mas ganhou frente a libra, à medida que comentários de dirigentes dos principais bancos centrais influenciaram os movimentos no câmbio. Também no radar, dados de atividade industrial demonstraram expansão na China e contração nos EUA e Europa. Desse modo, o índice DXY recuou 0,37%.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

O índice de gerentes de compras (PMI) da indústria dos EUA, elaborado pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM), subiu de 47,4 em janeiro para 47,7 em fevereiro. Analistas ouvidos pelo The Wall Street Journal previam um avanço para 47,6.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

O Brasil registrou fluxo cambial negativo de US$ 791 milhões de 22 a 24 fevereiro (os dias úteis da semana passada), informou o Banco Central. O canal financeiro apresentou saídas líquidas de US$ 320 milhões no período. Isso é o resultado de aportes no valor de US$ 7,448 bilhões e retiradas no total de US$ 7,768 bilhões. O segmento reúne os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, remessas de lucro e pagamento de juros, entre outras operações.

POLÍTICA NO BRASIL

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira(01) a medida provisória 1.139 de 2022, que amplia os prazo das linhas de crédito do Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte). O texto foi enviado pelo governo do então presidente Jair Bolsonaro (PL), em outubro de 2022 e agora vai ao Senado. (Poder 360)

O ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, João Gomes Cravinho, disse que o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia está “muito próximo” de se concretizar. Sem precisar data, Cravinho disse que “nas próximas semanas”, uma delegação de Bruxelas viajará para o Brasil para tratar de detalhes técnicos do acordo. “Estou razoavelmente otimista.”. (Poder 360)

NOTÍCIAS CORPORATIVAS

A Petrobras anunciou na noite de ontem (01) que aprovou a distribuição de R$ 35,8 bilhões relativos ao resultado do quarto trimestre de 2022. No período, a petroleira registrou lucro líquido de R$ 43,3 bilhões, alta de 37,6% na comparação com outubro. Beneficiada pela escalada das cotações internacionais do petróleo, a Petrobras fechou 2022 com o maior lucro anual da história das empresas brasileiras: R$ 188,3 bilhões, alta de 76,6% em relação ao resultado de 2021, que havia sido o maior já anunciado pela estatal. (Valor / Folha)

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