No Brasil, mercado acompanha desfecho da reoneração de impostos sobre combustíveis
NESTA MANHÃ
- As bolsas asiáticas fecharam em alta, após dados mostrarem que a manufatura da China se recuperou com força ao passo que restrições contra a covid-19 foram suspensas no fim do ano passado. O índice Hang Seng saltou 4,21%, o Nikkei avançou 0,26%, enquanto o Xangai Composto registrou alta de 1%.
- O índice de gerentes de compras (PMI) industrial da China avançou de 50,1 em janeiro para 52,6 em fevereiro, o maior nível desde abril de 2012, conforme informou o Escritório Nacional de Estatísticas do país (NBS). O resultado ficou acima da previsão de 50,5.
- As bolsas europeias operam em alta, após dados fortes da manufatura da China aliviarem temores sobre uma desaceleração global. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 avança 0,11%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura negativa.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,93%.
- Os contratos futuros do Brent caem 0,35%, a US$ 83,16 o barril.
- O ouro avança 0,33%, a US$ 1.832,65 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 23,9 mil.
AGENDA DO DIA
- 10:00 Brasil: PMI Industrial S&P Global (Fev)
- 11:45 EUA: PMI Industrial S&P Global (Fev)
- 12:00 EUA: PMI Industrial ISM (Fev)
- 12:00 Brasil: Fluxo Cambial Estrangeiro
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
O Ibovespa apresentou queda de 0,74% a 104.931,93 pontos, encerrando o dia no menor nível desde 3 de janeiro, abaixo dos 105 mil pontos. O último pregão de fevereiro acompanhou um volumoso noticiário corporativo, com foco na reoneração dos preços de gasolina e diesel. Em fevereiro, o Ibovespa teve perda de 7,49%, no que foi seu pior desempenho desde junho passado (-11,50%). No ano, recua agora 4,38%.
Os juros futuros estiveram em alta firme ao longo de toda sessão, devolvendo parte do alívio nos prêmios de risco exibido no fechamento anterior. O mercado aguardou com certa apreensão o detalhamento da nova modelagem para a reoneração dos combustíveis. As explicações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vieram faltando poucos minutos para o fim da sessão e a reação da curva foi negativa, com parte das taxas renovando máximas, com comentários dele a respeito do Copom e da Selic. Outro destaque do dia foi a oferta atipicamente elevada no leilão de NTN-B, vendida integralmente, que também ajudou a puxar as taxas para cima.
O dólar à vista encerrou a sessão cotado a R$ 5,2260, em alta de 0,38%, na contramão da tendência de baixa da moeda americana frente a divisas emergentes pares do real. No mês, o dólar acumulou uma valorização de 2,93%, depois de ter recuado 3,89% em janeiro.
EXTERIOR
As bolsas de Nova York fecharam em queda, após uma deterioração no sentimento de risco no final do pregão apagar os ganhos do início da sessão. A piora em dois indicadores econômicos nos EUA (PMI e índice de confiança do consumidor) chegou a gerar esperanças de arrefecimento no aperto do Fed, mas no fim prevaleceu a avaliação de que as incertezas ainda estão elevadas.
No fechamento, o índice Dow Jones caiu 0,71%, enquanto o S&P 500 perdeu 0,30% e o Nasdaq apresentou queda de 0,10%. No mês, as quedas foram de 4,19%, 2,61% e 1,11%, respectivamente.
Os juros dos Treasuries avançaram durante boa parte da sessão, mas perderam força e recuaram na ponta longa ao fim da tarde, em meio à piora no clima em Wall Street e de olho em indicadores macroeconômicos.
O dólar avançou ante boa parte dos rivais em sessão volátil. As negociações foram marcadas por sensibilidade ao sentimento de risco global e divulgação de dados dos Estados Unidos e da Europa. O índice DXY avançou 0,19%, representando aumento de 2,71% na variação mensal.
INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA
O índice de gerentes de compras (PMI) dos Estados Unidos medido pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM) de Chicago caiu de 44,3 em janeiro para 43,6 em fevereiro, conforme pesquisa da própria instituição. O resultado deste mês veio abaixo da previsão de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam alta do indicador a 45,0.
O índice de confiança do consumidor nos Estados Unidos caiu, pelo segundo mês consecutivo, de 106,0 em janeiro (dado revisado) para 102,9 em fevereiro. O resultado ficou abaixo da previsão de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que projetavam alta a 108,5.
INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL
A taxa de desemprego voltou a cair no País, de 8,1% no trimestre encerrado em novembro de 2022 para 7,9% no trimestre terminado em dezembro, a menor desde fevereiro de 2015, de acordo com os dados divulgados pelo IBGE. Na média do ano passado, a taxa de desemprego foi de 9,3%, melhor desempenho desde 2015. Em 2021, o resultado tinha sido de 13,2%.
POLÍTICA NO BRASIL
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou nesta terça-feira (28) a reoneração da gasolina e do etanol. A mudança fará com que a cobrança do PIS/Cofins sobre a gasolina seja de R$ 0,47 por litro. Já o etanol será reonerado em R$ 0,02 por litro. De acordo com ele, o impacto para a gasolina será de R$ 0,34 por litro, considerando a redução de R$ 0,13 sobre o combustível divulgada pela Petrobras. (Poder 360)
A Petrobras anunciou que a partir de hoje (01), o preço médio de venda de gasolina e do diesel para as distribuidoras vai cair. O anúncio foi feito no mesmo dia em que o governo anunciará o retorno de parte de tributos federais sobre gasolina e etanol, como forma de elevar a arrecadação em um momento de desequilíbrio nas contas públicas. O preço da gasolina para as distribuidoras passará de R$ 3,31 para R$ 3,18 por litro, uma redução de R$ 0,13 por litro, ou seja, queda de 3,92%. No caso do diesel, o preço médio de venda nas refinarias passará de R$ 4,10 para R$ 4,02 por litro, uma redução de R$ 0,08 por litro, o que representa um recuo de 1,95%. (Globo)
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que os juros estão produzindo efeitos maléficos para a economia e que todo setor produtivo está procurando o governo para pedir uma redução na taxa básica de juros. Haddad afirmou que a medida é uma resposta ao setor produtivo e mostra que o governo está “fazendo sua parte”. Disse também que espera que o Banco Central reaja da mesma maneira. (Poder 360)
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