Brasil Foods – Dificuldade no repasse de preço permanece
Brasil Foods
PROTEÍNAS
Dificuldade no repasse de preço permanece.
Alta na receita puxada por preços.
A BRF produziu neste trimestre 1,26 milhão de toneladas de alimentos, número praticamente em linha com o 4T21. A receita da BRF no trimestre atingiu o patamar de 14,8 bilhões de reais, um aumento de 7,6% na comparação anual. Este aumento foi puxado por preço e mudança de mix de produto. O preço médio de venda da empresa subiu 5,6%, fechando o trimestre no patamar de R$ 11,73 por quilo.
Mais um trimestre de custos decolando.
A BRF teve de custo de produção neste trimestre 12,3 bilhões de Reais, uma alta expressiva de 15% na comparação anual. A alta nos preços do grão foram o fator preponderante nesta disparada. Como vimos anteriormente, a alta nos preços não foi proporcional ao que observamos nos custos, e com isso a empresa teve uma redução substancial no seu lucro operacional. A queda no EBITDA ajustado foi da ordem de 40%, terminando o trimestre na casa de R$ 1 bi.
Alavancagem sobe bem, mesmo com redução da dívida.
O endividamento líquido da BRF fechou o ano no patamar de 14,6 bilhões de reais, uma queda de 16% na comparação anual. A queda na dívida foi acompanhada por uma queda ainda maior no EBITDA, o que fez com que a alavancagem da empresa aumentasse ao invés de diminuir. O indicador dívida líquida/EBITDA terminou 2022 no patamar de 3,75x, um nível considerado bastante alto.
Mesmo com o newsflow negativo, vemos uma oportunidade de compra nas ações da BRF. A empresa está avaliada a 7 bilhões de reais no mercado, tendo um bom potencial de melhora na lucratividade já em 2023.
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