Declarações de Fernando Haddad reduzem tensão com política monetária e fiscal
NESTA MANHÃ
- As bolsas na Ásia fecharam com viés de alta, após Wall Street avançar na esteira de dados fortes do setor varejista dos EUA. O índice Nikkei subiu 0,71%, o Hang Seng avançou 0,84%, enquanto o Xangai Composto recuou 0,96%.
- Na Europa, os mercados operam em alta, ao passo que os investidores digerem balanços corporativos da região e comentários “dovish” do BCE. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 avança 0,51%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura positiva.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,78%.
- Os contratos futuros do Brent caem 0,66%, a US$ 84,82 o barril.
- O ouro avança 0,13%, a US$ 1.836,40 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 24,7 mil.
AGENDA DO DIA
- 09:00 Brasil: Reunião do CMN
- 09:00 Brasil: IBC-BR (Dez)
- 10:30 EUA: Relatório de Empregos Fed Filadélfia (Fev)
- 10:30 EUA: Índice de Preços ao Produtor (IPP) (Jan)
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
O Ibovespa avançou 1,62%, a 109.600,14 pontos. Em um momento de bom humor diante de discursos de apoio de governadores à Reforma Tributária, os investidores dispararam ordens de compra e o Ibovespa marcou máximas sucessivas, já próximo da marca dos 110 mil pontos, após ter batido nos 107 mil pontos na mínima do pregão.
Os juros futuros fecharam a sessão em queda com base nas declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que reduziram a tensão com a política fiscal e monetária que vinha pressionando os prêmios de risco nos últimos dias. De acordo com ele, a apresentação do novo arcabouço fiscal foi antecipada para março e, além disso, não está na pauta da reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) a discussão sobre as metas de inflação. Como resultado, o mercado voltou a apostar no corte da Selic no primeiro semestre, conforme a precificação da curva.
O real ficou de fora da festa dos ativos domésticos nesta quarta-feira (15) embalada pela promessa do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de adiantar a divulgação do novo arcabouço fiscal de abril para março. O dólar à vista encerrou a sessão desta cotado a R$ 5,2200, em alta de 0,40%.
EXTERIOR
As bolsas de Nova York fecharam em alta, impulsionadas por papéis de empresas ligadas à tecnologia. Por outro lado, dados de varejo e da indústria dos EUA seguraram os ganhos, já que corroboraram com a visão de que a economia americana está resiliente, impulsionando a perspectiva de que o Fed pode ser mais agressivo e manterá os juros em patamar alto por mais tempo. O índice Dow Jones encerrou a sessão em alta de 0,11%, enquanto o S&P 500 subiu 0,28% e o Nasdaq avançou 0,92%.
Nesse mesmo cenário, com os dados fortes reforçando a tese de uma economia superaquecida nos Estados Unidos e ampliarem as apostas por um aperto monetário mais prolongado do Fed, os retornos dos Treasuries de 10 anos subiram. Do mesmo modo, o dólar teve uma sessão marcada por fortes ganhos ante os seus principais pares do mundo. Com isso, o índice DXY fechou em alta de 0,67%.
INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA
As vendas no varejo dos Estados Unidos tiveram alta de 3% em janeiro ante dezembro, a US$ 697 bilhões, de acordo com dados com ajustes sazonais divulgados pelo Departamento do Comércio. Analistas consultados pelo The Wall Street Journal previam avanço bem menor no período, de 1,9%.
A produção industrial dos Estados Unidos se manteve estável em janeiro ante dezembro, conforme dados publicados pelo Federal Reserve. O resultado ficou abaixo da previsão de analistas consultados pelo WSJ, que previam alta mensal de 0,4% no período.
INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL
O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) subiu 0,02% em fevereiro, após a alta de 0,05% em janeiro, conforme informou a Fundação Getúlio Vargas. O resultado anunciado ficou dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro, que esperavam desde uma queda de 0,30% a alta de 0,28%, com mediana negativa de 0,14%.
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro teve uma elevação de 0,2% em dezembro ante novembro de 2022, de acordo com o Monitor do PIB, apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Na comparação com dezembro de 2021, a atividade econômica teve expansão de 1,4% em dezembro de 2022. Além disso, o Monitor do PIB-FGV aponta que a atividade econômica cresceu 2,9% no ano de 2022. Já a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos no PIB) atingiu o maior nível desde a recessão de 2014-2016, enquanto o consumo das famílias foi recorde na série histórica iniciada em 2001.
POLÍTICA NO BRASIL
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que deve apresentar a nova regra fiscal em março, 1 mês antes que o prazo estipulado anteriormente, para levar o projeto ao Congresso Nacional. A decisão, de acordo com ele, foi tomada em conjunto com a ministra Simone Tebet (Planejamento) e o vice-presidente Geraldo Alckmin (Indústria e Comércio). (Poder 360)
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na noite desta quarta-feira (15) que “é ilusório achar que a reforma administrativa vai representar grandes cortes de despesa”. A afirmação foi feita em jantar promovido pelo grupo Esfera Brasil, em Brasília. (Valor)
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