Falas de Padilha dão suspiro ao mercado

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NESTA MANHÃ
  • As bolsas na Ásia fecharam sem direção única, após Wall Street voltar a sofrer perdas em meio a preocupações com a trajetória dos juros nos EUA. O índice Xangai Composto subiu 1,18%, ao passo que  o Hang Seng teve alta de 1,60% e o Nikkei apresentou ligeira baixa de 0,08%.
  • Na Europa, as bolsas abriram em alta, enquanto investidores digerem uma série de balanços de grandes empresas da região e os últimos dados de inflação da Alemanha, que voltou a acelerar, mas ficou bem abaixo do previsto, Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 avança 0,97%.
  • A taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) da Alemanha atingiu 8,7% em janeiro, acelerando levemente ante 8,6% em dezembro, de acordo com a Destatis. O resultado, porém, ficou bem abaixo da expectativa de analistas consultados pelo WSJ, que previam taxa de 9,4% no mês passado. Na comparação mensal, o CPI alemão subiu 1% em janeiro. Enquanto, o consenso do WSJ era de alta maior, de 1,2%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura negativa.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,59%.
  • Os contratos futuros do Brent sobem 0,20%, a US$ 85,26 o barril.
  • O ouro avança 0,29%, a US$ 1.881,86 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 22,8 mil.
AGENDA DO DIA
  • 09:00 Brasil: IPCA (Jan) 
  • 09:00 Brasil:  Vendas no Varejo (Dez)
  • 15:00 Zona do Euro: Discurso de Membro do BCE

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa se desgarrou da cautela em Nova York e fechou em alta de 1,97%, aos 109.951,49 pontos. Enquanto a incerteza em torno da política monetária americana segurou o apetite por risco lá fora, aqui os investidores foram às compras em busca de descontos, com o Ibovespa ainda acumulando perda de 3,07% no mês, mas voltando ao positivo no ano (+0,20%), tendo permanecido em baixa em 7 das últimas 10 sessões.

A curva de juros continuou devolvendo prêmios, com as taxas curtas e intermediárias completando a terceira sessão seguida de queda. O alívio também se deu na ponta longa, mas em menor magnitude que os demais trechos. 

O dólar à vista caiu 0,06%, a R$ 5,1965, interrompendo uma sequência de três dias em alta. Agentes do mercado atribuem o resultado a falas conciliadoras do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, além de uma entrada de capital estrangeiro no País. Como resultado, a moeda brasileira teve o melhor desempenho entre as divisas emergentes e exportadoras de commodities.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam em queda, à medida que a cautela predominou enquanto investidores se concentraram na rodada de comentários de dirigentes do Fed, que, em geral, sinalizaram a necessidade de continuidade do aperto monetário para combater a inflação. O índice Dow Jones encerrou a sessão em queda de 0,61%, ao passo que o S&P 500 perdeu 1,11% e o Nasdaq recuou 1,68%.

Os retornos dos Treasuries caíram, em direções opostas ao longo da sessão, após o Fed sinalizar a necessidade de continuidade do aperto monetário a fim de se combater a inflação. Além disso, os juros reagiram a um leilão do Tesouro americano com demanda acima da média.

O dólar avançou ante boa parte das moedas rivais e emergentes, em dia de agenda movimentada por falas de dirigentes do Fed, que reforçaram a necessidade de altas de juros. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, caiu 0,02%.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

O Brasil registrou fluxo cambial positivo de US$ 1,004 bilhão na semana passada, de 30 de janeiro a 3 de fevereiro, de acordo com o Banco Central. O canal financeiro apresentou entradas líquidas de US$ 435 milhões no período. Isso é o resultado de aportes no valor de US$ 10,291 bilhões e retiradas no total de US$ 9,856 bilhões.

O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de janeiro de 2023, feito pelo IBGE, mostrou que a estimativa para a safra agrícola de grãos, ou seja, do grupo de Cereais, leguminosas e oleaginosas, é de um aumento de 14,7% em relação à produção em 2022. Isso representa uma safra recorde de 302 milhões de toneladas de grãos, 38,8 milhões a mais do que a produção do último ano. A soja, principal commodity brasileira, deve ter uma safra 23,45% maior, totalizando 147,5 milhões de toneladas em 2023. A estimativa representa um novo recorde de produção. 

Para ler o relatório completo do LSPA, acesse aqui

POLÍTICA NO BRASIL

Com os ataques frequentes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Banco Central, o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou nesta quarta-feira (8), que, além de não ter nenhuma proposta do governo para rever a autonomia do órgão, não há nenhuma pressão sobre “qualquer mandato”, em referência ao presidente da autarquia, Roberto Campos Neto. (Estadão)

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou que buscará uma reunião entre o presidente Lula e o chefe do Banco Central, Roberto Campos Neto, para compatibilizar a autonomia da autarquia com o combate à fome e à miséria. “É um avanço, uma autonomia que afasta critérios políticos de algo que tem um aspecto técnico muito forte, que é o Banco Central”, afirmou o senador. (Poder 360)

O governo propôs aos Estados uma compensação de R$ 22 bilhões pela perda de arrecadação do ICMS. O valor está abaixo da queda estimada pelos governos estaduais em 2022, de R$ 45 bilhões, depois da mudança na alíquota do tributo sobre bens essenciais. (Poder 360)

A primeira reestatização do atual governo começou a avançar. Foi criado ontem um grupo interministerial de trabalho que estudará formas de reverter o processo de desestatização e liquidação do Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec), iniciado no governo de Jair Bolsonaro. (Valor)

PAINEL DE COTAÇÕES

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