Mercados no exterior recuam após PIB chinês fraco
NESTA MANHÃ
- As bolsas na Ásia fecharam com viés de baixa nesta terça-feira, após a China divulgar o Produto Interno Bruto (PIB). O índice Xangai Composto caiu 0,10%, enquanto o Hang Seng recuou 0,78% e o Nikkei, em contra tendência, subiu 1,23%.
- O PIB da China cresceu 2,9% no quatro trimestre de 2022 ante igual período de 2021, conforme informou o NBS. No acumulado do ano, a economia chinesa registrou expansão de 3%, o que representa uma forte desaceleração em relação a 2021, quando o PIB do país avançou 8,1%. O número, no entanto, superou a previsão de analistas consultados pelo WSJ, que esperavam expansão de 1,7%. Em relação ao PIB do terceiro trimestre, o crescimento no último período de 2022 foi nulo.
- Na Europa, as bolsas operam em baixa, dando uma pausa à tendência positiva deste começo de ano, após dados econômicos fracos da China reacenderem temores sobre a possibilidade de uma recessão global. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,27%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura em baixa.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,54%.
- Os contratos futuros do Brent recuam 0,25%, a US$ 85,07 o barril.
- O ouro cai 0,44%, a US$ 1.907,09 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 21,2 mil.
AGENDA DO DIA
- 08:00 Brasil: IGP-10 (Jan)
- 09:00 EUA: Relatório Mensal da OPEP
- 10:30 EUA: Índice Empire State de Atividade Industrial (Jan)
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
O temor com a exposição dos bancos às Americanas levou o Ibovespa à terceira queda seguida , em um dia de redução dos preços de commodities e de baixa liquidez devido ao feriado de Martin Luther King Jr., que fechou as bolsas nos Estados Unidos. O principal índice de referência da B3 encerrou a sessão em 109.212,66 pontos, em baixa de 1,54%. Com o resultado, o índice apagou os ganhos do ano e agora cai 0,48% no acumulado de 2023.
Os juros futuros terminaram a segunda-feira em alta consistente, refletindo preocupações com o cenário fiscal e de inflação. As máximas foram atingidas à tarde, com o mercado repercutindo a possibilidade de aumento do salário mínimo em 2023 acima dos R$ 1.320 previstos no Orçamento aprovado pelo Congresso. Antes, porém, já subiam com a reação negativa ao aumento das medianas de IPCA no Boletim Focus. A escalada, contudo, se deu num ambiente de liquidez mais fraca, resultado da ausência dos mercados em Nova York, em dia de feriado nos Estados Unidos.
O dólar encerrou a sessão em alta de 0,82%, cotado a R$ 5,1490, em dia de liquidez bem reduzida. Apesar da alta hoje, o dólar ainda acumula baixa de 2,49% em janeiro.
EXTERIOR
Nos Estados Unidos os mercados não funcionaram em função do feriado de Martin Luther King Jr..
INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL
O cenário para a inflação neste e nos próximos anos continuou a se deteriorar no Boletim Focus em meio às preocupações fiscais e às dúvidas sobre as metas de inflação. Chamou atenção principalmente o salto dado pela mediana para o IPCA – índice oficial de inflação – de 2025, que está fora do horizonte relevante do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. O avanço foi de 3,30% para 3,50%, de 3,10% há um mês.
A projeção para o IPCA deste ano também subiu, de 5,36% para 5,39%, contra 5,17% há um mês. Para 2024, horizonte que fica cada vez mais relevante para a estratégia de convergência à inflação do BC, a projeção ficou estável, contudo, em 3,70%, de 3,50% há quatro semanas.
POLÍTICA NO BRASIL
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva avalia reajustar o salário mínimo em 2023 acima dos R$ 1.320,00 previstos no Orçamento, afirmaram ao Broadcast técnicos da equipe econômica. O Ministério da Fazenda, entretanto, é contrário à proposta. Um reajuste maior que os R$ 1.320 é defendido por Lula e por integrantes da ala política do governo. O valor final ainda não foi definido e nem a data de início da vigência da medida. Mas uma ala do governo defende que essa despesa seja custeada com parte do corte de R$ 50 bilhões de gastos proposto pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na última semana. (Broadcast)
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou que a próxima meta do governo é acabar com o IPI e disse que a reforma tributária “é essencial para a indústria”. Alckmin participa como convidado na primeira reunião do conselho da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), em São Paulo. (Valor)
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