Apesar da queda nas duas últimas sessões, Ibovespa fechou a semana com ganho de 1,79%

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NESTA MANHÃ
  • As bolsas na Ásia fecharam em viés alta, após Wall Street encerrar a última semana em tom positivo. O Hang Seng teve ganho marginal em Hong Kong, de 0,04%, enquanto o Xangai Composto subiu 1,01% e o Nikkei exceção negativa, em meio a temores de que o Banco do Japão (BoJ) aperte sua política monetária em reunião nesta semana, e caiu 1,14%.
  • Na Europa, as bolsas operam sem direção única e perto da estabilidade, depois de acumularem ganhos nas primeiras duas semanas de 2023, em dia de liquidez reduzida por um feriado nos EUA. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 avança 0,21%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street operam em baixa. 
  • Os contratos futuros do Brent recuam 0,75%, a US$ 84,64 o barril.
  • O ouro cai 0,19%, a US$ 1.916,70 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 20,9 mil.
AGENDA DO DIA
  • Feriado EUA: Dia de Martin Luther King, Jr.
  • 08:25 Brasil: Boletim Focus

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR

BRASIL

O Ibovespa emendou o segundo dia de perdas apesar da relativa recuperação em parte das ações do setor de varejo, pressionadas no dia anterior pela revelação da inconsistência contábil de R$ 20 bilhões em Americanas, o que afetou também as ações do setor financeiro. Na sessão o índice cedeu 0,84%, aos 110.916,08 mil pontos. Na semana, contudo, o Ibovespa conseguiu acumular ganho de 1,79%, vindo de perda de 0,70% no primeiro intervalo do ano. Enquanto em 2023, o índice da B3 acumula ganho de 1,08%, tendo passado ao positivo na terça-feira.

Depois de uma sequência de pregões agitados, o mercado de juros futuros experimentou uma sessão morna, com as taxas dos principais contratos futuros apresentando oscilações modestas. Os curtos operaram com viés de queda, após o IBC-Br de novembro reforçar a tendência de desaceleração da economia sugerida por dados de varejo e serviços. Já as taxas intermediárias e longas subiram cerca de 10 pontos, em sintonia com ajuste de alta dos retornos dos Treasuries.

O dólar encerrou a sessão em alta de 0,12%, cotado em R$ 5,1070, em leve recuperação após ter sustentado baixas em relação ao real na maior parte da tarde. A moeda americana encerrou a semana em queda de 2,48%, o mais intenso movimento de recuo semanal desde o início de dezembro. No ano, perde 3,29% na comparação com a moeda brasileira, que teve a sexta melhor performance entre as 25 principais moedas emergentes.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam em alta moderada, após dados nos Estados Unidos ampliarem expectativas por um aperto monetário mais brando pelo Federal Reserve (Fed). Investidores digeriram também os primeiros balanços de grandes bancos americanos do quarto trimestre. No ajuste de fechamento, o índice Dow Jones avançou 0,33%, enquanto o S&P 500 ganhou 0,40% e o Nasdaq aumentou 0,71%. Na semana, os ganhos foram de 2,00%, 2,67% e 4,82%, respectivamente.

Os juros dos Treasuries avançaram na sessão desta sexta-feira, enquanto investidores ponderam o impacto de indicadores econômicos sobre os planos de aperto monetário do Fed.

O dólar operou em queda ante grande parte das moedas rivais, reagindo a dados nos Estados Unidos que devem orientar as perspectivas para as próximas decisões de política monetária por parte do Fed. O índice DXY recuou 0,04%. 

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

O índice de sentimento do consumidor nos Estados Unidos, elaborado pela Universidade de Michigan, avançou de 59,7 em dezembro de 2022 a 64,6 na leitura preliminar de janeiro de 2023, informou a própria instituição nesta sexta-feira. Analistas ouvidos pelo WSJ previam aumento mais tímido, a 60,7. As expectativas para a inflação em 12 meses passaram de 4,4% em dezembro a 4,0% em janeiro. Já para o intervalo de cinco anos, as expectativas de inflação subiram de 2,9% a 3,0% no mesmo período.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

A economia brasileira engatou a quarta queda consecutiva em novembro, com queda de 0,55%, conforme o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerando a série histórica já revisada. De outubro para novembro, o índice de atividade calculado pelo BC passou de 143,85 pontos para 143,06 pontos na série dessazonalizada. Olhando para trás, esse é o menor patamar desde maio (142,09 pontos), conforme a série histórica iniciada em 2003. O resultado veio perto do piso de queda de 0,60% do intervalo de estimativas do mercado financeiro coletadas pelo Projeções Broadcast. A mediana era negativa em 0,20% e o teto era de alta de 0,20%. 

Na comparação entre os meses de novembro de 2022 e de 2021, houve crescimento de 1,65% na série sem ajustes sazonais. Esta série registrou 142,53 pontos no penúltimo mês do ano, o melhor desempenho para o período desde 2014 (144,92 pontos). O indicador de novembro ante o mesmo mês de 2021 ficou dentro do intervalo projetado pelos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam de queda de 1,00% a crescimento de 3,20%, mas abaixo da mediana positiva de 2,25%.

POLÍTICA NO BRASIL

A Justiça do Rio de Janeiro acatou na sexta-feira (13) o pedido da Americanas de tutela cautelar judicial, processo que impede a penhora ou bloqueio de seus bens por credores até que seja aberto um possível processo de recuperação judicial pela empresa. A varejista deflagrou uma crise em seus negócios e viu suas ações virarem pó depois de anunciar, na quarta-feira, em um comunicado ao mercado, um rombo de R$ 20 bilhões não computado corretamente em seus balanços. A varejista explicou que as inconsistências detectadas no balanço, no valor de R$ 20 bilhões, devem levar a uma dívida da ordem de R$ 40 bilhões. (CNN)

Para mais notícias sobre política, acesse o Panorama Político.

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