Inflação americana amplia expectativa por ritmo de aperto monetário mais moderado
NESTA MANHÃ
- As bolsas asiáticas fecharam com viés de alta, após Wall Street avançar pelo terceiro dia seguido com a confirmação de que a inflação nos EUA desacelerou mais. O índice Hang Seng subiu 1,04%, enquanto o Nikkei caiu 1,25% e o Xangai Composto teve alta de 1,01%.
- Na Europa, as bolsas operam em alta moderada na manhã desta sexta-feira, após mais uma rodada de ganhos em Wall Street e também na esteira de indicadores da Alemanha e do Reino Unido. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 avança 0,56%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street operam sem direção definida e sem força.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,45%.
- Os contratos futuros do Brent sobem 0,87%, a US$ 84,76 o barril.
- O ouro avança 0,52%, a US$ 1.906,73 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 19 mil.
AGENDA DO DIA
- 09:00 Brasil: IBC-Br (Nov)
- 10:00 Reino Unido: Monitorização do PIB Mensal NIESR
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
O derretimento das ações de Americanas (-77,33%) – as quais passaram a sessão essencialmente em leilão, com pouca liquidez – lançou a princípio uma onda de choque secundário sobre outras varejistas e também sobre os bancos – neste caso, pela exposição via concessão de crédito, que não se conhece individualmente -, mas o Ibovespa conseguiu conter danos desde o começo da tarde, embora não o suficiente para evitar o viés de baixa no fechamento (-0,59%), aos 111.850,22 pontos, tendo chegado a retomar, pontualmente, o nível de 113 mil nas máximas desta quinta-feira (12).
Após instabilidade e troca de sinais pela manhã, com pressão altista do leilão parrudo do Tesouro Nacional contrabalançando os efeitos da baixa do dólar, as taxas futuras recuaram ao longo de toda a curva a termo na segunda etapa de negócios. Esse movimento se deu, sobretudo, em razão de uma onda externa de apetite por risco deflagrada pela perspectiva de aperto monetário mais moderado nos EUA e, por tabela, de diminuição dos riscos de recessão da economia americana. Medidas fiscais anunciadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, por volta das 16h, não tiveram influência relevante nos preços dos ativos.
O dólar à vista desceu à menor cotação de fechamento desde 4 de novembro nesta quinta-feira, após dados do índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos reforçarem a percepção de que o Fed vai reduzir a intensidade da sua elevação de juros. Essa aposta foi corroborada por discursos de dirigentes do BC americano. O real teve a segunda melhor performance em relação ao dólar entre as principais moedas negociadas no mundo, em meio à visão de que aqui o trabalho para debelar a inflação está adiantado e que, diante disso, as taxas de juros locais seguem bastante atrativas. Medidas econômicas do governo, que pretende zerar o déficit com ações do lado da receita, foram monitoradas, mas não chegaram a influenciar na cotação. A moeda caiu 1,54%, fechando a R$ 5,1010.
EXTERIOR
Os mercados acionários de Nova York fecharam em alta, em pregão de alta volatilidade, com dados da inflação (CPI) dos Estados Unidos e comentários de dirigentes do Federal Reserve (Fed) no radar. O índice Dow Jones subiu 0,64%, enquanto o S&P 500 avançou 0,34% e o Nasdaq fechou em alta de 0,64%.
Os juros dos Treasuries operaram em queda nesta quinta-feira, após o índice de preços ao consumidor (CPI) de dezembro confirmar desaceleração da inflação e ampliar a expectativa por moderação do ritmo de aperto monetário do Fed.
O dólar desvalorizou na comparação com boa parte das moedas globais, diante da avaliação de que a desaceleração da inflação ao consumidor (CPI). O índice DXY teve baixa de 0,91%.
INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA
O índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos caiu 0,1% em dezembro ante novembro, de acordo com dados com ajustes sazonais publicados pelo Departamento do Trabalho. O resultado ficou abaixo da mediana de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, de CPI estável no mês passado.
Apenas o núcleo do CPI, que exclui os voláteis preços de alimentos e energia, subiu 0,3% na comparação mensal de dezembro, vindo em linha com o consenso do mercado. Na comparação anual, o CPI dos EUA subiu 6,5% em dezembro, desacelerando em relação ao ganho de 7,1% de novembro. Já o núcleo do CPI teve incremento anual de 5,7% no mês passado, perdendo força ante o avanço de 6% de novembro.
INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL
O setor de serviços ficou estável em novembro na comparação mensal, dentro das estimativas apuradas pelo Broadcast, que oscilavam entre -0,8% a +1,1%, com mediana de 0,2%. Na comparação anual o crescimento foi de 6,34% no mês. Nesse caso, as previsões do mercado apontavam para uma alta entre 3,6% e 8,8%, com mediana de 6,5%. No acumulado em 12 meses, houve alta de 8,7%, ante avanço de 9,0% até outubro.
Para ler o relatório completo do setor de serviços em novembro, acesse aqui.
POLÍTICA NO BRASIL
A Polícia Federal (PF) apreendeu na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres uma minuta de decreto presidencial que viabilizaria uma intervenção no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o que teria potencial de alterar o resultado do pleito de outubro em benefício do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição derrotado. O objetivo do documento era a decretação de estado de defesa, algo que necessitaria de referendo do Congresso, de acordo com o artigo 136 da Constituição Federal. A defesa de Torres afirma que a elaboração do documento não é de sua autoria. (Valor)
O Ministério da Fazenda anunciou medidas que aumentam a arrecadação e reduzem a despesa do governo federal. As medidas teriam impacto de R$ 242,7 bilhões no Orçamento, sendo que R$ 156,3 bilhões seriam com o aumento de arrecadação, ou seja, via impostos. De acordo com cálculos do governo, o impacto fiscal máximo levaria um superávit primário de R$ 11,13 bilhões, mas o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira (12) que haverá um déficit de R$ 90 bilhões a R$ 100 bilhões. (Poder 360)
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