Vendas no Varejo – Nov/2022
As vendas no varejo subiram 1,5% em novembro na comparação com o mesmo mês do ano anterior, pouco acima das expectativas do mercado que, de acordo com o Broadcast, iam de uma alta de 1,2% a 3,3%, com mediana positiva de 2,0%.
Na comparação mensal, o índice teve recuo de 0,6%, enquanto o mercado esperava desde uma queda de 0,7% a uma alta de 0,4%, com mediana negativa de 0,3%. No acumulado de 12 meses, as vendas no varejo restrito têm alta de 0,6%.
Enquanto, as vendas no varejo ampliado, que incluem vendas de veículos e materiais de construção, recuaram 1,4% na comparação com novembro de 2021, pior do que o esperado, que variava entre um recuo de 1,6% a alta de 0,7%, com mediana de -0,4%.
Na comparação mensal, o varejo ampliado também caiu 0,6%. Nesse caso, as projeções tinham mediana de 0,1%, variando de -0,8% a 0,9%. Ao passo que no acumulado de 12 meses, houve queda de 0,8%.
Cinco das oito atividades que integram o varejo restrito registraram avanços na comparação anual. Combustíveis e lubrificantes (27,36%) foram o grupo com maior alta, seguido dos Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (6,5%), Móveis e eletrodomésticos (3,0%), Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (2,7%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (1,1%). Já Tecidos, vestuário e calçados (-16,1%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-10,5%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-0,5%) registraram queda da atividade no mês.
Dos grupos exclusivos do varejo ampliado, Veículos e motos, partes e peças tiveram queda de 5,5% enquanto Materiais de construção recuou 10,9%.
No entanto, apenas dois grupos do varejo restrito apresentaram crescimento no mês contra mês em novembro, mesmo com a Black Friday no mês: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (1,7%) e Móveis e eletrodomésticos (2,2%). No ampliado, além desses, o Veículos e motos, partes e peças tiveram crescimento de 0,4% e Materiais de construção alta de 9%.
Para o PIB, mantemos nossa projeção para 2022 de 3,1%, com crescimento de 0,1% no 4° trimestre, e de 0,7% em 2023. O resultado do comércio varejista em novembro reforça nosso cenário de um quarto trimestre com uma desaceleração da economia em função da política monetária.
Alexandre Espirito Santo – Economista-Chefe
Eduarda Schmidt – Analista de Macroeconomia
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