Ata do Fed confirma continuidade do ciclo de aperto monetário em 2023

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NESTA MANHÃ
  • As bolsas asiáticas fecharam em alta nesta quinta-feira, após a recuperação de Wall Street e em meio a sinais de melhora na atividade do setor de serviços chinês. O índice japonês Nikkei subiu 0,40% em Tóquio, enquanto o Hang Seng avançou 1,25% e o Xangai Composto teve alta de 1,01%. 
  • Na Europa, as bolsas europeias operam sem direção única, após acumularem ganhos nos três primeiros pregões de 2023, enquanto investidores avaliam as últimas sinalizações do Fed e monitoram indicadores locais e dos EUA. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 avança 0,03%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura em alta, ainda que sem força.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,69%. 
  • Os contratos futuros do Brent sobem 2,11%, a US$ 79,48 o barril.
  • O ouro recua 0,28%, a US$ 1.850,34 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 16,8 mil.
AGENDA DO DIA
  • 09:00 Brasil: Produção Industrial Mensal PIM (Nov)
  • 10:15 EUA: Variação de Empregos Privados ADP (Dez)
  • 11:45 EUA: PMI Composto  S&P Global (Dez)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR

BRASIL

A valorização das ações da Petrobras, na esteira da fala do futuro presidente da companhia, o senador Jean Paul Prates (PT-RN), sobre a política de preços para combustíveis, deu alento ao Ibovespa ao longo da tarde desta quarta-feira (04).O índice encerrou o pregão em alta de 1,12%, aos 105.334,46 pontos, interrompendo uma sequência de dois dias de baixa expressiva. 

Uma correção na comunicação na Esplanada dos Ministérios fez com que as taxas dos juros futuros tivessem altas mais moderadas se comparadas aos avanços das sessões anteriores. O mercado aparou os excessos depois do desmentido do ministro da Casa Civil, Rui Costa, de que o novo governo vai rever a reforma da Previdência de 2019, de declarações menos intervencionistas na Petrobras por parte do presidente indicado à companhia, Jean Paul Prates, e da notícia de reunião ministerial na sexta-feira.

No mercado cambial, o dólar fechou em queda marginal de 0,04%, cotado a R$ 5,4520.

EXTERIOR

Os mercados acionários em Nova York oscilaram entre altas e baixas nesta sessão, mas chegaram ao fim do pregão com ganhos, mesmo após a ata da última reunião de política monetária do Fed de 2022 confirmar que novos aumentos de juros devem vir em 2023, sem previsão ainda para o término do ciclo de aperto monetário. Uma guinada da política, com um corte de juros, foi praticamente descartada, já que nenhum dos dirigentes do banco central americano vislumbra essa possibilidade neste ano. O Dow Jones subiu 0,40%, enquanto o S&P 500 avançou 0,75% e o Nasdaq teve alta de 0,69%.

Os juros dos Treasuries recuaram, seguindo a publicação da ata da última reunião de política monetária do Fed. Os rendimentos chegaram a diminuir as perdas seguindo a divulgação do documento, que apresentou um cenário de continuidade na alta de juros e a visão dos dirigentes de que um corte nas taxas está descartado em 2023. No entanto, a ata não apresentou grandes surpresas e a expectativa majoritária para a próxima reunião do Fed, em fevereiro, segue por uma elevação de taxas de 25 pontos base.

O dólar operou em baixa ante a maioria das moedas rivais, seguindo uma forte apreciação ante o euro na última sessão. O movimento ocorreu apesar da publicação da ata relativa à última reunião do Fed, percebida como hawkish, mas que não trouxe elementos que alterassem substancialmente a percepção sobre a política monetária americana. No caso do iene, a postura do Banco do Japão (BoJ) é alvo de escrutínio, uma vez que trocas no comando da autoridade podem representar uma mudança na política. O índice DXY caiu 0,26%. 

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

De acordo com a ata da reunião de política monetária de 13 e 14 de dezembro, os dirigentes observaram que a política restritiva “precisa ser mantida até novos dados providenciarem confiança de que a inflação está em baixa sustentada” para atingir a meta de 2%, algo que “deve levar tempo”.

Vários integrantes comentaram que experiências em outros momentos da história alertam contra o “afrouxamento prematuro” da política monetária frente aos altos índices de inflação, conforme pontua o documento. Em geral, os dirigentes indicaram que os riscos de alta da inflação continuam sendo um fator-chave para a política monetária.

Todos os membros afirmaram que o Comitê segue “fortemente comprometido com o objetivo de retornar a inflação para a meta de 2%”. Além disso, concordaram que suas decisões devem levar em consideração uma gama ampla de informações, incluindo saúde pública, condições do mercado de trabalho, pressões inflacionárias e desenvolvimento financeiro e internacional.

POLÍTICA NO BRASIL

Após uma sequência de falas desencontradas de ministros do governo, que provocaram repercussão negativa no mercado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou para sexta-feira sua primeira reunião ministerial. O encontro está previsto para acontecer no Palácio do Planalto e envolverá os 37 titulares do primeiro escalão: o objetivo é fazer um freio de arrumação para “reafirmar” que propostas políticas ou de revisão de reformas só serão encaminhadas após “aprovação da Presidência”. (Valor)

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), não priorizará fazer qualquer mudança na Lei das Estatais em 2023, conforme apurou o Poder360. A avaliação é que mexer com o tema traria instabilidade para o país e agitaria o mercado. No fim de 2022, o senador sinalizou que a votação ficaria para o ano seguinte. O projeto que muda a Lei das Estatais e diminui a quarentena para políticos assumirem cargos em empresas públicas foi aprovado pela Câmara. (Poder 360)

Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o comando da Petrobras, o senador Jean Paul Prates (PT) afirmou que a mudança na política de preços de combustíveis não será feita com nenhum tipo de intervenção direta no mercado. Prates também esclareceu que o cálculo para o reajuste de preços continuará em linha com o praticado internacionalmente — mas não seguirá mais o chamado preço de paridade de importação (PPI), política implementada em 2016, durante o governo do ex-presidente Michel Temer (MDB), no qual a variação dos preços de combustíveis brasileiros se dá de acordo com as cotações do petróleo e seus derivados nos principais mercados mundiais de negociação. (Valor)

O risco país, ou CDS (Credit Default Swap) de 5 anos, fechou 2022 a 250 pontos-base e se encontra ainda nesse patamar. Apesar de ter subido 48 pontos no ano passado, recuou 30 pontos desde 28 de outubro –antes do 2º turno das eleições presidenciais. O CDS tem uma função parecida com a cotação do dólar, que é avaliar o grau de incertezas de um país. Contudo, desde as eleições, o risco Brasil se descolou do dólar. Enquanto a moeda dos Estados Unidos subiu para R$ 5,45, evidenciando a preocupação do mercado com as políticas econômicas do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o CDS caiu 30 pontos desde as eleições. (Poder 360)

Para mais notícias sobre política, acesse o Panorama Político.

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