Aspas dos Gestores – Janeiro de 2023
O Research de fundos da Órama reuniu no Aspas dos Gestores de setembro o comentário de 128 gestores de fundos de investimentos sobre os desafios dos fundos no mês de dezembro e as perspectivas para o mês de janeiro.
O documento está ordenado por gestores, em ordem alfabética, e adaptado para navegar até comentário desejado através de um clique no nome da gestora.
Panorama Geral
O mês de dezembro foi marcado pelo foco em definições políticas importantes. O desenrolar da PEC de Transição assim como a indicação dos integrantes do próximo governo fizeram preço a cada nova notícia. A PEC foi desidratada e o espaço aberto no teto dos gastos de R$ 145 bilhões será por apenas um ano. Esse enxugamento, contudo, não reduz o desafio de controlar os gastos públicos e uma nova regra fiscal deve ser discutida no primeiro semestre do ano que vem, junto com uma proposta de reforma tributária.
Um dos pontos de maior tensão foi a desagregação do atual Ministério da Economia. Fernando Haddad foi indicado para a Fazenda, Geraldo Alckmin chefiará a pasta da Indústria e Comércio e Simone Tebet deve assumir o Planejamento. Essa composição área econômica, reúne possíveis presidenciáveis para 2026, de modo que há pressão para aumento dos gastos.
Ainda, tivemos decisão do Copom no dia 07, com manutenção da Selic em 13,75%. Na ata, os membros do Comitê reforçam que continuam atentos aos riscos fiscais.
No exterior, tivemos decisão dos principais bancos centrais. O Fed, o Banco Central Europeu (BCE) e o Banco da Inglaterra (BoE) aumentaram suas taxas em 0,5 p.p.. Ainda, o Banco do Japão (BoJ) surpreendeu o mercado com alteração nos seus juros de longo prazo. As falas em tom hawkish dos dirigentes das autoridades monetárias reforçaram o compromisso de trazer a inflação de volta à meta.
Em 2022, acumularam queda de cerca de 10% no Dow Jones a mais de 30% na Nasdaq. No Brasil, o cenário foi marcado pela volatilidade. O Ibovespa chegou a recuar mais de 8,5% e depois subiu na penúltima semana do mês.
O petróleo opera próximo da estabilidade. Em 2022, apesar de toda a questão da guerra na Ucrânia que fez o preço explodir, a commodity reduziu a valorização para em torno de 15%. O ouro, por sua vez, opera ao redor dos US$ 1.800 a onça, recuando cerca 1 % no ano. Já as criptomoedas mantiveram a trajetória de queda, com o Bitcoin acumulando desvalorização de 1,5% no mês.
No mercado de juros futuros, a ponta mais curta e o vértice intermediário da curva recuaram, ao passo que o vértice longo abriu. Essa mudança na inclinação reflete uma percepção de aumento de risco fiscal levando a manutenção dos juros altos por mais tempo.
Confira a lista completa de fundos de investimento disponíveis da Órama.
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